Aracaju e Paulo Afonso

Não sei por que voltei de viagem achando que Aracaju
é o melhor lugar pra se viver (desde que se tenha um bom emprego).
E olha que eu sou a pessoa que mais reclamo:
vivo dizendo que o povo daqui é atrasado, sem cultura,
que a cidade não é desenvolvida, é pior do que o pior interior da Bahia...
(que me perdoem os sergipanos), mas de repente, nasceu em mim uma paixão...
Resolvi invejar o Kamory que colocou umas fotos de Porto Velho no seu blog,
agora quem não conhece poderá conhecer um pouquinho de Aracaju
e dos lugares que costumo ir.

Uma vista da cidade


Bonitinha, né?

Parque da Sementeira.



Lugar bom de se passear nos finais de semana.
Tem um riozinho, uma brisa suave, sombra...
lugar bom se ficar com o amorzinho
(pena que eu nunca tive a oportunidade de fazer isso).

Praia 13 de julho.



Zona nobre da cidade.

Não, não é de frente pro mar, mas de frente pro rio Sergipe
e o seu encontro com o mar mais adiante.

Orla da Praia da Atalaia.



Aqui só tem três lugares pra ir aos finais de semana.
Orla, orla e orla.
Você pode mudar e ir ao shopping, ao shopping e ao shopping.
E só.
Mas quem gosta de show, de pagode, de muvucada,
sempre tem show nos finais de semana, barzinhos, etc.

Arcos da orla.



A praia... eu quase nunca lembro que aqui tem praia...
mas tenho certeza que se eu morasse num lugar longe do mar,
morreria de tédio e stress, porque não tem nada melhor
do que passar o dia inteiro na praia, mesmo que seja de vez em quando,
tomando água de coco, rindo, conversando, até o pôr-do-sol...
Gosto de saber que o mar está lá, pra quando eu quiser ir...

Rua da frente.



Eu passo por aí todos os dias quando vou trabalhar.
Quando estou com muito sono, de manhã,
gosto de ficar olhando o reflexo do sol nas águas do rio...

Sei que vou morrer de saudade (incrível!) daqui se tiver que um dia ir embora,
afinal, moro aqui há quase 9 anos.

Mas, não posso esquecer minha cidade natal:
PAULO AFONSO, na maravilhosa Bahia.
Aê, Flávia, saudades????
Pra quem não sabe, tenho o maior orgulho de dizer:
Paulo Afonso é conhecida como a capital da energia elétrica,
só na cidade têm 5 usinas que aproveitam as águas do Rio São Francisco
para gerar energia para todo o nordeste.
É também uma ilha, por causa dos lagos formados pelas barragens.


O touro e a Sucuri.



Monumento que simboliza a luta do homem com as águas.
Nessa foto você está vendo o balneário, o lago onde aprendi a nadar.
Meu pai, todos os domingos, cedinho da manhã, levava a mim
e ao meu irmão pra nos ensinar.
Éramos pequenos, e quem nos conhece sabe do seu método de ensino:
nos jogava no rio (que é bem fundo) e depois mergulhava pra nos salvar
(isso depois da gente se bater um pouco).
Parece maldade? A gente saía com os olhos "abutecados", respirando forte,
e dizia: "de novo, painho, de novo!".
Meu pai se divertia, a gente também e assim foi até que os peixinhos aprenderam
a nadar em qualquer rio de águas profundas. Era bom demais!!!!!!

A igreja do São Francisco.



Pertinho da minha casa. Eu, meu irmão, primos e amigos, íamos pra lá sempre.
Diversão: Rolar na grama da ladeira. Era bom, mas dava uma coceira!
Tínhamos que correr até em casa pra tomar banho e passar álcool.

Belvedere.



Sempre estávamos lá nos finais de semana.
Quando criança, meu pai levava a gente pra ensinar a andar de bicicleta.
Quando adolescente, eu ia de bicicleta com Aldenice e Mona
pra paquerar os meninos que ficavam tomando banho no rio.
De lá íamos pra Fazenda, onde Emanoel e Emerson moravam.
Lá tinha outro riozinho, e mais banho!!!

Bondinho




Passeio imperdível até o meio do Canyon.
Ao fundo você vê a gruta de Lampião, dizem que ele já se escondeu lá.
(Quem está dentro do Bondinho? E eu sei???)
Ah, detalhe: tem um lugar que a gente desce nesse paredão todo de pedras
pra tomar banho no rio lá embaixo.
O nome do lugar é Paraíso. Perigoso? É.
Se abrirem as comportas das usinas, acho que não sobra nem a alma da gente,
mas, e o espírito aventureiro?
(eu fui uma vez, tomei uma queda, me tremi toda, mas foi boooom!)

E, finalmente, a cachoeira de Paulo Afonso.



Aí é só um pedacinho.
Na verdade a cachoeira só aparece quando abrem as comportas,
e quando isso acontece, é um espetáculo maravilhoso!
A cidade em peso se movimenta: helicópteros, redes de televisão,
uma multidão assistindo - é verdade.
O lugar onde isso acontece se chama Ilha do Urubu.
Já participei desse espetáculo várias vezes.
A primeira vez foi muito engraçada.
Eu e mainha escolhemos uma das comportas.
Queríamos ver o começo, aquele volume enorme de água represada sendo solta...
depois íamos andando, acompanhando o fluxo, até a cachoeira propriamente dita.
Nos apertamos no meio do povo pra ter um ângulo de visão melhor.
Esperamos, esperamos, quanto tocaram as sirenes, ficamos quase emocionadas
e tchan, tchan, tchan...
apenas uma brecha, uma abertura pequena da comporta e um filete de água. E só.
A gente não sabia que eles não abriam completamente as comportas.
São muitas comportas, então o pouco de água que sai delas é suficiente
pra formar o "Véu da Noiva",
outro nome que se dá à cachoeira pela branquidão das espumas e pela "fumaça".
Pra gente aquilo foi um decepção, mas como pessoas bem-humorada,
rimos de nós mesmas.
Depois foi tudo lindo. Muito lindo!
Quem já viu, concorda comigo.

Um pedacinho de Paulo Afonso... e me deu uma saudade...
Saudade da minha infância e de um tempo que foi bom demais.
Saudade dos meu amigos da escola, da rua, da igreja...
nossa, como éramos ativos,
como participávamos: trabalho missionário, tínhamos um conjuntinho,
gostávamos de cantar, de distribuir folheto...
eu, meu irmão - Felipe, Aldenice, Emerson e Emanoel.
Cada um num lugar diferente agora.
Eu e Felipe, trabalhando aqui em Aracaju.
Aldenice casou, teve um bebê e foi morar em Sorocaba/ SP.
Emerson está fazendo mestrado em Recife/ PE
Emanoel, doutorado na França.

Tempos bons, que não voltam nunca mais....

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