sábado, 23 de junho de 2007

Minha vida está dando uma reviravolta tremenda. Tenho tanta coisa pra falar, mas agora a fumaça das fogueiras não me deixa raciocinar.

Passei a semana na poeira do canteiro escondido numa estradinha de terra. Perdidas entre pilhas de pastas a serem arrumadas, sem internet, sem produzir nada de útil. Algumas horas sem energia, outras sem água, acordando mais cedo do que de costume, comendo sempre fora de casa.

Saí da minha cama-box-king-size-nela-eu-podia-me-revirar-à-vontade pra uma caminha-de-solteiro-com-um-colchão-de-madeira-bem-mais-estreito. Um lugar frio à noite, uma casa grande, pessoas estranhas. Continuo achando muito ruim crescer.

Mas os momentos bons permanecem, talvez fictícios, inventados, sonhados, como correr de mão dadas numa madrugada até a linha de trem, só pra ouvi-lo dizer, longe do barulho: "Estou apaixonado por você. Muito apaixonado. Você é linda. Muito linda. Queria ter você definitivamente na minha vida".

E o que vai ser de mim, meu Deus?

quarta-feira, 13 de junho de 2007




"Se o tempo hoje vai depressa
Não tá em minhas mãos
Cada minuto me interessa
Me resolvendo ou não.

Quero uma fermata que possa fazer
Agora o tempo me obedecer"...


(Temporal - Pitty)


É... a ficha tá começando a cair. Para quem não sabe nada de música, fermata é um símbolo musical que deixa o tempo de execução de uma nota a cargo do executante.
Mas a vida não é tão musical assim...

terça-feira, 12 de junho de 2007

A quem interessar possa....


A quem interessar possa....

Hoje é dia dos namorados e estou namorando. Voltei. Voltamos. Eu e Fábio. Fábio e Eu. Pela nonagésima vez. Terceiro dia dos namorados juntos. 3 anos. Foi num forró, época de São João, de frio, de chuvinha, quando tudo começou. Mas ano passado, também São João, a gente tinha terminado, pela segunda vez. Ou era terceira? Êta círculo vicioso! Mas estou numa fase boa. Fase de viver o presente. Fase de rir muito. De sonhar com os pés no chão. E nunca mais eu tinha tomado um banho de chuva. Sábado, 2 horas da manhã, chuva forte abraçada com Fábio. Risadas, muitas risadas. Dizem que o melhor da festa é o final. Sempre quis ir embora de Aracaju, nunca gostei muito desse lugar, e agora que só faltam alguns dias pra eu mudar de cidade, tudo ficou bom, muito bom. O trabalho ficou mais divertido, as coisas fluem, estou conseguindo estudar, estou conseguindo fazer o que gosto, posso até dizer que estou feliz, eu que estou sempre triste. Triste, não, melancólica. It´s different. Só uma coisa não mudou: continuo amando. Continuo apaixonada por tudo e por todos. Até pelas pessoas que não gostam de mim. Nossa, como é bom viver!

"Nessa nossa estrada
Só terá belas praias e cachoeiras
Aonde o vento é brisa
Onde não haja quem possa
Com a nossa felicidade
Vamos brindar a vida meu bem
Aonde o vento é brisa
E o céu claro de estrelas
O que a gente precisa
É tomar um banho de chuva..."


Ah, e estou feliz com as últimas visitas que meu blog recebeu. Feliz mesmo ao saber que algumas pessoas lêem o que escrevo e gostam, mesmo que nunca tenham comentado. Que bom! E sejam sempre bem vindos.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Gostei, gostei, gostei!

"Soberana é o nome de uma flor, um tanto rara dado que abre poucas vezes ao ano. Demora alguns dias para ela chegar no seu auge, mas quando completa o seu ciclo... nossa!, ela é uma rainha, uma verdadeira coroa em vermelho e amarelo, digna de reinar sobre o jardim. .... acho que você precisa apenas achar um jardim digno do seu reinado... ou de um jardineiro que saiba cultiva-la e portanto mereça que você o enfeite"...

(Ayres - A(s)normais)

quarta-feira, 6 de junho de 2007

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Meros devaneios tolos


Bem certo que deleto pessoas... o problema é que ainda não aprendi a esvaziar a lixeira. Alguém aí pode me ensinar?


Meros devaneios tolos - Parte II

Sentada na cama apenas o via dando o seu sermão. Via, mas não conseguia ouvir. Ele, sentado no sofá... um metro e setenta e oito de sol em plena noite. Ele, que tanto falava fazendo com que eu o admirasse mais, apesar de estar detestando as palavras que ele dizia, incansavelmente, querendo me fazer entender o que eu já tinha entendido. Mas eu não ouvia. Apenas via aquela boca que há alguns minutos tinha acabado de beijar proferir palavras que na verdade eram repreensões. Senti-me envergonhada do papel que desempenhara até então. Fingia que não gostava. Fingia que não estava interessada. Fingia que era só amiga, quando na verdade queria tudo e muito mais. Queria ser a amada, a amante, a namorada. Queria mesmo sabendo que nunca teria, por isso fingia. Agora eu estava ali, tendo-o tão perto. Na minha frente. Falando as únicas coisas que eu não queria ouvir. Simplesmente porque eu tinha fingido demais.

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Eu deixei um recado no pára-brisa do carro dele. Depois ri de mim mesma, me achei ridícula, tipo aquelas menininhas de colégio. Acho que ele nem viu o bilhete. Ou viu e fez de conta que não. Não comentou nada depois. Na certa também achou ridículo. Indigno de comentários. Não sei porque fico procurando. Às vezes esqueço da minha situação. Esqueço que com ele sou apenas pra "de vez em quando", e que agora é a hora que sumimos um do outro de novo, mais uma vez, num grande círculo vicioso, até ele me ligar com sua voz grave dizendo: "Quer me ver?", e eu, claro, depois de relutar um pouco, sempre dizer "sim". De vez em quando. Talvez por muitos anos a mais. Ou não.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Seu tudo pra mim foi pouco

Eu Só Sei Amar Assim
(Hebert Vianna)

Muito pra mim é nada
Tudo pra mim não basta
Eu quero cada gesto, cada palavra
Cada segundo da tua atenção

Faça isso por mim
Leve a dor pra longe daqui
Estou cansada de ouvir
Que eu só sei amar errado
Estou cansada de me dividir
O que é certo no amor
Quem é que vai dizer
O que falar, calar e querer
Eu quero absurdos, quero amor sem fim
Eu quero te dizer que eu só sei amar assim.


E numa dia muito remoto da minha vida, eu ouvi:

"Eu tenho muito carinho por você, mas, enfim, não vou ficar te dizendo isso. Eu fiz tudo que pude por você. Desculpa se foi insuficiente, mas pode perguntar a qualquer pessoa que me conhece. Eu te dei muita atenção, eu fiz coisas por você que nunca fiz por ninguém, não porque eu fosse obrigado a isso, mas porque eu sabia que você merecia".

Êêê, desculpaê, mas... seu tudo pra mim foi pouco. (nem sei por que lembrei disso... essa mudança está afetando meu cérebro).
E quem disse que homem é tudo igual? Que nada! Tá certo que sempre mantenho vários na fila e estou aceitando currículos, mas como as coisas andam, determino a quem dou minha senha da conta poupança da Caixa Econômica e quem merece o meu cartão Itaú Personalité (Momento Revolta - num digo que a mudança tá me afetando?).
E pra acabar de acabar, uma coisa que eu ouvir que achei "massa": "Não digo que você pra mim é demais, porque o que é demais é excesso, e o que é excesso é sobra, o que sobra a gente joga fora. Digo que você pra mim é de menos, pois o que é de menos, é pouco, e o que é pouco faz falta, e se você faz falta é porque é RARO". Uau! (Definitivamente essa mudança vai acabar comigo).