domingo, 30 de março de 2008

Longas Cartas Pra Ninguém

"Enforcar-se é levar muito a sério o nó na garganta."
(Mário Quintana)


Queria que tivesse me ligado hoje, mas não foi o que aconteceu. É sempre assim, você só me liga quando eu menos espero, então passa a me ligar todos os dias e depois some por um bom tempo. Ah, agora é a hora de sumir, né? Nem sequer vou poder pensar em te ligar e ficar relutando em fazer isso. Pra onde você vai não há contatos, ou pelo menos por enquanto eu não tenho nenhuma. Só sei que teu silêncio e tua distância fazem com que teus defeitos fiquem mais evidentes, fazem com que eu lembre só das coisas ruins.

Amanhã eu volto a trabalhar, assim como você, depois de 3 meses de nada fazer. Fico por aqui, enquanto você muda pra mais longe de mim. Vontade de não criar laços, não ter raízes, assim como você. Vontade de doar minhas roupas quando se mostram usadas demais, da mesma forma que você faz. Já fui muito apegada a pessoas e coisas, hoje não quero mais. Não quero me apegar a ninguém, a nada, a lugar nenhum. Quero sair por aí, pelo país, pelo mundo, pela vida. Pena que o medo me paralise e eu permaneça aqui mesmo, estática, parada, sozinha, perdida, calada.

terça-feira, 25 de março de 2008

Sempre a mesma coisa

“Tudo é sempre a mesma coisa, o mesmo jeito, toda vez.
Tudo é muito relativo e a distância já nos fez.
Somos serra e litoral, nosso final é simples: tchau”!
(Catedral)


Chove lá fora, mas aqui dentro está muito quente.
Tento, sabendo que é em vão, recuperar o tempo que perdi em noites mal dormidas, em manhãs de sono, em sonhos quase pesadelos, em pensamentos desnecessários, em sentimentos dilacerados, em espera inútil, em desânimo mórbido. Em vão. O tempo perdido nunca mais é recuperado. Faço o que tenho que fazer e descubro que ainda tenho muito a resolver. Lamento mais ainda ter perdido tempo com o nada, achando que mais nada eu tinha a fazer.

Ainda a mesma mania de fazer várias coisas ao mesmo tempo, e assim assisto um filme, escrevo minha monografia, ouço músicas escolhidas com letras direcionadas pra mim e pra alguém, sinto saudade.

Lembro de tanta coisa passada, lembro do que foi interrompido, das risadas quebradas, do idealismo estúpido. Lembro da neblina vista da janela do sobrado na madrugada daquele interior tão calmo e me sinto sufocar.

Lembro também do tempo que não vivi e dos dias que pareciam não ter horas, onde tudo era igual, onde eu só dormia, tomava remédios e ia ao banheiro, intercalando esses momentos com vários exames, idas a vários médicos e a espera por alguém que nunca voltou. Mas isso foi há alguns meses. Sim, o tempo é relativo, mas existem as horas para contá-lo e tudo passa. Ou quase tudo.

Sinto um medo paralisante, medo de não conseguir o que quero, de ficar doente novamente, de perder mais uma vez.

Vontade de voltar a trabalhar, de ver gente, rir, conversar, produzir, ser útil outra vez, se algum dia eu fui. Vontade de crescer, mudar, corrigir os defeitos, fazer diferente. Deixar de dizer e fazer tudo igual. Deixar a mesmice de sentimentos pra trás. Mas, - incoerência! - sinto vontade de encontrá-lo novamente, só pra nada dizer, apenas olhar em seus olhos e sorrir.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Saudade da gente

Eu chorava e não entendia, apenas não entendia, e não entender dói, e a dor fazia com que eu chorasse. Eu sentia saudade, uma saudade apertada da gente, principalmente da gente. 

--Caio Fernando Abreu.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Fim de festa

"Eu tava tão quieta, sozinha, acostumada a meus devaneios e sonhos. Aí vem alguém,entra rapidinho,faz a maior festa e deixa a maior bagunça para eu arrumar sozinha de novo e ainda parte sem dizer adeus".

Fim de festa. Assim me sinto.
Ele chegou do nada, entrou na minha vida, me fez rir, me fez feliz, fez festa no meu viver, mas por tão pouco tempo... foi embora, nem se despediu e deixou uma bagunça enorme que não consigo terminar de arrumar nunca.

Hoje falo com ele e o desconheço completamente. Não sei quem ele é. Não é a pessoa que eu conheci. Queria ele idealizado de volta, mas ao mesmo tempo queria conhecer ele real com todos os defeitos e qualidades, mas sem mentiras, sem enganos. Queria que se tivesse que acabar, que fosse no fim, quando acabasse o sentimento, mas não queria essa coisa interrompida, partida, suspensa no ar, indefinida.

Pra falar a verdade, queria voltar a trabalhar com ele na mesma cidade, ficar perto, conhecê-lo mais, sem sofrimentos, sem esse aperto no peito que me deixa sem ar.

São tantos sonhos quebrados pela realidade. Mas a gente teima e segue dormindo e sonhando e querendo. Até quando, hein?

segunda-feira, 3 de março de 2008

Das Coisas que Eu Entendo

"Oh, meu amigo, eu esperei tanto tempo por respostas
E depois de tanto tempo
Ainda havia mais pra esperar

Então eu sentei e esperei
E resolvi desprezar o tempo
Eu não sabia mais o que vestir e eu não tinha mais pra onde ir"...

(Das Coisas que Eu Entendo - Nenhum de Nós)



Soberana#

domingo, 2 de março de 2008

Te extraño

Nada a dizer. Só a cantar!


"Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta meu desejo".
(...)
"Tínhamos a idéia, você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia".
(...)
"Antes eu sonhava, agora já não durmo".

(Sereníssima - Legião Urbana)


Te extraño
Armando Manzanero
Composição: Armando Manzanero

Te extraño
como se extrañan las noches sin estrellas
como se extrañan las mañanas bellas
no estar contigo por dios que me hace daño.

Te extraño
cuando camino caundo lloro cuando rio
cuando el sol brilla cuando hace mucho frio
porque te siento como algo muy mio.

Te extraño
como los arboles extrañan el otoño
en esas noches que no concilio el sueño
no te imaginas amor como te extraño.

Te extraño
en cada paso que siento solitario
cada momento que voy viviendo a diario
estoy muriendo amor porque te extraño.

Te extraño
cuando la aurora comienza a dar colores
con todas tus virtudes con todos tus errores
por lo que quieras no se pero te extraño.

E como ele ainda me faz falta... num vou mentir...