terça-feira, 31 de agosto de 2010

Reunião de Condomínio


Em mais de 10 anos que moro no mesmo condomínio acho que só participei de 2 reuniões, já nesse novo, meu futuro lar de mulher casada, antes mesmo de receber as chaves, já estou participando da terceira reunião em pouco mais de 1 mês.

Fico impressionada como tanta gente aparentemente inteligente se reune pra discutir tanta babaquice, quando apenas o bom senso e a educação resolveriam. Item por item da convenção foram sendo discutidos. Mais de meia hora foi gasta só para se discutir o item de proibição de bichos dentro das unidades autônomas. Pode ou não pode criar bicho dentro do apartamento? A mulher do meu lado esquerdo me confessa que veio do interior só pra saber isso, pois tem um cachorrinho e não larga ele por nada. 

Meia hora se passou e chegou-se ao consenso: Pode criar bicho dentro de apartamento. Mas aí alguém grita do fundão: "E cobra, pode?". Outro se empolga e comenta: "Então aranha também, não é?" Uma criança pergunta: "E meu rato branco"? Volta-se toda a discussão e muda-se o item, dessa vez proibindo a criação de animais exóticos, peçonhentos e silvestres. Pensa que acabou? Não. Dessa vez a mulher do meu lado direito reclama: "Então não posso trazer meu papagaio"? Outro questiona: "Tem licença do IBAMA"? E segue-se mais uma discussão interminável sobre leis ambientais e definições sobre o que é ou que não é um bicho exótico. 

O item seguinte era sobre quanto o síndico poderia gastar. Discute-se, discute-se. Já não basta a confusão, ainda aparece o vizinho advogado com sua prepotência inata (acho que prepotência deve ser uma cadeira da faculdade de Direito) que se levanta para dizer: 
"Incluso data venia, esse texto é de fácil redação, basta apenas retirar o parágrafo da alínea do inciso do item tal e escrever Ad referendum".
Que porra é ad referendum? O texto ficou mais confuso, mas o tal advogado falou com tanta propriedade que todos se calaram. Apenas a mulher do meu lado esquerdo foi honesta a me dizer: "Mulher, desculpe, eu sou burrinha, mas isso tem a ver com meu cachorro"? Eu ri e disse que sim, induzindo ela a levantar a mão para votar, em quê ela não sabe, e eu só sei que quando senti minha bunda ficar quadrada no banco duro do jardim, levantei e fui embora, pois naquele momento minha bunda era mais importante que a aranha da vizinha.

Falei e disse.

domingo, 29 de agosto de 2010

“Se me observa, diga-me. Porque quero entender essa sua obsessão, e comparar com a minha.”

sábado, 28 de agosto de 2010

Ele faz tudo ficar mais feliz

Só olhar para ele, sentar ao lado, ouvir a voz, faz tudo ficar mais feliz. 
Algumas pessoas simplesmente valem a pena.
Tati Bernardi


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"Demasiada maquiagem e muito pouca roupa para vestir é sempre um sinal de desespero para a mulher".

Oscar Wilde

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

´Há um silêncio dentro de mim. 
E esse silêncio tem sido a fonte de minhas palavras.´

sábado, 21 de agosto de 2010

Não Pode Tocar

Entro num museu, paro em frente a um quadro, a uma escultura, a uma cerâmica, e enxergo o aviso: não pode tocar.
Não posso, então não toco, tudo bem.
Não tocarei pra não estragar, pra não quebrar, pra durar por muitos séculos.
Nada de sentir a textura do material, nada de deixar minhas digitais impressas, nada de arranhar a tela com minhas unhas mal lixadas, de desgastar as cores com meus dedos imundos.
Então a gente respeita, não chega muito perto, não atravessa a linha amarela, nada de macular a obra com nosso hálito quente e nosso olhar aproximado demais.
Assim é também entre homens e mulheres, entre pais e filhos, entre amigos que procuram se proteger: não se pode tocar em determinados assuntos.
Há questões que arriscam ser maculadas com palavras, que um olhar aproximado demais poderia danificar. Instaura-se sempre um silêncio de museu ao nos aproximarmos de temas perigosos.
Tolera-se apenas o som da tevê, de um teclado de computador, de alguém falando ao telefone, ruídos parecidos com silêncio, já que não fazem barulho excessivo, não incomodam o suficiente.
Palavras incomodam o suficiente.
Vamos falar sobre o que nos aconteceu dez anos atrás.
Vamos conversar sobre a morte do seu pai.
Vamos tentar entender juntos a razão de você estar bebendo desse jeito.
Me diz o que te perturbou na infância.
Não, não quero tocar neste assunto.
Mantenha-se atrás da faixa amarela, não chegue muito perto, não acerque-se de meus traumas, não invada meus mistérios, não atrite-se com o meu passado, não tente entender nada: é proibido tocar no sagrado de cada um.
Todas as relações do mundo possuem sua prateleira de cristais.
Há sempre um suspense, uma delicadeza ao transitar pela fragilidade do outro.
Melhor não falar muito alto, é mais prudente ir devagar e com cuidado.
Para não estragar, pra não quebrar, pra durar por muitos séculos.

(Não pode tocar - Martha Medeiros)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Projeto CASAMENTO: Bom-ban-do!

Bbzinho de folga e nada de descanso. Correria retada pra resolver um tanto de coisas em tão pouco tempo, 
Procuramos o terno dele - tradicional ou a rigor? Qual a cor da gravata? Lá foi 1 tarde e 1 manhã pra resolver isso e um tanto de combustível pra rodar várias lojas. Alugamos as roupas dos pajens também. Falta as das madrinhas. E os pequenos que moram fora do Brasil? Será que dá tempo se eles chegarem alguns dias antes da data?
Compramos a lembrança dos padrinhos, mas agora faltam os convites.
E não pensei que casamento civil fosse tão complicado! Pra dar entrada é preciso certidão de casamento dos PAIS, e se falecido algum, certidão de ÓBITO. Pra que isso, hein? Além disso no dia de dar entrada tem que levar duas testemunhas com respectivos documentos, testemunhas essas que podem não ser necessariamente as do dia do casamento civil. Casar é complicado!
Mas mais complicado é tentar reformar um apartamento novo. Material de acabamento é caro os olhos da cara. E os móveis são mais caros ainda! Vixe!!!
Estou até de cabeça ruim, mas adorando cada momento e cada detalhe.
Feliz demais da conta, sô! 





quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Os sonhos de Deus não podem ser frustrados

Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido
(Jó 42.2). 

Sonhos e conquistas
Vivendo a cada dia os milagres do Senhor
Se hoje estou aqui contando bênçãos é pelo seu grande amor
Lutas e vitórias
Quantas lágrimas dos olhos eu vi rolar, mas a cada luta um milagre acontecer
Deus me mostrou que o impossível em minha vida, só ele pode fazer
Tenho gratidão por tudo o que Deus fez em minha vida
Pra contar vitória hoje estou aqui e dizer que os projetos do Senhor ninguém pode impedir
Eu quero viver promessa de Deus,
Eu quero sonhar os sonhos de Deus
E os milagres que ele tem pra minha vida irão acontecer
Os sonhos de Deus não podem ser frustrados e os planos do Senhor
jamais arruinados
Se a promessa ele fez em tua vida ela se cumprirá...
Basta nele confiar.

sábado, 14 de agosto de 2010

A inveja

O azeite não se mistura
à água, nem minha mágoa
com seu deleite.

Rogério Viana 

"Mas a minha antipatia maior não é do invejoso, esse se consciente, está sob controle. Minha antipatia é dos eternos invejados. "Minha chefe tem inveja de mim, por isso me prejudica"; "meus colegas morrem de inveja de mim, só porque sou excelente no que faço"; "minha vizinha tem um olhar de inveja que até me benzo". Ai meu Santo! Que idéia agigantada de si próprio faz com que alguns idiotas se sintam invejados a todo tempo. Tem gente horrenda que se diz invejado, gente de inteligência mediana que se vê cercada pela inveja de todos, gente que nunca se destacou por um feito importante na vida, mas que a seus olhos todos invejam e queriam ser como elas, medíocres. Só pode ser isso. Pelo amor de Deus, além de lidar com a inveja ter que lidar com a vaidade e prepotência é uma dobradinha infernal para enfrentar".
(retirado do Blog Dor que Mata)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Das Vantagens de Ser Bobo


O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.
Clarice Lispector

quinta-feira, 12 de agosto de 2010


Pois enquanto eu viver vou  testemunhar do amor, que minha vida seja prova da existência do Senhor. 
Cada passo que eu der seja oferta de louvor, pois enquanto eu viver vou testemunhar do amor...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Amor bandido


Just gonna stand there
And watch me burn
But that's alright
Because I like
The way it hurts
Just gonna stand there
And hear me cry
But that's alright
Because I love
The way you lie
I love the way you lie
I love the way you lie

sábado, 7 de agosto de 2010

Plágio



"A firmeza de propósito é um dos mais necessários elementos do caráter e um dos melhores instrumentos do sucesso. Sem ele, o gênio desperdiça os seus esforços num labirinto de  inconsistências". 
(Philip Chesterfield)

Como uma pessoa pode julgar outra de não ter personalidade, de fazer cópias, de não ser original, quando a própria é PLÁGIO de tudo o que ouve e vê por aí e deixa isso explícito no que escreve, em seu trabalho, sua formação, seu caráter?

Ah, as pessoas! É bem verdade... quanto mais as conheço, mais gosto do meu gato.
Sucesso.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

"Eu quero nada uma mulher dessa na minha vida".

Todo dia a gente ia completar o almoço do "Podrão" com um copão de açaí com leite condensado. Era o momento mais esperado do dia, o mais prazeroso, momento sublime, etéreo. Já almoçava pensando nisso, pensando no açaí. E muitas vezes  a gente brigava pelas poucas castanhas que vinham na granola e sempre pedia pra o rapaz do açaí colocar mais um pouquinho de leite condensado... só mais um pouco... um pouquinho mais...

Certo meio-dia, estava eu em mais um desse momentos, quando de repente adentra ao recinto um rapaz forte, robusto, corado, vendendo saúde e pedindo dinheiro. 

Nenhum dos meus colegas que estavam na lanchonete quis dar dinheiro pro molecão, mas ele insistia. A gente começou a perguntar se ele queria trabalhar, se não procurava um trabalho, uma ocupação em vez de ficar só pedindo esmolas. Ele disse que sim e perguntou com quem poderia falar pra arranjar um emprego na firma que trabalhávamos. Nós, muito solícitos, já estávamos quase dando o telefone do administrador, mas prefirimos orientá-lo a fazer um currículo ou ir pessoalmente no canteiro falar com o responsável pelas contratações na área administrativa. Ele ouviu tudo com atenção e no final acrescentou, dizendo: 

- Eu quero mesmo arranjar um trabalho, mas um que não me canse muito. 

Mar´minino, um trabalho desse até eu quero! E respondi que, ora, se ele arranjasse dois, que me indicasse para um. 

No outro dia, novamente nós no Açaí e olha quem chega pedindo ajuda novamente? O molecão robusto. Chegou chegando e enchendo o saco de muita gente. Resolveu então grudar em mim e queria porque queria o meu açaí. Eu agarrada com o copo, segurando-o com as duas mãos, respondi instintivamente: Não! 

Mas como eu daria a ele meu momento mais prazeroso do dia? Depois de ter catado as últimas moedas da carteira até juntar os últimos 2 reais que eu tinha? Nunca! 

O rapaz não se conteve e insistiu insistentemente (a redundância é pra mostrar o quanto ele encheu as paciências), a ponto de outro colega começar a se irritar e tentar me defender. Foi aí que o garotão forte e corado me xingou, dizendo:

- Eu quero nada uma mulher dessa na minha vida! 

Virou as costas e foi embora. 

Meu amigo Eliabe chorou de rir. Não conseguia ficar sentado na cadeira de tanto rir. Todo mundo riu. E eu com cara de besta, pensando se em algum momento eu pedi pra fazer parte da vida dele e não lembrava. 

Depois desse dia por onde eu andava na cidade de Teixeira de Freitas via o menino. Na rodoviária, no centro, em qualquer rua. Fiquei com medo, cortava caminho, mudava de calçada. E essa frase se tornou o bordão que os meus colegas falavam sempre que me encontravam nos corredores ou na fila do restaurante. Apontavam para mim e diziam: "Eu quero nada uma mulher dessa na minha vida". 

É, Abe, diga aí, a gente ganhava pouco, mas se divertia. 

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

"Seja uma pessoa que valoriza a essência, não a aparência, cultive os valores mais profundos e não caia na tentação de se tornar um "super" em um mundo de estrelas sem brilho próprio".

Roberto Shinyashiki