quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

"Eu não necessito de um motivo especial para ser feliz. Felicidade são pedacinhos de ternura que colho aqui e ali."

(Cecília Meireles)

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Ela é de Aquário

Não é por mal que ela desaparece.

Se parece que ela não se importa: isso não é, necessariamente, verdade. Em alguns casos, é. Mas normalmente o que acontece é que ela, cheia de dúvidas e anseios e mergulhada até o pescoço em tudo o que não consegue resolver, prefere erguer as sobrancelhas e mudar de assunto. Às vezes dói. Pra ela, na verdade, dói sempre.

Ela não consegue ver o todo. Se apega aos detalhes. Checa. Verifica. Cutuca e analisa até ficar irritada com a sua própria mania de não ficar na superfície. Às vezes gostaria de não afundar, mas não consegue. O abismo, o buraco, o mar, a correnteza – todas essas coisas lhe são caras e atraentes e ela prefere morrer nos braços das sereias do que só molhar o pé na areia.

Se preocupa tanto que não sabe se as bolsas sob os olhos são por conta das dificuldades pelas quais passa aquele amigo de longa data, ou por medo de acordar e descobrir que o mundo acabou em napalm, ou por medo do que mora dentro dela e que ela nunca quer ver sair de novo. Tem receio de se perder (e não percebe que é perdida por natureza – torta das ideias, coitada).

Coleciona besteiras. Papéis antigos, embalagens coloridas, bitucas de cigarro. Apega-se aos que passaram pela sua vida com um amor tão avassalador que nunca pede para que eles voltem. Acredita que são lindos mesmo quando estão do outro lado do mundo, e quer que permaneçam lá se estão bem. Ela os quer bem, no final das contas – até tenta guardar rancor, mas tudo passa. Tudo é inconstância, delírio, adeus. Segura o que precisa segurar. O resto, joga ao vento.

Tem mania de dizer o contrário, e pode trocar de lado no meio da conversa porque ou quer te provocar ou porque, realmente, sabe que eu nunca pensei nisso? É orgulhosa até o momento em que não precisa ser mais. Reconhece. Aceita. Às vezes se morde um pouco, quebra um vaso na parede, arrebenta um souvenir, mas: reconhece. Aceita. Se recusa quando precisa e não foge. Foge. Foge demais porque quer ser passarinha (e às vezes ela pensa que já passou da idade de querer qualquer coisa assim). Muda. É uma pessoa nova quando acorda, outra diferente quando vai dormir.

Beija as mãos que lhe estendem porque acha que amor tem que ser dado assim: na palma aberta, para cima, em oferenda. Em doses que escorrem pelos dedos. Não quer nada que caiba dentro de um punho fechado.

Ela não sabe onde cabe. Às vezes, não cabe.

(J. Del Rosso do site http://entretodasascoisas.com.br)

sábado, 14 de novembro de 2015

Acho que nem sempre colhemos o que plantamos. Eu por exemplo, sou mestre na arte de colher o que não plantei. Essa minha mania de acreditar nas pessoas, na vida e em suas providências, me deixa vulnerável demais. Planto amizade, colho ingratidão. Planto sorriso, colho indiferença. Planto saudade, colho orgulho. Olha, por mais bola pra frente que sejamos, tem hora que cansa. Aquela vontade de jogar pro alto o que não acrescenta. Aquela saudade de nada, sede de estrada sem rumo. Ando preferindo desconversar, ser indiferente com o descaso. Não saboreio mais desamor. Se a gente colhe mesmo o que planta, eu não sei, mas de uma coisa não abro mão: eu me recuso a amargar ingratidão, metades e incertezas.

(Autor Desconhecido)

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Sem expectativas

Eu não faço mais tanta questão, sabe? Se quiser ir, eu me dou o trabalho de te levar até a porta. E se quiser ficar, o sentimento persiste dentro de mim. Mas a escolha é tua, sempre foi. E eu vou me esforçar o máximo pra aceitar, porque entender é pedir muito pra alguém tão sentimental quanto eu. Não me interprete de forma errada, por favor. O meu amor é visível. Mas você tem o livre arbítrio. Repito, a escolha cabe exclusivamente a você. O que eu quero dizer é que permaneço aqui. Com ou sem você. A vida não é tão massacrante quando não se tem expectativas. Quando o médico corta o cordão umbilical, é a forma que a vida encontrou de nos dizer: pronto, agora é você por você. 

(Nicholas Sparks - Querido John)

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Casa do Pai

Longe demais
Longe do abraço apertado do pai
A imaginar que o seu pecado
Não tem perdão

Tenta lembrar
Onde a fé começou a morrer pra você
Ideias, amigos, lugares
Não é possível saber

A passos bem firmes
Você vai entrando na escuridão
Se acha tão forte
Mas nem imagina que já é o fim

Por que tanto orgulho?
Por que tanta mágoa e desilusão?
Se o pai que te ama
Jamais desistiu de você

A casa do Pai
Parece um passado distante
Mas Ele está ainda esperando você

Por que continuar
Vivendo dos restos do mundo?
Se na mesa do Pai
Seu lugar nunguém vai ocupar

Não há onde ir 
O amor dele sempre te alcança
O Pai quer você
De volta pra casa pra sempre

A passos bem firmes
O Pai sai tentando te encontrar
Você se esconde
Talvez tenha medo da repreensão

Mas Ele te ama
E com um abraço o temor se vai
Corra então pros seus braços
Não tente fugir nunca mais

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

"O escritor e o fotógrafo utilizam as mesmas ferramentas,
mas enquanto um descreve uma imagem com mil palavras
o outro descreve mil palavras com uma imagem." 
Jefferson Luiz Maleski

domingo, 25 de outubro de 2015

sexta-feira, 23 de outubro de 2015


Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto de bicho. Quanto mais maldade eu vejo nesse mundo, mais gatinho indefeso eu trago pra dentro de casa. Hoje são 6, 4 minhas e 2 que cuido. Esperando o dia em que terei mais de 100 e 100% mais feliz e segura assim.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Anônimo

Relutei em registrar, mas vou dar ao cidadão seus 5 minutos de atenção: Um "troll", que sei que vive a me "stalkear", comenta anonima e covardemente no meu antigo e de sempre blog sobre o fato de eu não poder gerar um filho e ser mãe biológica. Não quis dar importância, mas é tanta maldade vinda das pessoas que chega a um ponto de eu não conseguir mais entender onde querem chegar.

A morte e a vida está para todos, mas só Deus tem o domínio sobre. Se você não é Deus ou não é de Deus, a humildade seria a sua melhor arma. Mas te respondo com o que ouvi em um vídeo emocionante hoje: "A vontade do Senhor é boa, perfeita e agradável" e é a graça dEle que me basta. 

(aviso ao navegantes: fica fácil saber de onde parte um comentário quando vem registrado com Salvador-BA. Qualquer app furreca dos mais obsoletos do blogger.com te diz isso. Fica esperto, se quiser permanecer anônimo).

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Hoje, depois de muito tempo, eu acordei e não me olhei no espelho. Eu não precisei confirmar se eu era bonita. Eu acordei tendo certeza. 

Tati Bernardi

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

" Porque a força de dentro é maior. Maior que todo o mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso sim, acredito até o fim! " 
( Caio F. Abreu )

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

WS Meu Retrato com Klayfe Rodhen

Ontem foi dia de workshop ‪#‎meuretrato2‬ com o fotógrafo Klayfe Rohden. Já fiz muitos cursos, já participei de alguns Workshops, mas tem alguns que marcam, e esse foi um dos melhores que já fiz. Encantada até agora!

Mais aqui: http://klayfe.blogspot.com.br/2015/10/workshop-meuretrato2.htmlto2.html







domingo, 11 de outubro de 2015

"Hábitos organizacionais destrutivos podem ser encontrados em centenas de ramos de atividade e em milhares de empresas. E quase sempre são fruto de negligência, de líderes que evitam pensar na cultura e portanto deixam que ela se desenvolva sem orientação.  Não existem organizações sem hábitos organizacionais.  Há apenas lugares onde eles são concebidos deliberadamente, e lugares onde são criados sem planejamento; por isso muitas vezes brotam de rivalidades ou do medo".

(O Poder do Hábito)

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Assédio Moral no Ambiente de Trabalho

Passo a passo para reunir provas sobre o assédio moral. Muito interessante. Bom deixar aqui registrado.


"O que a vítima deve fazer?

* Resistir: anotar com detalhes toda as humilhações sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais você achar necessário).
* Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor.
* Organizar. O apoio é fundamental dentro e fora da empresa.
* Evitar conversar com o agressor, sem testemunhas. Ir sempre com colega de trabalho ou representante sindical.
* Exigir por escrito, explicações do ato agressor e permanecer com cópia da carta enviada ao D.P. ou R.H e da eventual resposta do agressor. Se possível mandar sua carta registrada, por correio, guardando o recibo.
* Procurar seu sindicato e relatar o acontecido para diretores e outras instancias como: médicos ou advogados do sindicato assim como: Ministério Público, Justiça do Trabalho, Comissão de Direitos Humanos e Conselho Regional de Medicina (ver Resolução do Conselho Federal de Medicina n.1488/98 sobre saúde do trabalhador).
* Recorrer ao Centro de Referencia em Saúde dos Trabalhadores e contar a humilhação sofrida ao médico, assistente social ou psicólogo.
* Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a solidariedade são fundamentais para recuperação da auto-estima, dignidade, identidade e cidadania. Leia mais: http://jus.com.br/forum/156585/funcionario-coagido-por-gritos-e-desmoralizacao#ixzz3n8GKvKDD

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

"Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades não sejam permanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz". 

Caio Fernando Abreu

sábado, 26 de setembro de 2015

O Poder do Hábito

O Poder do Hábito (Charles Duhigg). Livro excelente, cheio de boas ideias e orientações para a vida pessoal e corporativa. Comprei há tempos em uma dessas livrarias de aeroporto, após uma citação dele na aula de MBA. Só agora, anos depois, sabe-se lá por quê, tirei-o do meio dos outros livros "inéditos" para ler. Agora entendo como alguns livros pulam de seus esconderijos para as nossas vidas.
#mudandodevida #mudandodehabitos #rotinadesucesso #sonhosnovos #novosrumos

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Se o poderoso cai, somem até favoritos. Se o pobre sobe surgem amigos irrestritos.E até aqui o amor segue a fortuna, eu digo: A quem não precisa, nunca falta um amigo. Mas quem precisado prova um falso amigo, descobre oculto nele um inimigo antigo.

William Shakespeare

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Sou Teu Deus



Eu tenho visto atentamente tua aflição
E tenho ouvido o teu clamor, sim meu povo.
Eu sou teu Deus, estou cuidando de você
para todo o sempre(2x)

Por isso vou livrar ti da mão do inimigo
Vou fazer você subir a uma terra
Onde mana leite e mel. (2x)
Você vai morar no céu para todo o sempre

Eu tenho visto atentamente tua aflição
E tenho ouvido o seu clamor, sim meu servo.
Eu sou teu Deus, estou cuidando de você para todo o sempre.
Eu tenho visto atentamente tua aflição
E tenho ouvido o seu clamor, sim meu povo.
Eu sou teu Deus, estou cuidando de você para todo o sempre.

Por isso vou livrar ti da mão do inimigo
Vou fazer você subir a uma terra
Onde mana leite e mel. (2x)
Você vai morar no céu para todo o sempre
Eu sou teu Deus para todo o sempre...
Eu sou teu Deus para todo o sempre...

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Por que as pessoas gritam no trabalho?

No fundo de todo grito há uma enorme arrogância ou uma profunda rebeldia. Ou seja: em essência, a motivação é atacar ou desafiar.

Poucas cenas são tão deploráveis no contexto do trabalho como aquela em que um colega grita com o outro. Não importa o motivo e não importa a hierarquia – em qualquer circunstância, gritar com alguém é um recurso absolutamente desnecessário, além de ultrapassado e inadequado. No entanto, em muitas empresas, as pessoas continuam gritando no trabalho. Por que isso acontece?

Tenho duas modestas opiniões: uma baseada em conceitos acadêmicos e outra baseada unicamente em coisas do coração.

Vamos à primeira, a acadêmica, que agrada mais aos racionais.

Se o “gritador” não exerce nenhum tipo de poder ou hierarquia sobre o “surdo”, então estamos diante de um simples caso de falta de educação ou descontrole emocional. Isso num contexto em que o profissional deveria ser altamente socializado e integrado – pelo menos em teoria. No entanto, se o “gritador” é o chefe do “surdo”, então estaremos diante de uma inequívoca manifestação de despreparo pessoal e profissional para liderar pessoas ou mesmo para apenas interagir com elas.

No fundo de todo grito há uma enorme arrogância ou uma profunda rebeldia. Ou seja: em essência, a motivação é atacar ou desafiar.

Quando alguém grita, ou quer exibir um poder que julga possuir ou quer negá-lo ao outro. Em outras palavras, é a velha luta pelo poder que está em jogo. As pessoas gritam (ainda que com outras palavras) quando querem impor seu poder: “Aqui quem manda sou eu!” E o outro grita (ainda que com outras palavras): ”Você não manda em mim!”. Nesse último caso, a motivação também é desafiar o colega.

Em ambos os casos, a falta de educação e a sociabilidade somam-se a um absurdo desconhecimento das mais elementares regras da comunicação e das relações interpessoais. Além disso, é preciso lembrar que o grito equivale à agressão física em vários sentidos: igualmente magoa, constrange, machuca, desune e divide equipes, uma vez que os outros colegas tendem a tomar partido a favor ou contra os envolvidos na confusão.

Geralmente, é mais simples para uma empresa resolver a situação quando os envolvidos não são os gestores. Em caso de punições, não será tão grande o impacto no andamento das atividades, nem maior será a repercussão no mercado ou na imagem da empresa.

Contudo, quando os envolvidos são os gestores (supervisores, gerentes, diretores), a situação é mais séria por duas grandes razões: primeiro porque há uma autoridade, um representante formal da empresa envolvido. E segundo porque a ocorrência pode ser entendida pelos demais funcionários como uma “política” aceita e aprovada pela cultura e pelos valores daquela organização. Neste caso, a “culpa” é vista como compartilhada pela alta direção.

Em ambas as situações, a empresa deveria adotar urgentes e transparentes medidas corretivas ou preventivas para que o clima não se deteriore e para que aquela gritaria não contamine outros profissionais e outras áreas.

Agora é a explicação do coração.

Dentre os inúmeros e-mails que recebo diariamente, um deles me chamou a atenção pela interessante parábola que continha, de um “autor desconhecido”, para variar. Diz o relato:


Um dia, um mestre perguntou aos seus discípulos:
— Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
— Gritamos porque perdemos a calma – disse um deles.
— Mas por que gritar quando a outra pessoa está ao teu lado?
— Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça.
— Não é possível falar-lhe em voz baixa? – retrucou o mestre.

Os homens deram algumas outras respostas, mas nenhuma delas satisfez o mestre. Finalmente ele explicou:
— Quando duas pessoas estão aborrecidas entre si, seus corações se afastam muito uns dos outros. Para cobrir essa distância, elas precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais alto terão que gritar para um ouvir o outro através dessa grande distância.
O mestre fez uma pausa e continuou:
— No entanto, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam, mas se falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito perto um do outro. Às vezes, estão tão próximos seus corações que nem falam, somente sussurram. Outras vezes, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham e já basta, pois seus corações se entendem. É isso o que acontece quando dois enamorados estão próximos.
Então o mestre completou:
— Portanto, amigos, quando discutirem no trabalho, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que magoem, fazendo-os se distanciar ainda mais. Porque, senão, chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.

Antes que me perguntem, eu respondo: prefiro a segunda explicação, aquela que vem do coração. Por uma razão muito simples: é ele quem geralmente indica os melhores caminhos quando tratamos de unir pessoas no trabalho. E o mais importante: sem gritar, muitas vezes até em silêncio, comunicando-se apenas por sentimentos e intuições.

Se, por um lado, não há como negar que neste mundo cada vez mais globalizado a comunicação entre as pessoas é fundamental, por outro lado, é preciso reconhecer que diplomas, títulos e cargos não asseguram a ninguém o domínio da língua essencial e universal do Homem: aquela que traz entendimento, cooperação, harmonia e resultados positivos – a linguagem da generosidade, solidariedade, amizade, respeito, justiça, afeto.

Estou me referindo à linguagem do coração – infelizmente ainda muito pouco disseminada no mundo corporativo. Por isso ainda continuam os gritos ecoando nos escritórios, corredores e salas das empresas. Até quando?

Quem topa abrir um cursinho dessa língua?

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

sábado, 15 de agosto de 2015

Péricles - Se Eu Largar o Freio (DVD NOS ARCOS DA LAPA) | Oficial HD



 "Se eu largar o freio
Você não vai me ver mais
Se eu largar o freio
Vai ver do que sou capaz

Se eu largar o freio
Vai dizer que sou ruim
Se eu largar o freio
Vai dar mais valor pra mim

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Pela vida afora

"Cai, a noite sobre o nosso amor
E agora só restou do amor
Uma palavra: Adeus
Ai, vontade de ficar mas tendo que ir embora
Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora"...

(Serenata do Adeus - Vinícius de Moraes)

domingo, 24 de maio de 2015

Chuva

Tem dias que a gente se sente
Um pouco, talvez, menos gente
Um dia daqueles sem graça
De chuva cair na vidraça
Um dia qualquer sem pensar
Sentindo o futuro no ar
O ar, carregado sutil
Um dia de maio ou abril
Sem qualquer amigo do lado
Sozinho em silêncio calado
Com uma pergunta na alma
Por que nessa tarde tão calma
O tempo parece parado?

sábado, 23 de maio de 2015

Os seres humanos me assombram

"Tive vontade de dizer muitas coisas à roubadora de livros, sobre a beleza e a brutalidade. Mas que poderia dizer-lhe sobre essas coisas que ela já não soubesse? Tive vontade de lhe explicar que constantemente superestimo e subestimo a raça humana — que raras vezes simplesmente a estimo. Tive vontade de lhe perguntar como uma mesma coisa podia ser tão medonha e tão gloriosa, e ter palavras e histórias tão amaldiçoadas e tão brilhantes. Nenhuma dessas coisas, porém, saiu de minha boca. Tudo que pude fazer foi virar-me para Liesel Meminger e lhe dizer a única verdade que realmente sei. Eu a disse à menina que roubava livros e a digo a você agora... (...) Os seres humanos me assombram". 

 Markus Zusak In “A menina que roubava livros”

sexta-feira, 22 de maio de 2015

A noite



Palavras não bastam, não dá pra entender
E esse medo que cresce e não para
É uma história que se complicou
E eu sei bem o porquê

Qual é o peso da culpa que eu carrego nos braços
Me entorta as costas e dá um cansaço
A maldade do tempo fez eu me afastar de você

E quando chega a noite e eu não consigo dormir
Meu coração acelera e eu sozinha aqui
Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão
Olhos nos olhos no espelho e o telefone na mão

Pro tanto que eu te queria, o perto nunca bastava
E essa proximidade não dava
Me perdi no que era real e no que eu inventei
Reescrevi as memórias, deixei o cabelo crescer
E te dedico uma linda estória confessa
Nem a maldade do tempo consegue me afastar de você

Te contei tantos segredos que já não eram só meus
Rimas de um velho diário que nunca me pertenceu
Entre palavras não ditas, tantas palavras de amor
Essa paixão é antiga e o tempo nunca passou

E quando chega a noite, e eu não consigo dormir
Meu coração acelera e eu sozinha aqui
Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão
Olhos nos olhos no espelho e o telefone na mão

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Dores

Todas as dores podem ser suportadas se você as colocar em uma história
ou contar uma história sobre elas. 

(Hannah Arendt)

É por isso que eu escrevo.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

No glamour

Não, definitivamente não há glamour algum em ser gerente. Mas o mais doloroso é o momento em que é preciso demitir alguém. Apesar de extremamente racional, sou muito emotiva, e o coração corta em ter que colocar mais uma pessoa na fila do desemprego. Ainda mais com esse panorama que o Brasil está hoje, ainda mais na área em que trabalho há mais de 10 anos. Recessão? Crise? São essas as palavras? Delações premiadas, roubalheira, Lava Jato. Que lave tudo e leve embora essa má fase. Quero admitir e treinar bons colaboradores. Quero começar um projeto do começo e levar até o final com bons resultados. Apesar de emotiva e extremamente racional, sou uma visionária. Enxergo e sonho lá adiante. Sou a realista mais otimista que já se ouviu falar. Até agora, nesse pouco tempo de gerência, já demiti uns tantos, espero que em breve esse cenário mude. Espero ansiosamente. Mas, por enquanto, assine o Aviso Prévio onde está marcado o x, por favor. 

terça-feira, 14 de abril de 2015

E vai-se mais um grande poeta

"Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo." 

(Eduardo Galeano, 1940-2015)

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Dia do Beijo


Ternura - Vinicius de Moraes


Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar

 [extático da aurora. Texto extraído da antologia "Vinicius de Moraes - Poesia completa e prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 259.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Magia



"- Por favor, limpe a chaminé sobre a paixão e a vida - incitou Nietzsche. 
- Uma das minhas pacientes é uma parteira - prosseguiu Breuer. - Está velha, encarquilhada, sozinha. Sofre de problemas cardíacos. Mesmo assim, está apaixonada pela vida. Certa vez, perguntei-lhe a fonte da sua paixão. Respondeu-me, então, que era o momento entre erguer um recém-nascido silente e o dar-lhe a palmada da vida. Ela renovava-se, assim dizia, pela imersão naquele momento de mistério, aquele momento entre a existência e o esquecimento. 
- E consigo, Josef? O que se passa? 
- Sou como a tal parteira! Quero estar próximo do mistério. A minha paixão por Bertha não é natural; é sobrenatural, sei disso, mas preciso de magia. Não consigo viver a preto e branco. 
- Todos precisamos de paixão, Josef - interrompeu Niestzsche. - A paixão dionísica é vida. Mas a paixão tem que ser mágica e aviltante? Não haverá uma forma de dominar a paixão? Deixe-me falar de um monge budista que conheci o ano passado em Engadine. Vive uma vida frugal. Medita durante metade das suas horas de vigília e passa semanas sem trocar uma palavra com ninguém. A sua dieta é simples: uma única refeição por dia, aquilo que conseguir que lhe dêem, talvez uma maçã. Mas medita sobre a maçã até que esta prenhe de vermelhidão, de suculência e de vivacidade. Ao fim do dia, apaixonadamente, antecipa a sua refeição. A conclusão é, Josef: não precisamos de renunciar à paixão, mas temos que mudar as nossas condições para a paixão. Breuer concordou, com um movimento da cabeça."

Irvin S. Yalom, in: Quando Nietzsche

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Voar

"Isso não serve para nada... a resposta é voar, não chorar". — A Game of Thrones - A Song of Ice and Fire by George R R Martin.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Tão eu...

"Exagerada toda a vida: minhas paixões são ardentes; minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louca do tipo desvairada; briguenta de tô de mal pra sempre; durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos." 

(Autor Desconhecido)

domingo, 5 de abril de 2015

O benefício da dúvida

“Vivi com vários mestres zen – todos eles gatos.” 
– Eckhart Tolle

- Ela fez com você o que você faz com todas as mulheres.
- Como assim?
- O tal benefício da dúvida: quando você faz uma coisa errada, o parceiro descobre e mesmo assim você consegue convencê-lo de que não fez. Mesmo com todas as evidências e provas e comprovações. 
- Mas ela não fez isso, se tivesse feito, eu não estaria mais com ela. Isso não tem perdão, eu não aceito. 
- É, as suas outras mulheres também falavam assim... até não conseguirem mais fechar os olhos. 

A vida é mesmo uma via de mão dupla. O que vai, volta. O que sobe, desce. Ação e reação. Aqui se faz, aqui se paga. Desta vez ele arrumou uma igual a ele, o par perfeito, o chumbo trocado. Esse é o que não dói. Dessa vez não tem nenhuma Alice que deva acordar. É apenas a Rainha Louca cortando cabeças e o seu valete. Ou ele seria o Gato Risonho? 

sábado, 4 de abril de 2015

”Se os animais falassem, o cachorro seria um cara falastrão; mas o gato teria a graça de nunca dizer uma palavra mais que o necessário.” 
– Mark Twain

sexta-feira, 3 de abril de 2015

"Um gato tem honestidade emocional absoluta: seres humanos, por uma ou outra razão, podem esconder os sentimentos, mas os gatos, não.” 
– Ernest Hemingway

quinta-feira, 2 de abril de 2015

quarta-feira, 25 de março de 2015

Vinte e Cinco

Toda mulher leva um sorriso no rosto e mil segredos no coração.
Clarice Lispector 

 E o amor?, você me pergunta. O amor, ah, sei lá. O amor nem dá pra definir direito. Acho que é um desejo de abraçar forte o outro, com tudo o que ele traz: passado, sonhos, projetos, manias, defeitos, cheiros, gostos. Amor é querer pensar no que vem depois, ficar sonhando com essa coisa que a gente chama de futuro, vida a dois. Acho que amor é não saber direito o que ele é, mas sentir tudo o que ele traz. É você pensar em desistir e desistir de ter pensado em desistir ao olhar pra cara da pessoa, ao sentir a paz que só aquela presença traz. É nos melhores e piores momentos da sua vida pensar preciso-contar-isso-pra-ele. É não querer mais ninguém pra dividir as contas e somar os sonhos. É querer proteger o outro de qualquer mal. É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto. É sentir que vale a pena, porque o amor não é só festa, ele também é enterro. Precisamos enterrar nosso orgulho, prepotência, ciúme, egoísmo, nossas falhas, desajustes, nosso descompasso. O amor não é sempre entendimento, mas a busca dele. Acho que o amor não é o caminho mais fácil, pois mais fácil seria dizer a-gente-não-se-entende-a-gente-não-combina-tchau-tchau. O amor é uma tentativa eterna. E se você topar entrar nessa saiba que o amor encontrou você. 

Porque 25 sempre foi nosso.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Por muito pouco

E quem pode comigo quando eu digo tudo o que sinto?

Caio Fernando Abreu

Por muito pouco eu quase esqueci o quanto você é do mal. Ao seu redor uma aura negativa, um círculo de pessoas negativas, falsas e mentirosas, assim como você. Você, com sua vozinha mansa e modos polidos, dissimulado. Por um momento eu quase esqueci que perto de você são só trevas que inundam e roubam minha luz, me entristecem, me deixam pra baixo. Armadilha que conheço bem e que, por muito pouco, quase caio novamente.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Dez para as seis

"Acordar às dez para as seis da manhã rende. Rende uma vista, pela janela do quarto, de um dia entreaberto, meio claro, meio escuro. Rende um cafezinho quentinho e um silêncio que diz muito. Rende boas cinco ou seis folhas de resumo da minha leitura. Rende um banho de creme nos cabelos. Rende uma brecha de sol por entre as folhas da mangueira da casa vizinha. Rende mais umas duas xicarazinhas de café. Rende os desejos de feliz aniversário ao amigo. Rende a esperança de um ótimo dia de trabalho. Rende umas primeiras linhas escritas neste ano".

Renata Pires Rocha

Queria mesmo que rendesse tanto. Acordar às dez para as seis rende mesmo é uma correria grande porque se acordou muito, mas muito atrasada. E em São Paulo o povo tá fazendo rave antes do serviço. Às 9 horas estão curtindo os embalos da segunda de manhã para ir trabalhar às 10:30. Rum, 10:30, a obra tá bombando pra gente e pião tá pensando já no almoço.  Na vida de gente de obra, acorda-se cedo e dorme-se tarde, tem isso de banho de creme nos cabelos não, deixa pra o final de semana, se não tiver trampo, e a leitura fica atrasada, a fila de livros cresce e mesmo assim, chega-se ao final da semana com um gosto de missão cumprida. 

domingo, 1 de março de 2015



"Quem está acostumado a ouvir mentiras e a estar no meio de gente falsa, não reconhece quem é de verdade. Mas a vida sempre mostra quem é quem". 

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Grandes responsabilidades

"Com grandes poderes vem grandes responsabilidades". Mas não existe outro lugar, outra posição ou outra função em que eu gostaria de estar. Aqui é meu lugar.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

AMAM MAIS AS TREVAS E POR ISSO REJEITAM A LUZ

Por Fabio Campos

Texto base: Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas”. – João 3.20 (NVI)


Não tenho dúvidas e por isso ratifico minha total confiança na Bíblia Sagrada que diz: “nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis” (2 Tm 3.1). As coisas não estão fáceis. O pior de tudo são os ideais malignos travestidos de bem e de liberdade. Desde o início desta semana tenho refletido acerca da “Luz x trevas”. A conclusão que tive é que os filhos da luz são uma grande ameaça aos filhos das trevas.

Os homens amam as trevas. É a noite que se consumam os fatos planejados a luz do dia. Por que a luz incomoda? Porque a luz desnuda as trevas! Quem pratica o mal odeia a luz, pois teme que suas obras sejam manifestas. A maioria das vezes o erro está com a multidão, pois muitos são os que entram pelo caminho largo o qual leva a perdição. Estão cegos, pois o “deus deste século” tapou seus olhos (2 Co 4.4). São prisioneiros no reino de satanás e lá se encontram sob seu domínio, alimentando-se apenas de “comida de porcos” na consumação dos seus desejos desenfreados (At 26.18).

Não é fácil remar contra a maré, amados. Mas nosso Senhor nos disse: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.10). Não há outro jeito – agradar a Deus é desagradar o mundo. O contrário também é certo: agradar o mundo, é desagradar a Deus, como bem disse Nosso Senhor: “Ai de vocês, quando todos falarem bem de vocês” (Lc 6.26 NVI).

Nesta semana pude me alegrar um pouco mais. Minhas convicções incomodaram muita gente, e dos homens, ao invés de ter recebido elogios, fui injuriado por ter “lançado luz nas trevas”. Certa vez disse Martyn Llod-Jones: “Que os homens não te ouçam, não te amem e nem te louvem. Mas, que importa isso? É o Senhor quem te aprova”. Essa turma pensa que nunca vai morrer. Quero ver no dia do juízo, diante do Todo Poderoso, alguém levantar e aplaudi-los ou sair em sua defesa. A todos nós chegará um dia que não haverá 24hs. E toda ideologia - todo “achismo” e filosofia ficarão por aqui. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus Vivo e Justo.

Louvado seja Deus que enviou o Seu Filho Jesus para destruir as obras do Diabo (1 Jo 3.8). O mundo e o Diabo já estão julgados, e nenhuma parte há deles com o Filho de Deus. O Diabo vive pecando desde o principio. Ele quem induz o homem a chamar o “bem de mal” e o “mal de bem” (Is 5.20). Ele é mentiroso e pai de toda mentira.

Hoje somos filhos da luz (Ef 5.8), e por isso incomodamos os filhos das trevas. Somente com a Luz de Deus poderemos ver a Luz verdadeira (Sl 36.9). Estamos na luz porque estamos em Jesus, o qual é a luz do mundo (Jo 8.12). Quem anda na luz não tropeça nos obstáculos escondidos nas trevas (Jo 11.10). Precisamos estar munidos da armadura da luz, como diz o apóstolo: Comportemo-nos com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja. Pelo contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne” (Rm 13.13-14 NVI).

Não há comunhão entre trevas e luz (2 Co 6.14). Não estou falando que você deva se afastar dos incrédulos. O que estou dizendo é para não se “conformar com este mundo” (Rm 12.2).  Quer ser de fato um visionário, idealista e revolucionário? Submeta-se a Deus e a Sua Palavra! Fora disto só há anarquia, bagunça e rebeldia; pra isso não precisa de muito esforço, pois a natureza humana assim conduz naturalmente os homens, visto que estas coisas são “virtudes” da maioria. Todavia, aos que submetem a Deus, até o Diabo foge deles.

Nossa vida não deve estar pautada em uma "teologia" (porque há várias) - ou em uma filosofia - ou em uma ideologia - mas sim em uma Pessoa. Pois ninguém até hoje pôde me dizer, a não ser Jesus, "vinde a mim você que está cansado e sobrecarregado" (Mt 11.28-30).

Portanto, amados, ser diferente é o desafio. Ser da luz com as obras dignas deste caminhar é estar contra a grande maioria. Vão te injuriar, te difamar e dizer todo tipo de mentira contra a sua pessoa. Se o Senhor Jesus passou por isso, o que dirá de nós que somos servos inúteis? Ainda que o Diabo e os seus anjos se levante contra nós, saiba que o nascido de Deus, aquele que guarda a si mesmo, o maligno não o toca (1 Jo 5.18).

Guardemos o nosso coração!

“A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e vistamo-nos a armadura da luz”. – Romanos 13.12 NVI

Considere este artigo e arrazoe isto em seu coração,

Soli Deo Gloria!

Fabio Campos

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Minha Culpa

Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo...um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém

Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou?Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...

Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro...
Uma chaga sangrenta do Senhor...

Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador.

Florbela Espanca


sábado, 14 de fevereiro de 2015

Ex

E pioraram com o tempo. Vejo certas fotos e penso: "onde era que eu estava com a cabeça"???

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Quase

Eu quase consegui abraçar alguém semana passada. Por um milésimo de segundo eu fechei os olhos e senti meu peito esvaziado de você. Foi realmente quase. Acho que estou andando pra frente. Ontem ri tanto no jantar, tanto que quase fui feliz de novo. Ouvi uma história muito engraçada sobre uma diretora de criação maluca que fez os funcionários irem trabalhar de pijama. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo. Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também acho que gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente. Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias. Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada. Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: “Ei, não quer conhecer minha casa nova?” Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca. Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro… Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto. O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é. 

Tati Bernardi

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá

Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá

(Roda-viva - Chico Buarque)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

GerentA

Eu sempre disse: "Um dia eu vou ser gerente"... só que não pensei que esse dia chegaria tão rápido. Então sou. GerentA. Ao longo (adoro essa expressão) dos meus 13 anos de carreira como engenheira, me deparei com vários tipo de gerentes. A maioria deles recebeu o meu grande carimbo de Incompetentes e Inúteis, outros me ensinaram e me agregaram tanto conhecimento, que gostaria de hoje poder agradecer a cada um deles. Então sou. Sim, GerentA. E sempre disse que seria  a melhor gerente que você ouviu falar. Você - meus colegas de trabalho - que assim como eu, sofriam com as incompetências, com as arbitrariedades, com a falta de humanidade. Sofriam com o tratamento de "máquina" dada aos humanos, com a cobrança de produtividade sem limites, com o descaso pelo ser humano em detrimento único do dinheiro e do "reconhecimento" às custas do trabalho semi-escravo de outros. Sim, serei a melhor gerente-mulher que você já ouviu falar, mesmo que seja apenas no âmbito em que vivo, no local em que trabalho, mesmo que seja pequeno esse campo, serei a melhor. Parece discurso de político em época de eleição, né? Parece. A diferença é que nesse caso, eu já fui eleita. Para quem estava esperando a minha queda para "chutar cachorro morto" (expressão que ouvi por esses dias), uso uma frase célebre da grande pensadora contemporânea Valeska Popozuda:  "Late mais alto que daqui eu não te escuto". Porque eu sou Gerenta, mas não sou obrigada. 

:)



domingo, 18 de janeiro de 2015

"Tem dia que a gente só sente saudade. Não quer de volta, não. O passado é complicado, e empoeirado demais para se mexer. Mas é que dá saudade. Uma saudade gostosa, apertadinha, quentinha, queimando no peito. Aquela vontade de fechar os olhos e imaginar como tudo teria sido. Mas não foi." #NostalGina #GinaSentimental