sábado, 27 de julho de 2024

Despedida

"E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.

Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito. E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho? 

Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil. 

Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus. 

A pequena palavra que se alonga como um c. anto de cigarra perdido numa tarde de domingo". 

(Rubem Braga)



Nunca mais tinha sonhado, essa noite sonhei. Atravessamos uma rua, nos cruzamos no meio. Você tinha aquele mesmo olhar. Estava de mãos dadas com seu filho e eu com os meus, o que me fez lembrar, resignada, o dia em que sonhamos com o nosso. E lá no final da rua olhei pra trás, pra poder te ver pela última vez. Você também olhou e sorriu. Um sorriso de adeus. 

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Dvwn (다운) - Still (이두나! OST) Doona!


The day is done and the darkness falls again
There's no love left at all
You only see all my bruises that won't heal
Nobody could ever

Oh, I wanted to laugh
If I could be where the light is just for one day
Oh, I wanted to say
Only if you come to me and lie down next to me
Only if you knew, only if you knew

Oh, I wanted to laugh
If I could be where the light is just for one day
Oh, I wanted to say
Only if you come to me and lie down next to me

Still want to hear
Still want to see
Do you think I have forgotten
Do you think? You think?

Leave it to the breeze
Let it all flow
Walking through the pouring rain
Let it all go

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Velho, não, entardecido.

"Velho, não.

Entardecido, talvez.

Antigo, sim.


Me tornei antigo

porque a vida,

tantas vezes, se demorou.

E eu a esperei

como um rio aguarda a cheia".

(Mia Couto)


Ela casou tarde e por isso nunca teve filhos. 

Ela ficou viúva muito cedo. Acho que foi seu primeiro e único namorado, então experiência não teve.

Ela agora já é idosa, não quer revelar a idade, mas aqui eu digo, ela já completou 80 anos. 

A pele e o rosto já não são mais jovens, viçosos e cheios de colágeno. Mas o coração ainda quer e espera por um amado. 

Alguns fragmentos de esperanças, algumas falsas ilusões. 

O etarismo é doloroso e categorizar a vida de pessoas pela sua idade me parece uma atitude covarde. Por que o amor tem idade? Por que se sentir amada é só privilégio de determinada faixa etária?

Nos meus 20 e poucos anos era bombardeada por cobrança de um casamento. Falavam "você está velha, precisa arranjar um namorado para casar antes dos 30". Casei aos 32 e veio a cobrança por filho logo, porque eu já estava velha e o relógio biológico estava correndo, a ansiedade e as informações de que os óvulos envelheciam e ficavam escassos. Tive filho aos 40. Parece que passei toda uma vida achando que estava velha. Até hoje me sinto velha. Parece que nunca fui jovem. 

Mas ela aos 80 me fala que se sente nova e pede  que eu capriche na foto pra não aparecer a papada e fala de um paquera que tem "braços roliços" e sonha em novamente ser amada. Ela tem esse direito. Eu torço muito por ela. 

Lembro de um filme de 1995: As Pontes de Madison. Assisti mais de uma vez e até hoje me lembro de várias cenas e falas. É uma história de amor maduro, onde os protagonistas já não são tão jovens, mas que vivem um amor intenso, gostoso, apesar de doloroso. É um filme lindo, marcante, que me faz pensar que todos tem o direito de viver um grande amor, se assim o querem. Independente de idade, independente de aparência. Que seja aos 80 anos, no final da vida ou na idade que for, mas que simplesmente aconteça.


 "Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. (...)V-

Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi o apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso".

(Clarice Lispector)


segunda-feira, 8 de julho de 2024

Geração X

 Para chegar lá era preciso trazer na muamba. do Paraguai. O irmão do meu pai assim fez e então o vídeo cassete chegou na nossa casa, no interiorzão da Bahia, e junto com ele um mundo à parte de histórias. Todo final de semana íamos à locadora pegar uma pilha de filmes e dessa época, anos 80 (quando a gente fala assim é por que está realmente velha?),| tenho ótimas recordações. 

Era a fita que precisava ser rebobinada, era o cabeçote que precisava ser limpo, eram os desenhos que assistíamos incansavelmente, eram as fitas alugadas de Rocky ("Adrian, Adrian"!), Rambo (o bicho era bom! Bastava só ele pra dar fim a qualquer guerra), Jean Claude Van Damme (que abertura de pernas era aquela!) e os nossos preferidos Os Changeman! (Tsurugi, Hayate, Oosora, foram os nossos primeiros crushes asiáticos). Escrevo tudo na primeira pessoa do plural, porque eu não estava só nessas aventuras todas. Eu nem lembrava mais que minha paixão pelo Oriente tinha começado nessa época, aquele "cabelo de telhadinho", a franja caindo na testa já eram motivo de suspiros. 

Os doramas trazem todas essas lembranças e sensações que eu tinha esquecido. Trazem muitas lembranças de mim e dos sonhos que eu tinha. É a nostalgia me trazendo para o presente e reavaliando o trajeto. Em que momento me perdi? Se é que me perdi. E quanto tempo fiquei alienada, alheia a um mundo enorme que tem lá fora, que eu já sabia que existia e que já sonhava conhecê-lo. Quanto tempo fiquei presa por causa de regras, normas de um grupo social limitado. Quanto tempo fiquei presa buscando uma carreira que só me adoeceu. Anos e anos bitolada numa religião onde nunca me encaixei, anos e anos dormindo, acordando e jantando trabalho. Valeu a pena? Sim, tudo vale à pena, mas agora me sinto tão pequena. 



domingo, 7 de julho de 2024

25 e 21

Na estação em que as flores caem com o sopro do vento

Eu ainda posso sentir o toque da sua mão

Naquela época, eu não conseguia entender profundamente

Mesmo assim, as flores ainda eram lindas


Uh, sua fragrância levada pelo vento

Uh, eu pensei isso duraria para sempre

Nossos vinte e cinco e vinte e um


Naquele dia o mar estava bem calmo

Eu ainda posso sentir sua mão segurando a minha

No calor do sol, você e eu

Nós vivemos um sonho tão feliz que dói


Uh, a música daquele dia vem com o vento

Uh, eu pensei que você e eu daquele dia 

Duraria para sempre


Sua voz e seus olhos

E até mesmo o calor do seu corpo

Quanto mais eu me lembro, mais eles desaparecem

Você se dispersa e não posso te pegar


Na estação em que as flores caem com o sopro do vento

Eu ainda sinto o toque da sua mão

Naquela época, eu não conseguia entender profundamente

Mesmo assim, as flores eram lindas


Uh, sua fragrância sendo levada pelo vento

Uh, eu pensei que duraria para sempre

Nossos vinte e cinco, vinte e um


Aah, a música daquele dia vem com o vento

Aah, eu pensei que você e eu daquele dia duraria para sempre


Eu pensei que duraria pra sempre nossos vinte e cinco, vinte e um

Nossos vinte e cinco, vinte e um








sexta-feira, 5 de julho de 2024

Queijo na Armadilha

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[치즈인더트랩 OST] 강현민 - Such (Feat. 조현아 of 어반자카파) MV
[Queijo na armadilha OST (ou trilha sonora, ou como queira!] Kang Hyun Min - Such 
(Feat. Cho Hyun Ah)


Sou muito muito sensível e sensitiva com algumas coisas. Sou empática de fazer doer. Não consigo ver ninguém chorando que choro junto. Choro até com Jornal Nacional. Mas ao mesmo tempo tenho dificuldade em identificar intenções ou julgar comportamentos. Meu sexto sentido me avisa, mas meu lado lógico e prático fica confrontando-o querendo provas. É por isso que tenho tolerância zero para pessoas não confiáveis ou para as que "pego na mentira". 

Sou emocionalmente sensível também a certos tipos de filmes e séries. Não exatamente gêneros com violência, terror ou suspense, mas dramas e melodramas que apresentem sentimentos difíceis pra que eu lide na minha vida real. Um exemplo são aqueles em que são apresentados pessoas com Transtorno de Personalidade Antissocial. Na minha vida já tive o desprazer de conhecer e conviver com algumas pessoas que, se não foram, precisam ser diagnosticadas com esse transtorno.

Transtorno de Personalidade Antissocial é o que chamam de Psicopata. Ah, Erika, mas você já conheceu algum serial killer? Espero que não, mas nem toda pessoa com esse transtorno é um assassino, mas todos podem de certa forma "matar" os que com ela convivem. É por isso que doramas como Tudo Bem Não ser Normal, Flor do Mal e Queijo na Armadilha foram muito perturbadores pra mim. Não consegui maratonar, larguei pelo meio, retornei pela curiosidade, sofri deveras, mas segui e conclui. Por que sou brasileira e não desisto nunca? Por que gosto de sofrer? Por que sou teimosa? Sei lá, acho que queria ver até onde a arte imita a vida. Até onde a ficção seria parecida com a minha vida. 

Antes de contar minha história sobre os tipos de "psicopatas" que já conheci, vai o aviso de que no final tem spoiler sobre o kdrama Queijo na Armadilha (Chesse in the trap de 2016).

Vou relacionar, mas sem ordem cronológica ou de periculosidade:

Pessoa #1
Uma colega já "cantou a pedra" no primeiro contato que teve com ele. Passou, desde então, a chamá-lo de "o psicopata". Como disse antes, tenho dificuldade de julgar caráter, se me tratar bem, julgo a pessoa como "boa". Mas este passou, depois de um tempo de namoro, a querer de mim bens materiais. Ele me dava migalhas de afeto e logo em seguida pedia coisas, objetos. Quando eu negava (quase sempre neguei), ele me tratava mal gratuitamente. Vivia com segredos ao telefone e quando indagado, se irritava e passava um tempo sumido, até precisar de mim novamente ($$$) e voltar a ter contato. Ao final meu sexto sentido andou conversando com meu sentido CSI e descobri que ele namorava a mim e a outra pessoa ao mesmo tempo, de ambas tirando proveito financeiro. Após essa revelação, ele logo engatou um relacionamento sério com a menina e passaram a morar juntos. Junto com ela tentou me trazer alguns prejuízos, na tentativa de se vingar por eu ter descoberto sua máscara. Mais sorte tive eu por conseguir me livrar. 

Pessoa #2
Este outro foi meu "amigo" por vários e vários meses. Nos falávamos ao telefone quase todos os dias por horas. Era uma "amizade" à distância, mas que com o tempo, de comum acordo, combinamos de nos conhecer pessoalmente. Qual não foi minha surpresa ao ser recebida com um grau de indiferença. Todas aquelas conversas não fluíram pessoalmente, na verdade ele quase não falou comigo nos poucos dias que estávamos juntos. Sempre me empurrando pra conhecer amigas dele e lá me deixando com desconhecidas, pessoas nem sempre agradáveis. Desses dias não lembro de nenhum momento bom, mas ao nos separar, poucos dias depois, ele voltou à máscara de legal, como se nada tivesse acontecido.  Algumas explicações, tivemos um segundo encontro, sim, bora tirar a prova! E foi a mesma reação da primeira vez só que com algumas pitadas de sadismo. Permanecer no erro é burrice, né? Fugi. Desliguei-me totalmente. Mesmo assim ele ainda entrou em contato mais uma vez com a desculpa: "o que fiz por você, nunca fiz por ninguém". Sobre o quê ele estava falando até hoje não sei. Esse também me trouxe alguns prejuízos, mas é um assunto pra outro post (com referência a outro kdrama).

Pessoa #3
Uma pessoa que se envolve com outra e termina dizendo: "nunca gostei de você, você foi só um passatempo", gente boa não é. Sem contar toooodo o relacionamento tóxico que vivi com ele. Um colega do trabalho me chamava de "slave", em referência ao meu estado de servidão a este namorado. Muitos anos depois a ex-esposa desse cidadão entrou em contato comigo depois de ler um e-mail que eu tinha enviado pra ele na época do término e me contou todos os problemas que tinha passado durante o casamento. Eu já estava em outro relacionamento, dessa vez muito tranquilo, e me senti segura para ouvi-la, era tranquilizador saber que a culpa não tinha sido minha de ter sido maltratada (a vítima tem uma tendência a se culpar), assim como também não era culpa dela. Muita coisa semelhante, mas com uma gravidade maior, e senti sua alma devastada, destruída. Fui empática e até pouco tempo atrás ela ainda conversava comigo, mas vi que precisava cortar relações, já não poderia mais ajudá-la ao ouvir seu desabafo, era assunto pra um tipo específico de profissional. 

Pessoa #4
Sei que eu disse que não ia relacionar por ordem de periculosidade, mas acho que esta quarta pessoa foi a pior que todas. Com este fiz coisas que nunca quis fazer ou que nunca tinha feito. Até noivei. Comprei enxoval. Paguei pensão dos filhos que ele tinha com a ex-mulher só pra que ele não se encrencasse mais,  fiz meus pais financiarem um carro que ele nunca pagou. Este foi o pior namorado, não só por ser alguém da igreja, mas porque fui intencionalmente enganada e manipulada. Do nada, de repente, não mais que de repente, ele vendeu tudo que somente eu tinha comprado, tirou todo dinheiro da nossa conta conjunta que somente eu tinha depositado e me avisou, e na véspera, meu avisou que tinha comprado uma passagem e estava indo embora pra outra cidade, outro estado, longe bem longe. Foi difícil aceitar. Sofri horrores. Mas mesmo tendo sofrido, voltei ao seu pedido de perdão e justificativas nem tão plausíveis. Ficamos namorando à distância, por telefone e carta, até que uma certa noite ele me intima: "vamos nos casar, é agora ou nunca". E Deus, em sua infinita misericórdia, me trouxe iluminação e respondi: "Nunca. E faça melhor, nunca mais ligue pra mim". Cortei relações tão radicalmente quanto ele, completamente, nunca mais falei, nem quis ouvir falar sobre.

Apesar de ser sensível, empática ao extremo, ter dificuldade em julgar caráter, quando a realidade bate a minha porta, sou sempre radical, não consigo fingir, nem tirar por menos, nunca mais mantenho contato algum. Não falo, não ligo, finjo que não conheço e tenho raiva de mim por não ter percebido antes o que talvez estivesse tão claro. Pra mim é um insulto a minha inteligência. E foi esse mesmo sentimento que tive ao terminar de assistir o kdrama Queijo na Armadilha. Fiquei mal por não ter percebido que o personagem principal era uma pessoa com transtorno de personalidade antissocial, mesmo com tantas cenas mostrando seu comportamento. Fui enganada pela trilha sonora? Pela cara bonita (e cabelo maravilhoso) do ator? Como não percebi? 

Sim, ele era totalmente manipulador, mas julguei que ele tivesse sido contido pelo próprio pai desde criança por ser de família muito rica e precisar sempre manter as aparências. Sim, ele se vingava usando os meios mais dissimulados, com um sorriso lindo e uma voz mansa, mas julguei que era por tentar proteger a mocinha. Sim, as mulheres eram seduzidas e por ele faziam loucuras, mas achava eu que era por ele ser muito bonito. Ele sempre tinha uma explicação convincente. Só na última cena do último episódio, 16 horas depois, quando ele largou a namorada no momento que ela mais precisava dele e sumiu no mundo sem manter contato, foi que percebi que todas as atitudes que ele tomou na vida só trouxeram prejuízos tanto a ela, quando a outros, física e psicologicamente, e então lembrei de mim. A cena de quando ele aparece sem a aliança que ela deu e termina o relacionamento, me partiu o coração. Aquela dor eu conheço. 

Dos três doramas que citei no início, acho que esse foi o único que se aproximou da vida real. Nos outros dois doramas há uma romantização maior no que se refere ao transtorno apresentado, onde os personagens se mostram diferentes do meio para o fim, até cheios de bons sentimentos, amor e empatia, como se tivessem sido curados pelo amor do outro, mesmo que o transtorno não tenha mesmo uma cura. Em Cheese in the trap o transtorno é retratado tal como é, é mais crível, e seus indícios são mostrados  em todo o dorama, do começo ao fim. Ele nunca gostou dela, mesmo a tratando bem, ele nunca se doou pra ela, por outros motivos narcisistas ele se relacionou com a garota. Mas era só. Ele a deixou quando sua máscara foi revelada, foi embora sem remorso, como "quem vai ali" e não volta. 

Só que volta. Nos últimos segundos, após 3 anos de ausência, já de volta a Coreia (ele tinha embora do país) ele resolve então ler os e-mails que foram enviados por ela. Doeu em mim esse final, fiquei me sentindo mal. Assim como as histórias reais que contei acima, eles sempre procuram voltar, o sentimento de posse é maior que qualquer outro. Restou a minha mente imaginar se a protagonista voltaria pra o ex-namorado ou não, se perdoaria ou não, uma vez que os sentimentos e intenções já foram revelados claramente. Espero que ela seja um pouco parecida comigo, e use (em algum momento) a razão acima de qualquer tipo de sentimento de amor ou afeto. Desejo que ela, e qualquer outra pessoa que esteja passando por algo parecido, não volte, "não volte não, já que foi quebrada em mil pedaços" (referência a música Mil Pedações de Legião Urbana).