Ser mãe

 

Algumas mulheres são mães por conveniência da sociedade. 
Tá namorando. Casa quando?
Casou. Tem filho quando?
Tem um filho. É bom ter outro. 
Dois filhos. Ah, seria bom se fosse um casalzinho. 
E se comemora se consegue ter esse casalzinho. Para-se por ali. Três é demais. 
Maternidade contada como se fosse um exercício de lógica matemática. 
Não pela milagre de gerar, de receber um novo ser, presente de Deus. Mas pela obrigatoriedade de ser ter uma família para ser considerado uma pessoa de sucesso. 
E filhos não gerados, aqueles que recebemos já prontos por uma escolha do coração?
Ah, esses continuam sendo considerados de segunda categoria, um ato de caridade, alguém que se pegou pra criar, "mas não é dela, a mãe de verdade deu".
Mãe de verdade, quem é este ser? 
Aquela que gera ou aquela que ama tanto a ponto de dar sua alma, sua vida, seu tempo, seu suor, suas noites mal dormidas, toda sua preocupação, todos seus pensamentos?

Algumas mulheres não nasceram pra ser mães, mas são. 
Mesmo que tenham abandonados seus filhos, os gerados no ventre. Mesmo que tenham preferência mais por um do que por outro. 
Uma mãe que tem 10 filhos, será que cataloga, "esses amo mais, esses amo menos"?
Uma mãe que adota um filho, ama mais os "de sangue" do que os "de criação"?
Uma mãe de verdade faz tanta distinção? Ou simplesmente ama incondicionalmente, indistintamente, indefinidamente?

Algumas mulheres são mães, mas nem deveriam ter sido. 

Peço a Deus para que meus filhos nunca se sintam preteridos, nem a filha biológica, nem o filho por adoção, nem aquele que haverá de vir pela via que tiver que ser.

Ser mãe sempre foi meu sonho, sempre foi meu desejo, por anos vivi com esse objetivo, hoje vivo por eles. Vivo o maior milagre, o maior amor que uma mulher pode ter. Vivo a benção. Obrigada, Senhor!


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