terça-feira, 30 de novembro de 2004

Hoje eu não tenho muito o que fazer. Aliás eu quase nunca tenho o que fazer.
Saudade da época em que eu não tinha tempo pra nada, nem pra pensar e dormia e nem sonhava. Era ruim, mas era bom, entendeu?
Agora eu fico inventando o que fazer. Tarde toda livre. Cursos, academia, saídas pra qualquer lugar. Ando por aí sem destino e minha prima diz que isso é coisa de doida. É... acho que tô ficando meio louca mesmo. Meio, não, toda.
Sábado bateu uma solidão. Chorei a tarde toda. E ainda está chegando o Natal e Ano Novo... épocazinha ruim.
Procuro o que fazer pra não ter que ficar ligando toda hora pra o meu amado. Ele disse que quer tomar conta de mim, cuidar de mim e não o contrário, mas é tão difícil não ter o controle, não saber por onde ele anda, se está trabalhando, dormindo...
Outro dia eu passava de ônibus no centro e o vi na rua andando. Eu pensei que ele estivesse no trabalho, nem imaginava que pudesse estar em outro lugar. Foi ruim saber disso.
Mas a gente conversou e ficou decidido: tento não ligar tanto pra ele. Ontem eu não liguei hora nenhuma. De vez em quando desapareço, finjo que não estou esperando o telefone tocar. Desligo o celular, desligo o telefone e finjo que durmo que é pra o tempo passar mais rápido.

quinta-feira, 25 de novembro de 2004

Meu Mundo e Nada Mais

Acho que já coloquei essa música aqui, mas vale a pena repetir. Enquanto as coisas não melhoram, sigo cantando Guilherme Arantes, lembrando de uma grande amiga que é solidária e sabe exatamente como me sinto em algumas horas, apesar de toda a confusão de sentimentos que faço.

Guilherme Arantes
Meu Mundo e Nada Mais

Quando eu fui ferido vi tudo mudar
Das verdades que eu sabia
Só sobraram restos que eu não esqueci
Toda aquela paz que eu tinha
Eu que tinha tudo hoje estou mudo, estou mudado
À meia-noite, à meia luz, pensando
Daria tudo por um modo de esquecer
Eu queria tanto estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz, sonhando
Daria tudo por meu mundo e nada mais

Não estou bem certo se ainda vou sorrir
Sem um travo de amargura

Como ser mais livre, como ser capaz
de enxergar um novo dia...

sexta-feira, 19 de novembro de 2004



Dust in the wind
Poeira no vento

Eu fecho meus olhos
Só por um momento e esse momento se vai
Todos meus sonhos passam diante dos meus olhos curiosamente
Poeira no vento
Tudo que eles são é poeira no vento.

A mesma antiga canção
Só uma gota d'água no oceano infinito
Tudo que fazemos desaba por terra, embora nós recusamos ver.
Poeira no vento
Tudo que somos é poeira no vento.

Não agarre-se a isso
Nada dura para sempre, a não ser a terra e o céu.
Isso vai embora
E nosso dinheiro não vai comprar outro minuto
Poeira no vento
Tudo que somos é poeira no vento
Poeira no vento
Tudo é poeira no vento.

quinta-feira, 18 de novembro de 2004

Estudos demonstram que um dos mais importantes fatores na saúde e longevidade não é exercício, alimentação ou estilo de vida, mas nossa resposta à pergunta: " Você tem alguém na sua vida que realmente o ame? E quem você realmente ame?"
Aqueles que respondem "não" têm risco até cinco vezes maior de morte prematura que os que respondem "sim". A mensagem dessas pesquisas: o amor realmente conta.

(Superinteressante - edição 206)

Por isso que de vez em quando eu sinto que "estou morrendo... morrendo por dentro..." (KLB)

quarta-feira, 17 de novembro de 2004

Tristeza não tem fim


Hoje, cantando:

"Tristeza não tem fim,
Felicidade, sim".


E embalada por Tom Jobim, vou contar mais uma da série:
Não me faça te pegar nojo!

Tem dias que é melhor você não acordar, não levantar da cama, e se der, não atender telefone.

Essa fase de má sorte começou na segunda de feriado.
Eu e meu amado no cinema, quando dei por conta que o celular estava vibrando. Quando olhei: três chamadas não atendidas da irmã dele e uma da prima. O celular de Fábio estava desligado e logo deduzi que queriam dar algum recado a ele.
Preferi ligar pra prima que tem o celular da mesma operadora que o meu. Mais barato, né? Tá, esse foi o meu grande erro. Recado recebido e transmitido, a irmã dele continuou dando toque no meu celular pra que eu retornasse a ligação. Toques e mais toques, eu já sabendo do que se tratava, sem querer gastar meu rico dinheirinho, mas diante de tamanha insistência, retornei a ligação.

- Alô.
- Oi, Fulana! (com minha bobalegrice nata)
- Passe pra Fabinho.


Assim, curta e grossa. Tá. Passei. Aí ela descarregou: reclamou que ele só ficava comigo, que esquecia da família, que não dava nenhum telefonema e que ela tinha que ligar incomodando os outros (os outros sou eu) pra poder dar um recado muito importante.
Se eu tivesse em outros dias que não fossem aqueles famosos tepeêmicos, deixaria passar, mas... retornei a ligação pra dizê-la: "Ei, um pouquinho de educação de vez em quando é bom. Oi e tudo bem ainda se usa, viu?"
Foi a gota d´água. O temporal desabou sobre a minha cabeça e eu só não fui chamada de bonita, discussão braba no telefone com direito a ela desligar na minha cara.

Até aí tudo mal. Mas hoje no trabalho, telefone tocando, resolvo atender. Logo de cara ouço:"Essa p%##@, esse c@&@lh%..." - alguém xingava alguém.

Eu: A-a-lô!
- Fulano ta aí?
- Não.
- E Sicrana?
- Está. Quem deseja?
- MINHA FILHA, VOCÊ NÃO PRECISA PERGUNTAR QUEM É. PASSE LOGO ESSA P%##@.
- Sim, senhor.

E saí, piscando o olhinho.

Hoje definitivamente quero distância de um telefone. Quem eu quero que me ligue, não ligou. Nem ontem, nem hoje. Raiva total de mim. E se ligar, com certeza será pra me dar um belo de um forão. Hoje não é meu dia.

Capítulo anterior: 30/06/04

terça-feira, 16 de novembro de 2004

"Pra quê chorar o pote quebrado se todas as forças do universo fizeram ele cair das suas mãos?"

Sim, forças ocultas e maléficas do universo querendo afastar o meu amor de mim.
Sim, essas forças ocultas e maléficas são fortes.
Sou odiada gratuitamente.
Ciúmes, inveja, fofoca das pessoas que nos rodeiam.
Ninguém gosta de ver um casal feliz.
E pra completar me recriminam, porque sou crente tenho que agüentar tudo calada.
Sou crente, mas sou Pedro, louca pra cortar a orelha de um.

segunda-feira, 15 de novembro de 2004


"Eu amei e acho que algumas vezes ele também me amou
Só que o prazer é tão curto
Eu amei e acho que algumas vezes ele também me amou
Só que o esquecimento é tão longo"


(Nenhum de Nós - Extraño)

Sábado teve uma festinha familiar na casa das minhas primas e o namorado de Iris levou um amigo. Esse amigo logo se enturmou, e acabou dando em cima de uma amiga da gente.
Esse não tinha o que falar, tenta dar um beijo nela e pra se aproximar disse: "Me senti atraído pelo seu rosto, porque de corpo você não é essas coisas todas".
É mole? Tem homem que sei não, sabe. Fiquei até sem palavras. Se eu fosse ela tinha dado um golpe de tae kwon do (sei lá como se escreve) em certas partes dele pra largar a mão de ser idiota.

Fotos do final de semana no Vejafoto.

sexta-feira, 12 de novembro de 2004



E ficaram lá, sentados no sofá, aconchegados, insensíveis a tanto calor, a noite quase toda sonhando com os preparativos do casamento.
E já ouvi dizer que:

"Sonho que se sonha só
é só um sonho que se sonha só,
mas sonho que se sonha junto
é realidade
."

(Raul Seixas)

Será? 

quinta-feira, 11 de novembro de 2004

O que é o amor!

"AMOR: É um gostar que não diminui de um aniversário para o outro.
Não, amor é um exagero...
Também não, é um desaforo...
Uma batelada? Um enxame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?

Talvez porque não fizesse sentido,
Talvez porque não houvesse explicação,
Esse negócio de amor
Ela não sabia explicar,
a menina".


(Mania de Explicação - Adriana Falcão)


Sempre achei que minha sogra não fosse muito com a minha cara.
Quando eu ligava sempre me respondia com monossílabos, enquanto eu, boba alegre, fazia alegria de cachorrinho abanando o rabo. Sempre tentava conversar com ela, mas ela nunca ficava no mesmo ambiente que eu estivesse dentro da sua casa.
Uma vez me deu o maior forão me criticando por certas atitudes minhas com o filho dela. De vez em quando uma piadinha em forma de brincadeira, ligava quando o filho demorava e ele sempre inventava de sair com ela quando eu queria estar com ele. Fora isso, a discriminação às avessas: me discriminava por eu ter nível superior e seu filho não, achando que um dia, mais cedo ou mais tarde eu o humilharia por isso.
Normal. Afinal, sogra é sogra. Sogra boa só mesmo a do meu namorado, e até essa de vez em quando dá umas tacadas pesadas em mim. Defende o genro que é uma beleza!
Mas..."não existem gatos na América" (*piada interna) e ontem quando liguei pra falar com Fábio minha sogra atendeu:

- Oi, Erika!!!!
- Oi.
- Tudo bem, gostosa? (ela também me chama de gostosa)
- Tudo. Fábio tá aí?
- Está sim. Mas você está bem mesmo?
- Estou... e a senhora?
- Eu estou Ó-TI-MA. Meu baby acabou de ligar.
- Ãnh?!
- É, estou NAMORANDO.
- É mesmo?! E apaixonada, pelo jeito.
- É!!!! (risos!) A gente saiu domingo, foi maravilhoso... blá-blá-blá...


E seguiu-se um diálogo festivo como se fôssemos duas grandes amigas confidentes.
Tenho que confessar que fiquei emocionada. Fiquei feliz por ela, que é viúva há algum tempo e teve um casamento bem atribulado, merece experimentar as coisas boas do amor, e por mim, que agora não vou ter ninguém ciumando e controlando totalmente meu amado.
E pra completar, Fábio ainda chega me contando que ela intimou: "Você tem que casar com Erika!"
Ah! O que é o amor! Transforma as pessoas, edifica e constrói. O amor é lindo!

quarta-feira, 10 de novembro de 2004

"Suga-me, suga-me mucho..."

O povo pensa só porque eu tenho uma profissão com título bonito eu ganho rios de dinheiro. Só porque eu trabalho numa empresa do estado (e nem sou funcionária) pensam que eu tenho um ótimo e fantástico salário e posso sair por aí distribuindo dinheiro.
É um que pede pra comprar no meu cartão, é outro que pede cheque emprestado, outro pede uma ajuda pra construção, pra creches e orfanatos e até pra comprar televisão.
Uma vez imploraram eu acabei comprando no meu cartão um celular pra filha de uma amiga. Tá, ela pagou direitinho, mas o dinheiro de uma parcela ela entregou na mão de outra pessoa pra que fosse entregue a mim e até hoje eu espero esse dinheiro. Uma diz que entregou, a outra também e eu fiquei de mãos vazias e com a dúvida: "Será que eu recebi e não lembro?"
Outra vez eu convidei uma amiga pra viajar comigo pra casa dos meus pais. Ela pediu pra comprar a passagem no meu cartão e eu comprei. Até hoje não vi a cor do dinheiro. Ah, os juros eu vi sim, vieram discriminados na minha fatura.
Ontem a mulher do celular implorou pra comprar uns livros no meu cheque ou cartão. Disse que precisava trabalhar, vender os livros e eu acabei dizendo sim: R$1050,00 e o marido dela ainda completou: "É você que vai me socorrer porque minha TV queimou e eu preciso comprar outra. Vou precisar dos seus cheques". Como dizem aqui em Aracaju: "Queixo duro!"
Tem neguinho me devendo há mais de ano. Na certa ele pensa que ele precisa mais do que eu. Tem outro que vive me pedindo dinheiro emprestado. E olha que não é dinheiro pouco não!
Isso cansa. Eu já cansei de inventar desculpas pra dizer não educadamente. Será que vou ter continuar cantando: "Sugame, sugame mucho, como se fuera esta noche la ultima vez... su-game, su-ga-me muuuuucho..."

Pê Esse: (aprendi com a menina De Perna Curta)
Por que beijos e abraços são produtos perecíveis? A gente podia guardar um pouquinho dentro de um saco pra ir usando quando a saudade fosse muito grande. Há 3 dias não vejo meu amado... saudade daquelas pernas grossas. Ui!

terça-feira, 9 de novembro de 2004

Pobre adora uma promoção

- Amor, tô indo pra o cinema com mainha e Vi, certo?
- Hoje qualquer sessão é 2 reais, né? Kkkkk! Pobre adora uma promoção!
- Meu bem, tá chamando minha mãe de pobre, é?


O Cinemark estava exibindo filmes nacionais nessa segunda-feira por 2 reais cada sessão. Barato é, mas minha amiga Nel queria que fossem 2 reais a entrada pra que se pudesse assistir todos os filmes. Injeção de graça na testa ela também está aceitando.
Eu, claro, também não podia deixar passar essa promoção. Chamei mainha e aproveitei que estava falando com minha cunhada no msn pra convidá-la também. Elas assistiriam Olga e eu assistiria A Dona da História. Mas, porém, contudo, entretanto, não sou pobre mas além de pegar promoção, fui obrigada a ir de busão, e por causa dele chegamos atrasadas e as sessões já estavam lotadas.
Acabamos entrando pra assistir Onde Anda Você, que a gente nem sabia do que se tratava, mas era a única sessão disponível naquele horário e Vi ainda completou: "Por 2 reais... vamos lá!"
Rapaz, o filme até que foi bonzinho. Deu pra dar umas risadas, tantas que eu me engasguei enquanto Vi repetia que não podia mais rir porque a bexiga estava cheia. Tinha gatinho, tinha casal apaixonado e tinha Regiane Alves que é linda demais. Tinha também ralé dentro do cinema. O que era aquilo?!
Logo no começo o povo que estava atrasado entrava correndo e falando alto e tagarelando e rindo. Sabe aquelas risadas nervosas de quem conseguiu comprar algo por uma bagatela? Então. E o povo correndo pra pegar lugar. E passando sem pedir licença entre os pés da gente.
Duas gurias do meu lado comiam salgadinho-comprado-no-supermercado-porque-o-lanche-do-cinema-é-caro e falavam milhões de besteiras com aquele sotaque carregado de sergipano de periferia. Depois, no meio do filme, uma delas deitou completamente no braço da minha poltrona e colocou as pernas praticamente em cima das minhas e dormiu. E pior: qualquer comentário que eu fizesse em voz baixa com minha mãe, elas também faziam em tom audível a toda a comunidade cinéfila.
Ninguém merece... mas por 2 reais... nem injeção na testa.

sexta-feira, 5 de novembro de 2004

Disseram que ultimamente eu estava escrevendo só merda. Isso me levou a pensar: fecho a privada e dou descarga?

Mas antes eu queria saber: quem de vocês está no Orkut?
E dêem sua opinião no Tops de Linha - Toda mulher gosta de um "cafa"?