O portão

E continua minha indignação - (porque quanto mais tempo moro aqui, menos me acostumo) - por que o povo dessa cidade é tão grosseiro?

Estava eu indo ao salão de beleza que fica no primeiro andar de um pequeno prédio comercial. Quando cheguei na entrada uma senhora já vinha descendo e alcançamos a fechadura do portão ao mesmo tempo. Retirei a mão e ela abriu o ferrolho, no entanto o portão não se abriu. Pensei eu que estivesse emperrado (já que era de ferro) e tentei ajudá-la segurando uma das barras e balançando um pouco o portão, nesse mesmo tempo eu observei que havia mais um ferrolho na parte de cima que ela já estava tentando abrir, mas, coitada de mim, foi tarde demais. Por causa da minha atitude de tentar abrir o portão balançando o mesmo, recebi um gritão na cara: "CALMA, MINHA FILHA, EU VOU ABRIR"! No mesmo instante meu cérebro já processou e identificou: sergipano mal educado. Respirei fundo, esperei ela sair e depois que ela passou por mim eu disse: "Desculpe-me, eu apenas pensei que estivesse emperrado". O que ela respondeu com o mesmo tom irritado e arrogante: "Emperrado? Nem tem como". Eu, tonta, ainda tento acrescentar: "Tem sim, isso aqui é um portão de ferro". A feia completa: "Se você não sabe aí em cima trabalha gente". Não, Pedro Bó, eu não sei não, tô subindo só pra olhar a vista de lá de cima, a avenida engarrafada me é tal qual a vista a Torre Eifel. 

Depois disso ela ainda retornou ao salão, sentou na cadeira ao lado da minha, e ai que vontade de tirar satisfação... mas por que faria isso? Não sou daqui e preciso fazer o diferencial. Agora me diga, como é que não se toma nojo?

Comentários

  1. Pois eu tb nao me acostumo com esse povo grosso, fechado, metido a merda e mal educado! E saber que vou morar aqui, quem sabe até pro resto da minha vida... aff!!

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