"Ela acreditava nele, mas não mais na vida. A vida a magoaria de novo havendo oportunidade. Coisas terríveis ocorreriam se ela abrisse a guarda e o deixasse entrar completamente no seu mundo. Poderia perdê-lo, ou ele poderia traí-la, abandoná-la ou morrer. Nada mais era seguro, ela sabia bem disso. Não poderia confiar em ninguém e em nada, nem mesmo nele. Não tão intimamente. Percebeu então que tinha sido tola em pensar que poderia".
MINHA ROSA É ÚNICA NO MUNDO
Mas aconteceu que o principezinho, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E as estradas vão todas na direção dos homens. - Bom dia, disse ele. Era um jardim cheio de rosas. - Bom dia, disseram as rosas. O principezinho contemplou-as. Eram todas iguais à sua flor. - Quem sois? perguntou ele estupefato. - Somos rosas, disseram as rosas. - Ah! exclamou o principezinho... E ele sentiu-se extremamente infeliz. Sua flor lhe havia contado que ela era a única de sua espécie em todo o universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim! "Ela haveria de ficar bem vermelha, pensou ele, se visse isto... Começaria a tossir, fingiria morrer, para escapar do ridículo. E eu então teria que fingir que cuidava dela; porque senão, só para me humilhar, ela era bem capaz de morrer de verdade..." Depois, refletiu ainda: "Eu me julgava rico de uma flor sem igual, e é apenas uma rosa comum que eu possuo. Uma rosa e três vul
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