Poema Quebrado 
Oswaldo Montenegro 

Eu era apenas rio 
Esperando que você navegasse 
Poema quebrado no frio 
Num salão vazio 
Esperando que você recitasse 
Eu era manhã cinzenta 
Esperando de você a aurora 
Um lobo de olhar em brasa 
Te vendo em casa 
(e o lobo do lado de fora) 
E eu era, quem diria 
A melodia que jamais compusera 
E eu, que jamais daria 
Era o verbo dar 
Dizendo assim: quem dera! 
Então não vá embora 
Agora que eu posso dizer 
Eu já era o que sou agora 
Mas agora gosto de ser

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