Antes de ser filho(a), todo mundo deveria ser mãe. Impossível, mas a meu ver, necessário para poder saber, nem que seja um pouco, atencipadamente, que mãe tem sempre razão quando se preocupa. Bom pra sentir na pele o mesmo nervosismo que ela sente quando você demora a chegar em casa. Legal para se ouvir/pensar/sentir o meio mundo de coisas que ela pensa quando você faz alguma coisa errada. Sentir o coração miúdo quando você fica doente, quando lhe acontece qualquer contratempo, quando lhe acontece qualquer coisa ruim. Acho que mãe sempre sofre pelos filhos, a vida inteira sofrendo, se preocupando, querendo o bem, querendo o melhor. Eu não sou mãe ainda, mas de uns tempos pra cá, sei lá se é por causa do diacho do relógio biológico, se é por me sentir responsável pela primeira vez por alguém, sei que começo a conseguir ver e sentir com certa clareza o que um mãe sente por um filho. É, não é de de todo agradável esperar um filho voltar da balada. Quem consegue ficar dormindo em paz enquanto ele não chega? Não é nada gostoso desejar que um filho seja bem sucedido e de repente vê-lo meter os pés pelas mãos. É bem triste dar tanto carinho e ser retribuído muitas vezes com palavras agressivas e até tapas. Das duas, uma: tanta análise e tanta empatia ou vai me tornar um mãe muito relaxada ou severa demais. Sei que dei certo trabalho a minha mãe, principalmente na época da crise mais grave de DII que eu tive. Foi quando pude observar, pela primeira vez, as raízes dos cabelos da minha mãe ficarem branquinhos. Eu só espero, de coração, que apesar dos pesares, eu seja/tenha sido/possa ser considerada uma boa filha, porque uma boa mãe, eu sei que tenho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário aqui é soberano!