Despedir dá febre.

"Despedir dá febre." 
(Guimarães Rosa - Grande Sertão Veredas)

Vivo queimando constantemente a 40 graus. Ah, essa minha mania de ser romântica! De achar que cada encontro é uma despedida. Até quando, não sei.

Ontem, com uma tpm desgraçada, eu queria mais era matar cada vendedor ambulante que entrava gritando seus produtos dentro do ônibus, me tirando da absorção dos meus vãos pensamentos. Mataria, faria uma favor a mim e à sociedade. Só aqui mesmo em Salvador que tem isso, nunca vi em lugar nenhum. Coisa de baiano. Mataria meu chefe também, que ontem teve um ataque por causa de uma simples chave. Mataria a mim mesma só pra provar pra meu bb que eu não sou dramática, só pra provar que sofro com minha agorafobia e meu transtorno obsessivo compulsivo por cores. Deixaria ele de "cabeça ruim", só pra me vingar da falta de carinho e atenção com os meus problemas. Humpf!
Isso me lembra que ganhei dele um tênis lindo - preto com rosa, e só consigo usar com a malha de academia cor de rosa. Juro que tentei, mas rosa não combina com o azul das minhas outras roupas, nem com o verde... e eu só tenho uma malha rosa... e eu quero meus 7 kg de volta. Quero mesmo.

(...)

Ah, eu queria também morar numa casa onde pudesse ouvir de tarde os som das folhas balançando nas árvores. Onde eu pudesse criar um gato pra me fazer companhia com seus olhos grandes e tristes. Porque todo gato tem mesmo um olhar meio triste, não acha?

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