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Mostrando postagens de maio, 2015

Pela vida afora

"Cai, a noite sobre o nosso amor E agora só restou do amor Uma palavra: Adeus Ai, vontade de ficar mas tendo que ir embora Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora"... (Serenata do Adeus - Vinícius de Moraes)

Chuva

Tem dias que a gente se sente Um pouco, talvez, menos gente Um dia daqueles sem graça De chuva cair na vidraça Um dia qualquer sem pensar Sentindo o futuro no ar O ar, carregado sutil Um dia de maio ou abril Sem qualquer amigo do lado Sozinho em silêncio calado Com uma pergunta na alma Por que nessa tarde tão calma O tempo parece parado?

Os seres humanos me assombram

"Tive vontade de dizer muitas coisas à roubadora de livros, sobre a beleza e a brutalidade. Mas que poderia dizer-lhe sobre essas coisas que ela já não soubesse? Tive vontade de lhe explicar que constantemente superestimo e subestimo a raça humana — que raras vezes simplesmente a estimo. Tive vontade de lhe perguntar como uma mesma coisa podia ser tão medonha e tão gloriosa, e ter palavras e histórias tão amaldiçoadas e tão brilhantes. Nenhuma dessas coisas, porém, saiu de minha boca. Tudo que pude fazer foi virar-me para Liesel Meminger e lhe dizer a única verdade que realmente sei. Eu a disse à menina que roubava livros e a digo a você agora... (...) Os seres humanos me assombram".    Markus Zusak In “A menina que roubava livros”

A noite

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Palavras não bastam, não dá pra entender E esse medo que cresce e não para É uma história que se complicou E eu sei bem o porquê Qual é o peso da culpa que eu carrego nos braços Me entorta as costas e dá um cansaço A maldade do tempo fez eu me afastar de você E quando chega a noite e eu não consigo dormir Meu coração acelera e eu sozinha aqui Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão Olhos nos olhos no espelho e o telefone na mão Pro tanto que eu te queria, o perto nunca bastava E essa proximidade não dava Me perdi no que era real e no que eu inventei Reescrevi as memórias, deixei o cabelo crescer E te dedico uma linda estória confessa Nem a maldade do tempo consegue me afastar de você Te contei tantos segredos que já não eram só meus Rimas de um velho diário que nunca me pertenceu Entre palavras não ditas, tantas palavras de amor Essa paixão é antiga e o tempo nunca passou E quando chega a noite, e eu não consigo dormir Meu coração acelera e eu sozinha a

Dores

Todas as dores podem ser suportadas se você as colocar em uma história ou contar uma história sobre elas.  (Hannah Arendt) É por isso que eu escrevo.