quinta-feira, 30 de setembro de 2004

Estava lá eu malhando com minha cinturinha de vespa, minhas perninhas duas minhocas, bunda tanajura, quando um cara moreno e forte se aproximou:
- E aí? Vai usar esse aparelho depois?
- Não. Não.
- Ah! Ok.

Depois outro branco, mais alto e tão forte quanto, também veio puxar assunto:
- É você que tem nome de japonês?
- Quê?
- Sim, é que eu fui pegar minha carteirinha e vi sua foto e seu nome: Eika, né?
- Não... é Erika.
- Ah, então li errado.

Minutos depois, o primeiro cara do meu lado direito tenta corrigir meus exercícios:
- É melhor você fazer assim.
Aí o outro mais branco, que descobri se chamar Fábio, do meu lado esquerdo, completa:
- É... faz assim que tá mais certo.
Nisso o instrutor me chama pra dizer, rindo, que os caras estavam só tentando chamar a minha atenção.

Ta vendo aí? Arranjei uma ruma de Personais Trainners. Óia, não sabia que eu estava podendo! Quer dizer, eu sei que sempre posso, mas é que às vezes eu duvido da minha capacidade (hehehe!)
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Merchandising

Ela falou o que queria. Eu fui lá e fiz o mesmo, uma vez que percebi que nossos desejos eram parecidos.
Mas sempre foi assim, desde que éramos bebês, desde que éramos fetos nas barrigas de nossas mamães.
Eu quis comer tripa assada uma vez quando ainda estava lá dentro, ela fez então sua mãe sentir o mesmo desejo... mas como? Sua mãe já era vegetariana!

Vá la, na Lata do Siri e confira!

quarta-feira, 29 de setembro de 2004


"Preciso de mudanças porque acredito que mudar é preciso"
(frase de impacto de uma eleitora de 20 anos da Barra dos Coqueiros, Grande Aracaju, no programa político hoje de manhã)

Acordar e já dar de ouvidos com frase tão inteligente e tão bem elaborada é no mínimo inspirador.
Não vejo a hora dessas eleições passarem, mas o carro de som continua cantando a musiquinha (não só aos domingos de manhã, mas agora o dia todo todos os dias): "Dia 03 de outubro... vai ter eleição... vote XX dois, dois, dô-ois, Fulano da Celt nunca deixa pra depois" - aí repete esse mesmo refrão, só essa partezinha, trocentas vezes. Tô a ponto de correr doida!
E tenho que contar... uma tal de Selma França, candidata a vereadora, loira, cara de fumante e parece que falta um dente na boca estava no centro da cidade comendo amendoim e jogando casca por casca no passeio, enquanto gritava para o motorista do ônibus em que eu estava, um conhecido dela: "Me ajude, viu?"
Se todo mundo odiasse esse tipo de atitude como eu, ela só teria o voto dela mesma. Não suporto quem suja lugares públicos. Casca de amendoim no piso do ônibus ou na rua, pra mim é o fim.
Rapaz, e um tal de Farlinho. Pronuncie esse nome com sotaque bem nordestino pra ficar mais bonito. Desculpa se alguém que lê esse blog for parente, amigo ou eleitor dele, mas o menino tem uma carinha de bobo... um sorriso meio panaca... será que ele sabe alguma coisa de política?

Nossa! Acordei revoltada. Mas é que a redundância da frase que ouvi e o programa-político-gratuito-de-grátis-que-passava-no-rádio-do-táxi-em-plena-manhã me deixaram irritada mesmo. Aposto que a menina da Barra do Coqueiros ainda saiu de gabando de que tinha falado e dito.

Falei e Disse.
Humpf!

terça-feira, 28 de setembro de 2004

Ansiedade


"Eu me esqueci no armário
Pensei estar vivendo,
Estudando, trabalhando, sendo!

Pensei ter amado e odiado,
Aprendido e ensinado,
Fugido e lutado,
Confundido e explicado.

Mas hoje, surpreso,
me vi no armário embutido
calado, sozinho, perdido, parado"


(Mário Quintana)

Ansiedade

Acordo querendo saber a que horas ele vai me ligar. Ele liga e eu tenho dor de barriga, desligo correndo pra poder ir ao banheiro e peço pra ele ligar depois. Fico balançando a perna sem parar, mordo os dentes, lembro dele. Credo! Que doença é essa?
Sexta-feira eu estava sem alma. Passei duas horas escolhendo uma roupa pra ir a casa dele. Acabei indo com a roupa que não queria. E ainda sem alma. Sei lá onde ela estava, só sei que eu não estava em mim.
Às vezes eu caminho e sinto um clima diferente. Uma leve brisa fria que balança as folhas das árvores, então penso que estou em outro lugar.
E se eu fosse outra pessoa? E se eu fosse mais bonita? A vida seria mais simples? Mais fácil? Que idéia é essa? Sei lá.
Fui pra o show de Voices e fiquei encantada com a pregação das mulheres. Assisti um show católico na Tv e fiquei encantada também com a pregação da cantora Ziza Fernandes. Queria ser missionária também e ter o dom da palavra.
Eu? Logo eu?

Tua Essência
Ziza Fernandes

Se eu pudesse eu tiraria
Essa dor sincera do teu olhar
Se eu pudesse apagaria
As cicatrizes desse teu amar

Se eu pudesse acordaria
O mundo inteiro só pra te escutar
Se eu pudesse despertaria
Tua essência só pra te ver voar

Se eu tivesse o poder
De curar teu coração
Com certeza te daria outro
Se eu tivesse o dom
De apagar os sons
Das pedras que você ouviu, eu faria!

Mas só Deus pode
Deus tudo pode
Não, não desista de acreditar
Só Deus pode, Deus tudo pode
Jamais desista de esperar
Deus tudo pode mudar!

segunda-feira, 27 de setembro de 2004


"Não, não tente me fazer feliz
Eu sei que o amor é bom demais,
mas dói demais sentir".

(Pessoa - Dalto/Cláudio Rabello)

Detesto barata. Detesto mesmo. Tenho horror, pavor, asco, nojo mesmo. E ela estava lá, olhando pra mim, ainda adolescente, mexendo suas repulsivas antenas freneticamente. Peguei a seringa de veneno comprada há algum tempo atrás e assim armada fui ao combate.
Delicadamente armei um campo minado na parede em torno da desgraçada. Assim, ao menor movimento ela pisaria em uma das bombas e cairia dura, mortinha da silva, pensava eu.
Esperei meia hora por alguma movimentação, apenas as antenas não paravam. Mais meia hora e vi que a barata tinha se movimentado e já estava em cima da pasta de veneno. Mas, constato com surpresa, que ela banqueteava-se com cada bolinha deixada por mim. Comia, agitando as antenas mais rapidamente, até quebrar o círculo, que supunha eu ser mortal.
Esperei mais meia hora para ver a sua morte... mais outra meia hora... o sono me chegou. O movimento das suas antenas dava-me sonolência.
Saí do banheiro, dei uma volta, lavei o rosto, voltei. Ela continuava a passear pela parede, e ria da minha cara. Ria, não, gargalhava com a barriga cheia de alimento.
Fui dormir frustrada. Como será que esse veneno funciona? Poxa, me custou R$10.00! Quando eu tinha gato em casa o efeito era mais rápido. Bom mesmo é o famoso Baygon, mas eu sou terrível tendo-o como arma em minhas mãos: aplico o spray em tamanha quantidade sobre as infelizes que elas chegam a murchar. Uma cena horrorosa!
Só sei que ainda não descobri como funciona o tal do Baratol. Queria ação imediata. Pela manhã a primeira coisa que lembrei foi dela, corri ao banheiro e encontrei o canto mais limpo, gritei:
"Mainha, você não viu um barata morta por aí?"
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"Ai, meu coração, que não entende o compasso do meu pensamento..."

Descobri que não sei namorar

Ontem chamei Fabinho pra assistir o pôr-do-sol na beira da praia. Oh! Brisa marinha, areia, mar azul, ondas brancas... e Fabinho nem prestou atenção a nada.
Mudei o clima romântico pra descontráido. Ri, pulei, contei histórias. Acho que fiz papel de palhaça. Aquietei-me. Contentei-me em ficar sentada num banco ao lado dele com mil pensamentos na cabeça. Será que ele não me ama mais? Será que ele já me amou um dia?
Não sei namorar porque sempre acho que todo amor é pra sempre.
Não sei namorar por que sempre me atormento com pensamentos aflitivos e muitas vezes infundados. Pior que se me atormentasse sozinha era bom, mas ainda atormento ele e outros, como vocês, que ainda têm saco pra ler o que escrevo. Ou não?

sexta-feira, 17 de setembro de 2004

Assunto de cantina


"Ah... sem inspiração? Eu também estou sem inspiração hoje! Para falar a verdade, quase nenhuma inspiração! Tá bom... só um tiquinho de nada! Coisa muito, mas muito pouca! Quase um átomo de inspiração. Não, um átomo tá grande! Um elétron de inspiração! Peralá... elétron fica rodando e rodando, e rodar acaba inspirando alguma coisa... estou tipo um próton de inspiração! Isso... próton fica parado, sem fazer bosta nenhuma... quase nem massa tem! Isso: hoje estou um próton de inspiração! Um próton de inspiração de um material bem, mas bem vagabundo mesmo! Daqueles que ficam escondidos na tabela periódica, de nome feio, nome que se dá à uma coisa sem graça, mas de nome engraçado! Um próton, quase sem massa, de nome estranho, sem inspiração!"

Denilson | Email | Homepage | 10-09-2004 10:40:15 

E assim estou. Sentindo-me a escória da humanidade. Alguém que está no mundo, mas não vive, "vevi". 

Então pra não dizer que não falei merda nenhuma, vou falar sobre isso. É, não faça cara de nojo, não me recrime nos comentários, mas vou falar de cocô mesmo. 

Estava na mesa da cantina com minhas amigas Nel e Gláucia e passei a indagar filosoficamente: "Por que quando uma pessoa está muito arrumada, outras sempre dizem: E aí? Vai fazer exame de fezes?"
Nel tentou dar sua explicação, dizendo que tudo é culpa do pessoal do interior que vem pra capital fazer exames e colocam sua melhor roupa. 

Também questionei o que muita gente diz quando outro vai embora de determinado lugar: "Tchau, amigo, vá pela sombra!"
Parece uma forma carinhosa de dizer a pessoa que você se preocupa com o bem estar dela durante o trajeto, mas veja, acabei descobrindo que para essa interjeição existe um complemento: "Vá pela sombra... porque bosta no sol seca!" Que horror, né? Nunca mais falo isso pra ninguém. 

Conversa vai, conversa vem, começamos a contar as peripécias de quem se aventura a fazer exame de fezes, constrangendo-se em levar as amostras e depositar no balcão. O pior momento é quando a atendente, sem nenhum pudor, desenrola vagarosamente o pacote que você tão cuidadosamente preparou para não levantar suspeitas sobre o conteúdo. 

Uma amiga de uma amiga minha, certo dia, passou por esse perrengue e pior, quando abriram o pacote, um cheiro forte de gases (de bufa mesmo) subiu por toda a clínica. Ela olhou pra um lado, olhou para o outro, querendo atribuir a culpa a outras amostras de outras pessoas. Mas ela era a única ali. 

Já a sogra da minha amiga colocou as amostras de fezes dos dois filhos dentro da bolsa. Mas acho que não estavam bem condicionadas, porque no momento crucial em que ela ia entregar as benditas, enfiou a mão na bolsa e descobriu que tudo estava derramado. Saiu de fininho, com a mão ainda na bolsa e foi até o banheiro. Depois disfarçou e foi embora. 

A pior história de todas foi o namorado da minha amiga que coletou a amostra no horário de funcionamento do seu intestino e guardou na geladeira, dentro de uma embalagem vazia de manteiga, de acordo com as informações obtidas, para entregar na manhã seguinte. A sua irmã procurando o que comer encontra o potinho bem escondido no fundo da geladeira. Põe na mesa e quando abre, dá de cara com uma "manteiga" com visual e aroma não característicos. 

Agora, antes que você me diga que isso não é assunto de blog, me diga... isso é assunto pra mesa de cantina? 

Falei e Disse. (Eca!)  P.S.: Um colega meu, engenheiro que trabalha na Estação de Tratamento de Esgoto, entra aqui agora na sala pra perguntar se eu recebo insalubridade. Eu, com minha grande boca, digo: "Não, eu trabalho é com água e não com cocô." E ele completa: "Pois, eu trabalho e ganho 40% em cima do meu salário. Sabe quanto eu recebi esse mês?".  Pôxa... e eu que estava precisando de um dinheirinho a mais... também quero trabalhar no cocô!

quinta-feira, 16 de setembro de 2004

Olhos Castanhos

(Alves Coelho)

Teus olhos castanhos
de encantos tamanhos
são pecados meus,
são estrelas fulgentes,
brilhantes, luzentes,
caídas dos céus,
Teus olhos risonhos
são mundos, são sonhos,
são a minha cruz,
teus olhos castanhos
de encantos tamanhos
são raios de luz.

Olhos azuis são ciúme
e nada valem para mim,
Olhos negros são queixume
de uma tristeza sem fim,
olhos verdes são traição
são cruéis como punhais,
olhos bons com coração
os teus, castanhos leais.


Meu amor tem olhos lindos. Olhos castanhos beeeeem claros. Tenho ciúmes de quem olha dentro dos olhos do meu amado.

quarta-feira, 15 de setembro de 2004

Baixou a Espalhafatosa em mim


"Eu não vou lhe dizer
Que não tenho defeitos
Mas com eles me arrumo
Me acerto, me ajeito
Meu problema é o segredo
Guardado no peito
Que se chama paixão


Meu vício é você
Meu cigarro é você
Eu te bebo, eu te fumo
Meu erro maior
Eu aceito, eu assumo
Por mais que eu não queira
Eu só quero você

Meu vício é você
Meu dadinho, meu jogo de cartas marcadas
Essa droga de sonho não vai dar em nada
Fui rolando na vida
E parei em você"

(Meu Vício é Você - Chico Roque e Carlos Colla)


Baixou a Espalhafatosa em mim.

Já falei que derramei café na camisa do chefe. Hoje eu derramei um copo de café nos pés dele. Agora ele me chama de Vira Copos. Vira Copos é um aeroporto de São Paulo. Será que ele quer dizer que sou um avião? Ainda bem que ele tem senso de humor, porque eu não tenho coordenação motora nenhuma. A Síndrome de Manu pega?
Já caí várias vezes da escada, já meti o pé em buraco cheio d´água ficando com lama até o joelho.
Outro dia, no aniversário de Fábio, eu, toda concha almoçando com meu amor no shopping pra comemorar, comemoro derramando um copão de refrigerante. Quase que era em cima dele. Ora! Nova forma de desejar boa sorte.
E nem vou falar dos tropeções que eu tomo. Normal, nem fico mais com vergonha. Viro as tamancas direto. Também no shopping, virei o pé e só não caí porque estava de mãos dadas com Fábio, mas fiquei pendurada num ângulo de 45º graus enquanto ele dizia: "Oxe, tá doida?". Achei pouco e mais adiante enganchei o salto nas aberturas do bueiro, sorte minha que não era dia da minha formatura.

Baixou o santo, ou melhor, a santa. Sai pra lá, te esconjuro!

segunda-feira, 13 de setembro de 2004

Eu falo dormindo. Ora! Normal. Acho que metade da população do mundo fala dormindo. A outra metade, ronca. Prefiro estar na primeira metade.

Sábado à noite minha amiga Jamille dormiu na minha casa. No domingo pela manhã me contou que eu tinha a acordado no meio da noite, agarrando nos seus cabelos violentamente e dizendo: "Quem é você?"
Ela, tadinha, tentando fazer com que eu entendesse e soltasse suas madeixas, repetia: "Sou eu, amiga, Millinha!"

Outro dia, ou melhor, outra noite, ela conta que eu levantei da cama, fiquei sentada e bradei com todos os pulmões: "Ai, meu Deus!". Depois deitei e continuei a dormir calmamente.

Eu normalmente não lembro de nada, mas já acordei e me vi em pé na porta do quarto do meu irmão falando fantasmagoricamente: "Fe-liiiipe! Fe-liiiiipe!"

Também já acordei outra amiga minha pra falar alguma coisa. Diz ela que eu parecia estar acordada pois falava convincentemente: "Liliu, Liliu, acorde! Ói as parede! As parede, Liliu!". Pesadelo de engenheiro, na certa.

Já uma amiga de mainha, passando feriado na minha casa, me acorda no meio da noite. Na certa querendo começar um diálogo com outra sonâmbula, dizendo: "Santinho, ô, santinho!". Sua filha ouviu tudo, nos contou (mangando da nossa cara, obviamente) e até hoje a gente se chama de Santinho quando estamos acordadas.

Agora, triste é quando se tem algum sonho erótico ou proibido e acaba-se revelando tudo.
A mesma amiga Jamille confessou que teve um sonho erótico com um cara que trabalhava na mesma escola que ela. Ele era um gatinho, mas ela não suportava sua "gabolice" e "metideza". Mas durante o sonho em que ela se dava muito bem com ele, falou em voz alta e com um tom sensual: "Danieeel..."
Seu marido, ao lado, notando o tom "gemente" da esposa, aproveita pra saber mais alguma coisa e passa a perguntar: "Daniel? Quem é Daniel?"
Sorte da minha amiga que além de falar dormindo, também tem sono leve. Ao ser indagada, acordou, percebeu a situação e fingindo dormir continuou: "É um cara chato. Muito, muito chato!"

Seu irmão já não teve a mesma sorte quando sua esposa o ouviu falar entre gemidos: "Ai, tá gostoso! Tem muita mulher aqui!".
Vixe! Do jeito que a mulher dele é braba, ciumenta e possessiva, imagino a confusão que deve ter dado.

Falei e Disse
(meio acordada, meio dormindo)

sexta-feira, 10 de setembro de 2004

"Passou a sega, findou o verão..."


A prova do mestrado da Federal do Ceará é dia 27 de outubro. Daqui há pouco mais de um mês. Estudei muito pouco. A prova do Rio é em dezembro. Tive o ano inteiro pra resolver estudar agora no final do ano, sabendo que não vai dar tempo.
Fiz vários concursos este ano e quase passei em dois deles. Fiquei em quarto lugar quando só havia uma vaga disponível. Ah, o quase é que me mata! Quase passei por que quase estudei.

Estou triste. O ano está acabando e eu nada fiz. Passei meus dias e minhas noites a dormir. Sem motivação pra nada. Sem vontade. Sem desejo. Sem gana. (alguns diriam, sem tesão)
Observei o vento, olhei para as nuvens. Não lavrei, passou a sega, findou o verão, o outono, o inverno, agora é primavera e nada tenho para colher. Estou a mendigar. "Oh! Se eu pudesse consolar-me na minha tristeza! O meu coração desfalece em mim".

(Inspiração em Jeremias 8:18 e 20; Eclesiastes 11:4)

E Feliz Aniversário, Dona Isa!
O que seria de mim se você não existisse?
Obrigada por ser minha amiga.
Obrigada pelo colo, pelo consolo nas horas tristes, pela companhia nas viagens, pela comidinha quando está aqui (nunca mais você fez gagau pra mim, por quê?) e pelo dinheiro quando eu estou "precisada".
Desejo que você viva muitos e muitos anos pra poder ver a carinha do seu neto (ou neta), acompanhar seu crescimento e estragar o bichinho com tantos mimos. E bota muitos anos nisso, por que sabe Deus quando me casarei e quando serei mãe também.
Te amo muito, muito, muito.
Beijos!!!!!

terça-feira, 7 de setembro de 2004

Sem inspiração


Com assunto pra falar, mas sem inspiração.
Vai foto do Grupo Feminino da igreja. Dia 15 do mês passado a gente participou de uma audição musical. Foi legal, bem organizada, teve muito louvor e muita gente ficou emocionada com as mensagens.
Um irmão gravou tudo em uma fita e ontem, eu ouvindo, só faltei ter uma crise de riso.
Logo eu, que me achava a cantora (mentira!) descobri que tenho voz estridente e anasalada. Que decepção! Nunca mais vou cantar na minha vida. Nunca mais vou falar em público. Oh! Céus! E Lívia ainda manda um bilhete: "E aí? Vamos ensaiar sexta?"
E eu digo: Pra quê? Pra quê? Será que adianta alguma coisa?

É fato que a gente tentou encontrar um nome criativo para o grupo. Acabou ficando Grupo Feminino mesmo. Ellen detestou por parecer com Banheiro Feminino. Normal.
Já coloquei outra foto da gente aqui e o Leãozinho fez um comentário querendo confirmar por que a gente tem cara de novinha mas somos adultas.
Leãozinho, de "adulta" só tem eu (quem?Onde?). As outras meninas são adolescentes, solteiras e desimpedidas.
Da esquerda para a direita: Lívia (19 anos. Também conhecida como Amarela Regina), Suellen (18), Naiara (ou Jéssica. 16), Ellen White (a profetiza - 20), Susan Kelly (16) e Eu (A Soberana - idade não declarada).
Já viu, né? Sinto-me adolescente também no meio de tanta menina novinha. Coisa boa!

Falei e Disse.

Fotos do passeio na Fazenda Boa Luz aqui.

domingo, 5 de setembro de 2004

"Faço o que tenho que fazer e finjo que é aquilo que quero fazer"
(sei lá quem escreveu isso)

Hoje tô meio revoltada. Sem motivo, é que sou rebelde sem causa mesmo.

Hum... sobre o quê vou escrever hoje? Sobre nada, ninguém entra aqui nos finais de semana mesmo.

Amanhã (domingo) eu vou passar o dia na Fazenda Boa Luz. Eu, meu amado e meus pais. Passeio de família, mas sei que vai ser bom. Estar com Fábio, seja onde for, é sempre bom. (Uau!)

Hum... sobre o quê mais eu falo?

Ah! Lembram daquele meu vizinho que queria ficar comigo mas que tinha namorada e que a gente acabou brigando e decidindo que nunca mais ia se falar? Lembram. Não? Não importa, só queria dizer que o cara mantém a palavra. Mas outro dia eu recebi um e-mail de um cara que tem o nome e o sobrenome iguais ao dele. Coincidência? Sei lá. Só sei que eu fui rude, grossa e ignorante. Hehehe! Senti minha alma lavada com água mineral (nem tanto assim. É exagero mesmo!)

Hum... e lembrei agora que trouxe uma lembrança de Caldas Novas pra meu amigo Raul e nunca entreguei. Isso foi em novembro do ano passado e hoje encontrei o troço com a validade vencida dentro da minha gaveta. Agora... por que eu não entreguei???

E chega. Vou tirar essas lentes de contato que já estão me incomodando.
Desculpa a falta de assunto, mas...

quinta-feira, 2 de setembro de 2004

Coisa chata...


"Leva-se um minuto para encontrar uma pessoa especial, uma hora para apreciá-la, um dia para amá-la, mas uma vida inteira para esquecê-la."

(frase piegas, mas deve ser por isso que ainda sonho com ele)

Coisa chata...

- Você chegar atrasada no trabalho, correndo pelos corredores e passa um colega dizendo: "Ta atrasada, né?" (variantes da frase irritam do mesmo jeito. Tipo: "Isso são horas?" Ou "Chegou cedo pra amanhã!")
- Você assinando documentos importantes e alguém do lado dizendo: "Não vai errar, hein?"
- Você pedindo desculpas ao chefe depois de pagar um mico esbarrando no copinho de café fazendo com que todo o líquido tinja a sua camisa azul, e ainda ter alguém do lado pra dizer: "Eita! Ficou sem graça, né? Agora saia à francesa!" Esse é de certa forma irritante como o infantil: "Óóói! Vou dizer a ti-a!"
- Você gastar o seu salário com o que quer e bem entende e encontrar alguém pra perguntar: "Por quê você não tem carro? Gasta o salário com o quê se é solteira?"
- Você não saber determinado assunto, ser tímida e quando cria coragem pra perguntar a alguém, outro alguém vem dizer: "Você não sabe isso???"
- Você ouvir alguém dizer: "Disseram que você é desproporcional. Sua cintura é fina e sua bunda é grande!"

Pô, eu peço a morte! (a morte da pessoa, obviamente)

quarta-feira, 1 de setembro de 2004

É Dééda!

Mais um Não me faça te pegar nojo com:

"É Dééda!"

Não, não estou fazendo propaganda política gratuita, mas é que essa musiquinha ficou grudada na minha memória.

Essa época de eleição é verdadeiramente um pé-no-saco e eu que não tenho saco (entenderam o trocadinho, né?) e nem estômago, pego nojo legal.
Tem político usando musiquinha de Ayrton Senna. Chega dá vontade de chorar. De raiva, obviamente.
Tem outro ou muitos outros que usam "Poeira, poeira" de Ivete Sangalo. Falta de criatividade.
Outros ligam aqueles carros de som em pleno domingo e ficam hooooras tocando a mesma música de campanha.
Lembrei de um candidato de Paulo Afonso conhecido como Campeão. O carro passava o dia todo tocando uma música de Xuxa: "Tem que ser campeão... parám-parám... com força no coração... parám- parám-parám...". Só tocava essa parte, aí voltava e tocava tudo de novo, milhões de vezes.
Esse ano, acho que a música que mais pegou foi a do prefeito e candidato a reeleição.
Eu nem tinha ouvido ainda o jingle na voz do cantor oficial, quando um doido no terminal do Centro só repetia se balançando: "É Dééda!" - demorava um pouco, se levantava do banco e: "É Dééda!". E assim ficou. Repetindo a mesma coisa.

Outro dia, acho que semana passada, eu, sonolenta, chegava apressada ao trabalho. Já estava no portão, quando de repente uma figura alta, imponente se aproxima de mim falando que queria apertar minha mão. Já imaginam quem foi, né? Quem? Quem? O próprio: Dééda! Pô, o cara é gato mesmo. Foi a primeira pessoa a me dar bom dia naquele dia.

Pois é, a única coisa boa das eleições é que do nada, a gente se torna importante, mesmo que nosso título seja de outro estado.

Mais outro dia, estava eu, Gláucia e Nel, na sala do chefe de Nel batendo papo. A sala é toda de vidro, isolada do restante e a gente estava lá trancada. Nel sentada na cadeira de presidente do lado de dentro da mesa.
De repente chega uma comitiva de outro candidato a prefeito. Falam primeiro com um colega que estava na sala maior e depois entram na sala em que estávamos. Tá! Propaganda vai, propaganda vem, pedem voto, prometem e blá-blá-blá. Depois que eles foram embora, nosso colega de trabalho comentou:
- Eles chegaram aqui perguntando como era mesmo o nome da DOUTORA que estava na outra sala, porque eles tinham esquecido.
Kkkkkk! Desde quando eles conhecem Nel? E desde quando ela é doutora?

É, pra conseguir voto fazem de tudo, depois de que estão lá no poder a coisa muda de figura. Mas todo mundo sabe disso, só que parece que nem todo mundo pegou nojo ainda.

Falei e Disse.

Medalha de ouro para os comentários:

Será que não poderíamos inventar uma POLÍCIA ORTOGRÁFICA? Já imaginou? Este segmento da policia irá cuidar exclusivamente da monitoração dos conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa (isso mesmo: aquela que ensina a grafia correta das palavras, o uso de sinais gráficos que destacam vogais tônicas, abertas ou fechadas, processos fonológicos como a crase, os sinais de pontuação esclarecedores de funções sintáticas da língua e motivados por tais funções) em diversos outdoors, placas, letreiros, ITINERÁRIO DE ÔNIBUS, blogs... ops! Eu falei blogs... ai ai ai... o que vai ter de neguinho multado... Um abraço, Soberana... até mais! Ah! Atualizei o Clementino!

Denilson | Email | Homepage | 31-08-2004 08:32:19


Kkkkkkk! É vero! É vero! Mas não dá idéia! Quer acabar com o mundo bloguístico, é?

Olá Erika... escrevo só pra lhe dar uma dica... estive estudando respeito a cultura Egipcia e da Greca, e li que "Soberana" era aplicado só a deusas pagâs e até hoje "Soberana", usa-se para denominar sacertizas de gerarquia nas religoes pagâs. Issto é só uma dica, pois nós como crentes reconhecemos como Soberano só a Deus que esta no céus. seu blogger é muito lindo ! parabens e vc tb é bonita..rss

Eduardo | Homepage | 31-08-2004 22:45:33


Obrigada pela dica, Eduardo. Mas não seria óbvio que os homens intitulassem as deusas, mesmo pagãs ou não, como soberanas? O nome já diz tudo. Não precisava nem estudar as culturas gregas, egípcias, escandinavas, seja lá qual for, pra saber disso.
Sempre soberana é só o significado do meu nome, assim como Rubia que é loira em espanhol. Claro que meu nome tem tudo a ver comigo, né? Por que sou mesmo uma deusa no sentido humano, e loira, obviamente. Nórdica, de pele clara, olhos claros. Nossa, meu nome é perfeito!