Vortei.

Também voltei aqui.

O template tá meio gay, mas tô num fase de amar coisas afetadas, então tá bom.

Dia 30 do mês passado meu amado completou ano: 23 anos e 12 meses. Eu inventei de fazer uma festinha surpresa digna da idade que ele estava completando, mas achei que causaria um incidente diplomático familiar, e já que eu não sou lá muito querida das minhas cunhadas, resolvi evitar fazendo uma festinha temática do ursinho Pooh, que é a cara de Fabinho, só faltando a mosquinha na bochecha direita.
Nunca fizeram uma festinha pra ele quando criança, e eu acho que ele tem um certo trauma, pois eu nunca vi pessoa que gostasse mais de bolo de aniversário, brigadeiro e cajuzinho. Então pensei: Por que não fazer? Por que não fazer? Fiz-ô-ô!

Usei e abusei dos dons da minha amiga Jamille que desenha bem e sabe enfeitar uma festa como profissional. Comprei chapeuzinho, copinho, pratinho, bolas, língua de sogra, apito, velinha, bolo, tudo que uma festa de criança precisa ter e combinei tudo com minha cunhada Sheila.
Quase que tudo ia por água abaixo porque no dia anterior rolou um estress com essa minha cunhada. Ela tem uma língua, Deus benza, e fala de mim pra Deus, o mundo, cachorro, papagaio, periquito, e eu sempre acabo descobrindo. Dessa vez ela falou de mim pra ex-namorada de Fábio, que comentou com Jamille, que falou pra mim, eu falei pra Fábio, que falou pra mãe dele, que falou pra Sheila, que imediatamente ligou pra mim pra tomar satisfação. Pense! Acha uma absurdo? Desde que comecei a namorar Fábio que é assim, um diz que me disse, um fulano falou, fulano disse, um afirma, outro nega e todo mundo se acha no direito de saber e se meter na minha vida. Ninguém merece!
Mas tudo ficou parcialmente resolvido até a festa (que foi na casa de Fábio), pois como minha sogra disse: "Não se preocupe, eu sei fingir muito bem!".
Oukêi.

No dia da festa, Fábio passou o dia todo comigo e não sei como ele não descobriu nada porque era tanta ligação pra lá e pra cá, gente que vinha na minha casa na surdina pegar alguma coisa e meu amor, bichinho, completamente alheio à movimentação, triste porque quase ninguém tinha ligado pra ele, numa deprê que fazia dó.
À noite já estava tudo combinado. Sheila ligaria pra ele avisando e alarmando que a mãe estava muito doente, que estava sozinha e blá-blá-blá. Atriz só tem até ali.
Quando ela ligou, Fábio pirou o cabeção. Deu vontade de rir da cara dele de preocupado e da carreira que ele foi do supermercado onde estávamos até a casa da mãe.
Chegando lá, Sheila já estava no portão, a casa toda fechada e escura e Fábio saiu avionado que até esqueceu de desligar e fechar o carro.
Cômico foi a hora em que ele entrou. Pensei eu que quando a porta fosse aberta, todos correriam gritando "Surpresa!", mas não, Fábio entrou, passou pela sala, chegou até a sala de jantar, viu a mesa toda enfeitada e eu pensando: "Cadê o povo?". De repente saiu uma velha alta com uma língua de sogra na mão e um apito na outra gritando: "Êêêêê!". Sozinha. Parecia uma garça enlouquecida. Ela abraçou Fábio que não estava entendendo nada e só depois a multidão apareceu da cozinha escura gritando: Surpresa!

Nunca ri tanto na minha vida. Depois Kedma me contou sobre os bastidores: a mãe de Fábio ficou arrebanhando o povo na cozinha, sabe Deus por quê, dizendo que ainda não era a hora de sair, e aquela garça assustada, foi a ovelha desgarrada, única com bom senso a entender o momento exato de fazer a surpresa.
O resto da noite foi pra comentar o epísódio e comer brigadeiro. Fábio feliz da vida, enfim, essa foi a sua primeira festinha de aniversário, e a primeira vez ninguém esquece.

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