O gasguito massagista de luvas brancas
Não gosto da morte porque ela faz a gente pensar muito na vida. Depois de dias e dias tendo convulsões direto, de ter definhado tão rapidamente, de ter se acabado em tão pouco tempo, emagrecido, secado, Jhoni morreu hoje no finalzinho da manhã. Chorei como se tivesse morrido uma pessoa. Pra mim morreu mais que uma pessoa. Choro desde que ele adoeceu. Um bichinho encontrado nas ruas em cima de um papelão, um animalzinho abandonado que foi resgatado por uma amiga (se tornou uma amiga depois dele) e entregue a mim para ser cuidado. Infelizmente não consegui mudar a sua sorte, mesmo tendo tentado. E nos seus últimos dias fiz de tudo: internamento, remédios, tratamento em clínica veterinária. Pena que não deu certo. Pena que ele não se recuperou, não conseguiu resistir, pena que já era tarde demais. Perdoe-me, meu bichinho, meu bichano, se falhei em alguma coisa. Perdoe-me por não ter lhe acompanhado todos os dias desde o momento que te recebi na minha casa. Perdoe-me por não te