Mas o que foi que eu fiz?


Tem coisa que não tem jeito não. Tem coisas que por mais que você se esforce, não-vão-dar~certo. Tem coisas que acontecem e você nem sabe por quê. E acontecem. Você não sabe o que fez. Mas aconteceu. 

Lembro de uma época em que fazia terapia com uma psiquiatra muito esquisita, e no meio do  poço de depressão que eu tava, rodeada do lamaçal de somente coisas ruins que me acontecia, ela seeeempre me dizia que a culpa era minha. Eu tinha feito alguma coisa pra estar passando por aquilo. Eu tinha que descobrir que merda que eu andava fazendo. Rapaz... se eu soubesse, não estaria ali pagando uma pequena fortuna toda semana. Fali e nunca descobri. 

Esse final de semana me aconteceram coisas semelhantes com pessoas diferentes, coisas desagradáveis que com certeza eu devo ter feito alguma coisa pra merecer. O quê? Não sei. E se eu não descobrir, se Deus não me revelar (porque só Deus!), eu não vou poder fazer nada a respeito. 

Juro que a princípio fiquei bem chateada. Os hormônios da gravidez (e do meu temperamento  também) me fizeram chorar. Depois lembrei dessa frase que sempre gostei de citar:


"De que adianta lamentar o vaso quebrado quando todas as forças do universo se uniram para derrubá-lo das nossas mãos". (W. Somerset Maughan)

Você acredita em sorte? Eu, sim. Já tive algumas sortes na vida. Quando não fiz nada pra merecer algo e coisas boas aconteceram, assim, do nada. É a mesma lógica para as coisas ruins, que não quero chamar de azar, mas vou falar, esse final de semana tive um pouco de azar, com consequências um tanto quanto catastróficas (afinal melhorou em anda minha vida, muito pelo contrário). O vaso foi derrubado algumas vezes das minhas mãos. Quebrou. Lamento. Não tem conserto. Algumas coisas são assim. A gente só aceita e segue. 



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