You complete me

Reassistindo o filme Jerry Maguire (um dos meus preferidos), relembrei uma das cenas em que um casal de surdos-mudos conversa na linguagem de sinais, dentro de um elevador. O rapaz faz carinhos na namorada e "fala" para ela: "você me completa". O filme termina com o discurso de Tom Cruise para Renée Zellwegger, onde ele diz que sente muita falta dela, que a empresa deles teve sucesso naquele noite, mas nem de longe a alegria foi completa, por eles estarem distantes e separados, blá, blá, blá, blá, blá, blá. No final, ele diz (com aquela cara linda-misericórdia-que-homem-eh-esse): "You complete me"! (Você me completa).

Quantas e quantas vezes não ouvimos ou lemos o discurso de que ninguém completa ninguém, que somos inteiros e não metades, que a conta aí é 1+1=1, coisas desse tipo. Não sei se concordo, só sei que sou muito mais completa com marido meu. Que sou muito mais feliz quando estou com ele. Que sou mais forte e mais destemida quando ele está comigo. Que ele é, sim, a parte que me falta. A parte agitada, a parte organizada, a parte que me põe nos eixos, que faz com que eu continue sonhando e realizando, sonhando e realizando. Que me faz querer ser mais bonita, mais arrumada, mais perfumada, mais sexy, mais gostosa. Sem ele eu nem durmo direito. Nem como muito bem (até mesmo porque ele cozinha bem melhor do que eu). Sem ele, não sou eu mesma por inteira, sou mais ou menos eu.

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