Ainda sobre a morte

Ontem recebi a triste notícia de que minha avó paterna faleceu. Na verdade, não recebemos a notícia, descobrimos por acaso.

Minha avó paterna não era a mãe biológica do meu pai, ela era mãe por adoção. Adoção à brasileira, mas adoção. Mas o que importa a nomenclatura? Ela era a única mãe que ele conhecia e reconhecia, ela era simplesmente sua MÃE. Ela não era minha "avó de criação" ou "avó por adoção", ela era puramente minha AVÓ.

Ninguém da família nos avisou do seu falecimento, mas sentimos mesmo assim. Eu e meu irmão, seus NETOS, não netos por adoção ou netos de criação, a amávamos. Meu pai a amava. Amor é amor, independente da nomenclatura, do sangue ou do que está no papel. A gente amava nossa avó.

Não, não fomos informados do seu falecimento, não sei por quê não nos avisaram, mas tb já nem quero mais saber. Vou guardar pra sempre a imagem dela na última vez que a vi, seus cabelos lisinhos e seu rosto já bem enrugado. Ela era meiga e carinhosa e apesar de não a ver com tanta frequência eu a amava.

Minha avó Menininha, descanse em paz. Junto com você vai o pouco que restava das minhas origens. Já não existe mais nada. Mas a vida é daqui pra frente. Guardo somente boas lembranças. Dona Odete, pra sempre nos nossos corações.

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