Assunto de cantina


"Ah... sem inspiração? Eu também estou sem inspiração hoje! Para falar a verdade, quase nenhuma inspiração! Tá bom... só um tiquinho de nada! Coisa muito, mas muito pouca! Quase um átomo de inspiração. Não, um átomo tá grande! Um elétron de inspiração! Peralá... elétron fica rodando e rodando, e rodar acaba inspirando alguma coisa... estou tipo um próton de inspiração! Isso... próton fica parado, sem fazer bosta nenhuma... quase nem massa tem! Isso: hoje estou um próton de inspiração! Um próton de inspiração de um material bem, mas bem vagabundo mesmo! Daqueles que ficam escondidos na tabela periódica, de nome feio, nome que se dá à uma coisa sem graça, mas de nome engraçado! Um próton, quase sem massa, de nome estranho, sem inspiração!"

Denilson | Email | Homepage | 10-09-2004 10:40:15 

E assim estou. Sentindo-me a escória da humanidade. Alguém que está no mundo, mas não vive, "vevi". 

Então pra não dizer que não falei merda nenhuma, vou falar sobre isso. É, não faça cara de nojo, não me recrime nos comentários, mas vou falar de cocô mesmo. 

Estava na mesa da cantina com minhas amigas Nel e Gláucia e passei a indagar filosoficamente: "Por que quando uma pessoa está muito arrumada, outras sempre dizem: E aí? Vai fazer exame de fezes?"
Nel tentou dar sua explicação, dizendo que tudo é culpa do pessoal do interior que vem pra capital fazer exames e colocam sua melhor roupa. 

Também questionei o que muita gente diz quando outro vai embora de determinado lugar: "Tchau, amigo, vá pela sombra!"
Parece uma forma carinhosa de dizer a pessoa que você se preocupa com o bem estar dela durante o trajeto, mas veja, acabei descobrindo que para essa interjeição existe um complemento: "Vá pela sombra... porque bosta no sol seca!" Que horror, né? Nunca mais falo isso pra ninguém. 

Conversa vai, conversa vem, começamos a contar as peripécias de quem se aventura a fazer exame de fezes, constrangendo-se em levar as amostras e depositar no balcão. O pior momento é quando a atendente, sem nenhum pudor, desenrola vagarosamente o pacote que você tão cuidadosamente preparou para não levantar suspeitas sobre o conteúdo. 

Uma amiga de uma amiga minha, certo dia, passou por esse perrengue e pior, quando abriram o pacote, um cheiro forte de gases (de bufa mesmo) subiu por toda a clínica. Ela olhou pra um lado, olhou para o outro, querendo atribuir a culpa a outras amostras de outras pessoas. Mas ela era a única ali. 

Já a sogra da minha amiga colocou as amostras de fezes dos dois filhos dentro da bolsa. Mas acho que não estavam bem condicionadas, porque no momento crucial em que ela ia entregar as benditas, enfiou a mão na bolsa e descobriu que tudo estava derramado. Saiu de fininho, com a mão ainda na bolsa e foi até o banheiro. Depois disfarçou e foi embora. 

A pior história de todas foi o namorado da minha amiga que coletou a amostra no horário de funcionamento do seu intestino e guardou na geladeira, dentro de uma embalagem vazia de manteiga, de acordo com as informações obtidas, para entregar na manhã seguinte. A sua irmã procurando o que comer encontra o potinho bem escondido no fundo da geladeira. Põe na mesa e quando abre, dá de cara com uma "manteiga" com visual e aroma não característicos. 

Agora, antes que você me diga que isso não é assunto de blog, me diga... isso é assunto pra mesa de cantina? 

Falei e Disse. (Eca!)  P.S.: Um colega meu, engenheiro que trabalha na Estação de Tratamento de Esgoto, entra aqui agora na sala pra perguntar se eu recebo insalubridade. Eu, com minha grande boca, digo: "Não, eu trabalho é com água e não com cocô." E ele completa: "Pois, eu trabalho e ganho 40% em cima do meu salário. Sabe quanto eu recebi esse mês?".  Pôxa... e eu que estava precisando de um dinheirinho a mais... também quero trabalhar no cocô!

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