A Hora da Estrela


"Ela se mexeu devagar e acomodou o corpo na posição fetal. (...) Era uma maldita e não sabia. Agarrava-se a um fiapo de consciência e repetia sem cessar eu sou, eu sou, eu sou. Teve uma úmida felicidade suprema, pois ela nascera para o abraço da morte. (...) Um gosto suave, arrepiante, gélido e agudo como no amor. Seria esta a graça a que vós chamais Deus? Sim? Se iria morrer, na morte passava de virgem para mulher. Então ela pronunciou uma frase que ninguém entendeu: "Quanto ao futuro". Vomitou um pouco de sangue. Estava enfim livre de si e de nós. (...) Viver é um luxo. Pronto, passou." 

Já terminei de ler. Não gostei, apesar de gostar de Clarice, fiquei com um sentimento vago com relação a Macabéia. Ela tinha mais era que morrer mesmo. Mulherzinha sem graça. 
(Senti-me cruel ao escrever isso) 

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