Algumas mulheres são mães por conveniência da sociedade. Tá namorando. Casa quando? Casou. Tem filho quando? Tem um filho. É bom ter outro. Dois filhos. Ah, seria bom se fosse um casalzinho. E se comemora se consegue ter esse casalzinho. Para-se por ali. Três é demais. Maternidade contada como se fosse um exercício de lógica matemática. Não pela milagre de gerar, de receber um novo ser, presente de Deus. Mas pela obrigatoriedade de ser ter uma família para ser considerado uma pessoa de sucesso. E filhos não gerados, aqueles que recebemos já prontos por uma escolha do coração? Ah, esses continuam sendo considerados de segunda categoria, um ato de caridade, alguém que se pegou pra criar, "mas não é dela, a mãe de verdade deu". Mãe de verdade, quem é este ser? Aquela que gera ou aquela que ama tanto a ponto de dar sua alma, sua vida, seu tempo, seu suor, suas noites mal dormidas, toda sua preocupação, todos seus pensamentos? Algumas mulheres não nasceram pra ser mães, m