terça-feira, 19 de setembro de 2006

Banheiros Públicos

Mais um post pra quem nao tem o que falar.

(veja episódios passados aqui!)

ATENÇÃO: Esse é mais um daqueles posts de quem não tem o que falar.
E se você é uma dessas pessoas que sempre esperam que os outros tenham o que falar, que só escrevam em seus blogs coisas interessantes e se escandalizam com posts sem conteúdo, então não recomendo a leitura deste.
Banheiros Públicos

Tem coisa mais constrangedora do que ir a banheiros públicos? Aquela meia-parede que não lhe deixa nem um pouco à vontade, aquela divisória que não lhe dá nenhuma privacidade, uma brecha na tranca na porta por onde você vê as pessoas esperando você sair do lado de fora e, enquanto se equilibra pra não sentar naquele vaso imundo, com a outra mão segura a porta tapando a brecha indiscreta.

Tem banheiro que dá até pra ouvir o outro fazendo força, um "Hum... hum!" espremido, o xixi caindo na água, o "plof-plof" do cocô. (Engraçado, meu xixi tem cheiro de pipoca... sempre quis comentar isso com alguém...)

Tem gente que tem a sorte de trancar o boró e não conseguir fazer as necessidades fora de casa, como muitos componentes daquela comunidade do orkut. Outros, não, cagam fora de casa e em qualquer lugar.

Imagino o cidadão quando sente o beliscar do urubu se retirando da mesa de trabalho e em passos miúdos correndo para o banheiro. Vira esquina, passa corredor, os colegas querendo falar com ele e o cara seguindo resoluto até o local de salvamento.

Vamos imaginar uma mulher, coitada, que precisa manter a pose pra esconder a cara amarela e as tripas dando nó. Corre pra o banheiro rezando pra que não tenha ninguém porque, pelo chamado, o negócio vai feder.
Chegando ao local de destino, vê que das três portas ali, apenas uma está ocupada, dá graças, e se controla pra o negócio não sair muito alto, mas na pressa, as coisas chacoalharam lá dentro e virou uma bagaceira. Senta, se controla, mas sai algo assim:

"Vrááááá!!!!" (pausa curta)
"Prá-prá-prá-prá-prá!" (outra pausa curta)
"Prá!" (uma pausa maior)
"Pfuuuuu!!!!" (mais baixo pra finalizar).

Percebe que o barulho ecoou no banheiro quase vazio. Sente o silêncio pesado da pessoa que está na casinha ao lado. Constrangimento. Ouve passos. Ouve outra pessoa entrar, a vizinha sai e conversa algo com a colega. Finge-se de morta. Espera todo mundo sair. E odeia de todo coração a acústica daquele ambiente.

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Finalmente terminei de ter o livro Quase Tudo de Danuza Leão.
Apesar de não conhecer metade das celebridades que ela cita no livro, até que a leitura foi interessante.
A forma como fala da morte dos seus ex-maridos, seu filho, sua irmã e sua mãe é comovente.
Agora eu não entendi porque ela sempre diz que a grana era curta, mas viajava o mundo inteiro e estava sempre em festas.
Queria eu ter uma grana curta assim.

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Beijo é bom


"Eu quero mais que um, mais que mil, mil e um,
Beijo é muito bom
mais que mil mais que bom..."
Beijo é bom


Quem não gosta de beijar? Beijo é bom, né?
Quando éramos adolescentes, eu e minhas primas catalogávamos os ficantes pela forma de beijar. Não que a gente ficasse com muitos, mas juntando todos de todas, dava uns vinte e resenhas de montão.

Língua de Fuso tinha uma forma estranha de beijar. Pregava os dentes no lábio superior da menina e com a língua rotacional e nervosa percorria toda a concavidade bucal, descobrindo até possíveis cáries. Uma coisa horrorosa!
Língua de Fuso era até bonitinho, mas brega de dar dó.
Certo dia ele espiou a cor do meu sutiã pelo decote da blusa e disse: "Sabe qual a minha cor favorita?"
Eu, incrédula: "Não."
Ele: "Hã, hã, tem muita coisa sobre mim que você precisa saber".
E completou piscando o olho e dizendo "miau".
Minutos depois minha prima vem correndo me contar que Língua de Fuso tinha acabado de dizer pra ela: "Sabe qual a minha cor favorita. Hã, hã, tem muita coisa sobre mim que você precisa saber. Miau". Quem ´güenta?

Terrível foi quando a gente empurrou uma amiga pra beijar um amigo que estava a fim dela. "Beija, beija", e ela beijou sentada no meio-fio da calçada do condomínio. Beijou e "esmudeceu". Ficou sem graça, pediu pra subir para o apartamento. Só foi o menino virar as costas e a bichinha correu pra lavar a boca no banheiro.
A gente: "Mulher, como é que você faz uma coisa dessa?"
Ela: "Cheira aqui, cheira aqui. Carniiiiiçaaaaa!"
Rapaz, nos lábios da menina era um fedô de merda pura! O que era aquilo? Ela lavou e foi pior porque ficou um fedô de merda molhada. Esfregou tanto a cara no colchão que esfolou a pele. Quase ficava em carne viva. Enquanto ela se desesperava a gente ria e engulhava.

E quem já engulhou durante o beijo? Eu já, com esse mesmo amigo que era meu namoradinho antes de ficar com minha amiga e antes de ser conhecido como o lendário Bafo da Morte.
Ele beijava feito peixe, abrindo e fechando a boca durona. Eu lutava pra encaixar até que a saliva ficava seca, eu engulhava infinitas vezes e ele nem notava, só ali, no beijo de peixe. Credo!

Uma das minhas primas uma vez saiu com um carinha que estava a fim dela. Foram passear na orla, brisa marinha, lua cheia, sentaram num banquinho e o cara como não sabia o que fazer pra se aproximar, abriu a boca e falou: "Vamos lá?"
Pra quê? Uma fumaça verde de bafo de cebola foi de cheio no rosto da minha prima. Ela quase caiu dura. Uma tristeza!

Tem cara que só de beijar o rosto da menina já deixa a catinga de fedô. Aí ela tem que sair rindo, disfarçando, mas quando bate um vento que leva o cheiro pra o nariz dela, afe, pense que é o fim!

Enfim, beijo é bom, mas vamos escovar os dentes antes e depois das refeições, ao dormir e ao acordar... vamos colaborar!
Claro que tem aqueles que se cuidam direitinho e beijam maravilhosamente bem, mas entre amigas e primas a gente não conta quem é pra não abrir concorrência.

Beijinhos!!!!!

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

"Não podemos retomar os caminhos percorridos. 
A vida é o momento e a quota de erros e acertos que cometemos".

sábado, 2 de setembro de 2006