Meros devaneios tolos

Post antigo que nunca publiquei. Escrito num momento tepeêmico, está incompleto, mas vai assim mesmo agora. 



Meros devaneios tolos


Ainda lembro da forma com que ele me olhou no ônibus coletivo naquele fatídico dia de tarde azul. Era o mar na janela ao lado, e ele sentado no banco da frente virado pra mim. Seus olhos brilhavam muito com nossos planos comentados. Por um bom tempo acreditei que aquele olhar significava alguma coisa, pensei mesmo que pudesse ser real...

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Era Ano Novo, todo mundo fez a contagem dos segundos regressivamente aos berros, e assim que os fogos estouraram, ele me deu um abraço apertado e me suspendeu em seus braços. Saímos correndo na areia da praia até chegar bem perto do mar pra ver melhor o espetáculo colorido no céu. Ficamos 10 minutos abraçados que poderiam durar a eternidade. Foi tão pouco tempo de muita atenção, de silêncios durante a tarde, de mãos dadas, de companhia à beira-mar.

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De repente ele se abaixou e retirou os meus tênis, sem que eu pedisse, sem que eu esperasse. Eu estava suada, cansada, e fiquei sem graça com a reação, só pensei se tinha chulé, mas ele não pensou em nada, apenas fez, num gesto tão singelo que ainda não consegui esquecer. Pensei que meia hora pudesse significar alguma coisa, que talvez eu pudesse ter a companhia daquela pessoa só um pouco mais...

Mas que tola que sou!
Tsc!

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