Hoje eu não tenho muito o que fazer. Aliás eu quase nunca tenho o que fazer.
Saudade da época em que eu não tinha tempo pra nada, nem pra pensar e dormia e nem sonhava. Era ruim, mas era bom, entendeu?
Agora eu fico inventando o que fazer. Tarde toda livre. Cursos, academia, saídas pra qualquer lugar. Ando por aí sem destino e minha prima diz que isso é coisa de doida. É... acho que tô ficando meio louca mesmo. Meio, não, toda.
Sábado bateu uma solidão. Chorei a tarde toda. E ainda está chegando o Natal e Ano Novo... épocazinha ruim.
Procuro o que fazer pra não ter que ficar ligando toda hora pra o meu amado. Ele disse que quer tomar conta de mim, cuidar de mim e não o contrário, mas é tão difícil não ter o controle, não saber por onde ele anda, se está trabalhando, dormindo...
Outro dia eu passava de ônibus no centro e o vi na rua andando. Eu pensei que ele estivesse no trabalho, nem imaginava que pudesse estar em outro lugar. Foi ruim saber disso.
Mas a gente conversou e ficou decidido: tento não ligar tanto pra ele. Ontem eu não liguei hora nenhuma. De vez em quando desapareço, finjo que não estou esperando o telefone tocar. Desligo o celular, desligo o telefone e finjo que durmo que é pra o tempo passar mais rápido.

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