Banheiros Públicos

Mais um post pra quem nao tem o que falar.

(veja episódios passados aqui!)

ATENÇÃO: Esse é mais um daqueles posts de quem não tem o que falar.
E se você é uma dessas pessoas que sempre esperam que os outros tenham o que falar, que só escrevam em seus blogs coisas interessantes e se escandalizam com posts sem conteúdo, então não recomendo a leitura deste.
Banheiros Públicos

Tem coisa mais constrangedora do que ir a banheiros públicos? Aquela meia-parede que não lhe deixa nem um pouco à vontade, aquela divisória que não lhe dá nenhuma privacidade, uma brecha na tranca na porta por onde você vê as pessoas esperando você sair do lado de fora e, enquanto se equilibra pra não sentar naquele vaso imundo, com a outra mão segura a porta tapando a brecha indiscreta.

Tem banheiro que dá até pra ouvir o outro fazendo força, um "Hum... hum!" espremido, o xixi caindo na água, o "plof-plof" do cocô. (Engraçado, meu xixi tem cheiro de pipoca... sempre quis comentar isso com alguém...)

Tem gente que tem a sorte de trancar o boró e não conseguir fazer as necessidades fora de casa, como muitos componentes daquela comunidade do orkut. Outros, não, cagam fora de casa e em qualquer lugar.

Imagino o cidadão quando sente o beliscar do urubu se retirando da mesa de trabalho e em passos miúdos correndo para o banheiro. Vira esquina, passa corredor, os colegas querendo falar com ele e o cara seguindo resoluto até o local de salvamento.

Vamos imaginar uma mulher, coitada, que precisa manter a pose pra esconder a cara amarela e as tripas dando nó. Corre pra o banheiro rezando pra que não tenha ninguém porque, pelo chamado, o negócio vai feder.
Chegando ao local de destino, vê que das três portas ali, apenas uma está ocupada, dá graças, e se controla pra o negócio não sair muito alto, mas na pressa, as coisas chacoalharam lá dentro e virou uma bagaceira. Senta, se controla, mas sai algo assim:

"Vrááááá!!!!" (pausa curta)
"Prá-prá-prá-prá-prá!" (outra pausa curta)
"Prá!" (uma pausa maior)
"Pfuuuuu!!!!" (mais baixo pra finalizar).

Percebe que o barulho ecoou no banheiro quase vazio. Sente o silêncio pesado da pessoa que está na casinha ao lado. Constrangimento. Ouve passos. Ouve outra pessoa entrar, a vizinha sai e conversa algo com a colega. Finge-se de morta. Espera todo mundo sair. E odeia de todo coração a acústica daquele ambiente.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MINHA ROSA É ÚNICA NO MUNDO

Eu sou do Trecho

O Buraco do Seu Priquito