quarta-feira, 19 de novembro de 2014

I will always want you

Don't you ever say I just walked away
I will always want you...

(Nunca diga que fui eu que me afastei
Eu sempre vou querer você)

Wrecking Ball - Miley Cyrus

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Ela só queria acreditar

"Não, ela não era tola. Mas como quem não desiste de anjos, fadas, cegonhas com bebês, ilhas gregas e happy ends cinderelescos, ela queria acreditar".

--Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Insolúvel é o que não tem solução?

Durante algum tempo fiz coisas antigas como chorar e sentir saudade da maneira mais humana possível: fiz coisas antigas e humanas como se elas me solucionassem. Não solucionaram....
 
Caio Fernando Abreu

domingo, 16 de novembro de 2014

'E devo dizer ainda que gostaria de vê-lo feliz, apesar de tudo o que me fez sofrer nos últimos tempos.'

Caio Fernando Abreu
 
Continue vivendo a vida e seja feliz. Bem feliz.

 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Deslizes

Não sei por que
Insisto tanto em te querer
Se você sempre faz de mim
O que bem quer
Se ao teu lado
Sei tão pouco de você
É pelos outros que eu sei
Quem você é
Eu sei de tudo
Com quem andas, aonde vais
Mas eu disfarço o meu ciúme
Mesmo assim
Pois aprendi
Que o meu silêncio vale mais
E desse jeito eu vou trazer
Você pra mim
E como prêmio
Eu recebo o teu abraço
Subornando o meu desejo
Tão antigo
E fecho os olhos
Para todos os teus passos
Me enganando
Só assim somos amigos
Por quantas vezes
Me dá raiva de querer
Em concordar com tudo
Que você me faz
Já fiz de tudo
Pra tentar te esquecer
Falta coragem pra dizer
Que nunca mais
Nós somos cúmplices
Nós dois somos culpados
No mesmo instante
Em que teu corpo toca o meu
Já não existe
Nem o certo, nem errado
Só o amor que por encanto
Aconteceu
E é só assim
Que eu perdoo
Os teus deslizes
E é assim o nosso
Jeito de viver
E em outros braços
Tu resolves tuas crises
Em outras bocas
Não consigo te esquecer
Te esquecer

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Já fui mordida de cobra e sou uma gata escaldada.
Mas que ruim viver a vida esperando sempre o pior.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sonhar dói.

Um dia eu vi que tínhamos uma criança. Não sei se foi uma visão ou foi minha imaginação, mas era algo tão real quando olhava minha barriga grande, redonda, com seu filho dentro. Guardei essa imagem comigo por muito tempo, guardo até hoje e nela acredito piamente. "Um dia vai acontecer, um dia vai acontecer. Eu tenho certeza. Não acredita em mim? Eu vou ter um filho com você". Às vezes você leva na brincadeira, outras vezes percebo que  viaja na minha viagem e até imagina junto comigo como seria.
 
Acreditei nisso durante um bom tempo, mesmo quando você nem estava mais comigo. Eu tinha certeza. Eu sentia que sim. Até hoje. Hoje a esperança morreu. Ela morre também, sabia? Mesmo sendo a última. Tarda, mas não falha. Morre.  
 
Hoje, nas poucas horas ociosas do dia, fiquei pensando... esse meu "negócio de ver" é só vontade que aconteça. Não tem nada de vidência, de sexto sentido, de intuição. Hoje eu sei que é assim. No fundo, no fundo, sei que nunca irá acontecer tudo aquilo que vi. Nunca vou viver com você o que tenho vontade de viver. O azul dos meus sonhos nunca será visto com você. As viagens, os cheiros, os gostos, as risadas, as coisas novas... nunca.
 
Olho pra suas mulheres, suas muitas mulheres, e elas são tão mais bonitas e mais gostosas e livres e mais apaixonadas do que eu. Sou só mais uma, um passatempo, uma distração. É... essa condição não dá pra mim. Sou movida por sentimentos, por sonhos, quimeras, poesia. Sou movida por olhares que dizem "estou perdido". Por beijos apaixonados e abraços desesperados. E você nunca mais vai olhar pra mim de novo como me olhou na primeira vez. Certas coisas nunca irão acontecer. Nossa filha nunca vai nascer. Talvez eu nunca seja mãe. Talvez. Hoje só a certeza que nossa menina de olhos claros e cabelos cacheados, que até já tinha nome, nunca, nunca irá existir.
 
Sonhar dói.
Não quero mais sonhar.
 
 

sábado, 25 de outubro de 2014

Estranho amor

Não importa com quem você se deite
Que você se deleite seja com quem for
Apenas te peço que aceite
O meu estranho amor...

(Caetano Veloso)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

domingo, 12 de outubro de 2014

"Os meus olhos estão cansados de tanto olhar, esperando o que me prometeste, eu pergunto: 'Quando tu vens me consolar'?
Sou tão inútil como um odre cheio de furos, porém não me esqueço dos teus mandamentos".

Salmos 119: 82 e 83

Aquele momento em que você tem plena consciência que é só você e Deus no mundo.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

"Todos nós estamos numa fila invisível da morte onde ninguém sabe o número de sua senha. A qualquer momento alguém grita ´14´, era você! E não adianta empurrar a morte pra cima dos outros não. A morte chega, você diz ´tanto bandido aí'. A morte diz, ´psiu, não empurra pros outros, é a sua vez´. O segredo é brincar, se divertir, pra que o dia que a morte chegar, ela só leve seu corpo, que não leve nenhum dos seus sonhos, porque você viveu tudo aqui, porque Deus foi contigo". 

(Pr. Cláudio Duarte)

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Escolhas

E ela preferia a tristeza ao desejo, mesmo sabendo que não tinha o direito de escolha. Era sempre ele que dava as cartas, que ia e vinha quando bem entendia. Ela sempre preparava a casa, enquanto ele só tocava a campainha e corria, como o menino moleque que sempre foi.

domingo, 28 de setembro de 2014

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Fantasmas

Quando os meus fantasmas vêm me assombrar, coloco meus fones de ouvido, uma música alta para tocar e assim não os ouço.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Sem explicação

Tem coisas que são sem explicação. A gente procura uma certa lógica e não encontra. Desejos que não deveriam existir e são realizados. Desejos que existem e nunca se realizarão.  Palavras que não deveriam ser ditas e são. Palavras que mereciam ser bradadas aos quatro ventos e são caladas. Um vazio que é preenchido com coisas que não completam. A incerteza de uma vida estranha, onde a gente busca o certo e só se depara com o errado. Sonhos que sempre serão sonhos. Realidade nua e crua, mais crua, do que nua, por estar sempre travestida e maquiada. Distanciamento. Procura. Presença. Ausência. O estar sem estar. O não estar que nunca vai embora. Vai entender. A única certeza: a água entra em ebulição quando submetida a uma fonte de calor elevada. E eu tirei 5 em Física, uma vez tirei 0. Zero. Uma vez só. Dizem que chorei, mas chorei mais quando tirei 9,5 em matemática e não 10. Tomemos um chá, antes que a água esfrie.  

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Palavras

Para consolar uma pessoa são necessárias milhares de palavras e nem sempre usadas com sucesso. Para entristecer, basta uma frase e com eficácia sempre comprovada.

Sentindo-me muito triste.

sábado, 6 de setembro de 2014

Eu nunca me engano

Lembra de quando eu te disse que eu nunca me enganava? 

Vi uma foto hoje que só comprovou o que meu sexto sentido sempre me dizia. Você dava risada e repetia que era bobeira minha. Por mais que você tenha me dito que ia me provar o contrário, sempre me deu e me dá provas contrárias que não. Amizade nenhuma, bondade nenhuma, carinho nenhum. Não, eu nunca erro, eu te falei, lembra? Eu te falei... Porque a leitura que faço de alguém nunca é falha, nunca foi, nunca será. Sou boa em análise, sou boa em ler pessoas, sinais, gestos, modos, sou boa em ver coisas que ainda vão acontecer. Você nunca acreditou em mim. Acredita agora? 

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O gasguito massagista de luvas brancas

Não gosto da morte porque ela faz a gente pensar muito na vida. 

Depois de dias e dias tendo convulsões direto, de ter definhado tão rapidamente, de ter se acabado em tão pouco tempo, emagrecido, secado,  Jhoni morreu hoje no finalzinho da manhã. 

Chorei como se tivesse morrido uma pessoa. Pra mim morreu mais que uma pessoa. Choro desde que ele adoeceu. Um bichinho encontrado nas ruas em cima de um papelão, um animalzinho abandonado que foi resgatado por uma amiga (se tornou uma amiga depois dele) e entregue a mim para ser cuidado. Infelizmente não consegui mudar a sua sorte, mesmo tendo tentado. E nos seus últimos dias fiz de tudo: internamento, remédios, tratamento em clínica veterinária. Pena que não deu certo. Pena que ele não se recuperou, não conseguiu resistir, pena que já era tarde demais. Perdoe-me, meu bichinho, meu bichano, se falhei em alguma coisa. Perdoe-me por não ter lhe acompanhado todos os dias desde o momento que te recebi na minha casa. Perdoe-me por não ter lhe deixado junto com suas irmãs, que te amavam tanto, e ter te dado em adoção. Perdoe-me por não ter conseguido te salvar. 

Dizem que gatos não tem alma, isso eu não sei, mas as pessoas que os abandonam à própria sorte, essas sim, é que não tem. Meu gasguito tinha personalidade, pelo menos disso tenho certeza, e muito amor no coração. Doeu tanto ter que decidir de que forma destinar seu corpo. Não, ele não será jogado numa lata de lixo, será cremado junto com outros, um fim digno como ele merecia ter. 

O único consolo: agora ele não sente mais dor. Morará no céu dos bichinhos, onde não falta patê e tapete fofinho pra deitar. Que ele aprenda a brincar, correr e arranhar o sofá (nunca foi de fazer isso, mas que faça agora, então), que tenha muitos amiguinhos pra lhe dar lambidinhas. Aqui fica só uma dor no peito e uma saudade enorme do meu gasguito massagista de luvas brancas, o gato mais bonzinho que já conheci. 

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Não suporto gente...

A síndica do meu condomínio é um tipo que faz fofoca e intriga entre os moradores. Nunca fui muito com a cara dela, sempre a achei muito linguaruda e fofoqueira. Vivia a comentar sobre a mudança de alguns moradores e se as suas coisas mostravam se eram bem financeiramente ou não. É do tipo que cataloga os que "ganham bem" e os que "ganham mais ou menos-como-é-que-conseguiram-comprar-apto-aqui?". Desse modelo. Se eu já tinha motivos pra não gostar dela, com aquela cara branca de protetor solar a caminhar pelo condomínio falando alto, hoje completei a ojeriza com uma única frase que ouvi dela: "Não suporto gatos". 

Sei que falou para que eu ouvisse, uma vez que sabe que eu amo e crio gatos, mas, sinceramente, não estava a fim de saber e não pedi a opinião dela. Essa afirmação de boca cheia "não suporto gatos" eu já ouvi de muita gente. É essa ou aquela: "não gosto porque tenho alergia". Normal. Mas depois que aprendi que rotular pessoas faz a vida mais fácil de ser entendida, rotulei que "pessoas que não suportam gatos" não são pessoas boas. Simples assim. "A compaixão pelos animais está tão ligada a bondade de caráter, que se pode afirmar que quem é cruel com os animais, não pode ser bom", já dizia Schopenhauer e eu repito agora. 

Pessoas não suportam gatos, pelo simples fatos que os gatos não a suportam. Gatos só interagem com gente do bem. Só se encostam em suas pernas e pedem carinho a pessoas que ele sentem que são acessíveis, que são cuidadosos. Só grungam de felicidade com pessoas que eles se sentem seguros, tranquilos, confortáveis. Então, não adianta, se você não gosta de gatos, é porque não tem energia boa o suficiente pra que eles se aproximem e te cativem. Ou então você é do tipo desinformado, que desconhece o quanto os felinos são fascinantes, com meu marido foi assim. Tolerou Mia porque me achou sozinha e ela me fazia companhia. Tolerou Pérola porque Mia se sentia sozinha quando eu não estava. Tolerou Pietra porque eu o convenci que ela era a minha pretinha da sorte e era a gata mais educada do planeta (e é! Mas já tá virando uma folgada como as outras.). Tolerou Lilie, por que, enfim, ninguém resiste aqueles olhinhos azuis, aquela carinha de bebê e aquele miado dengoso. 

Hoje ele não tolera as minhas filhas (não são NOSSAS filhas porque ele teima em dizer que pai de gato é que não é), ele não tolera meus inquilinos do lar temporário... ele não tolera, ele os ama! Ele é entregue as minhas filhas. Ele cuida, ele dá banho, ele dá iogurte de colherzinha, ele adora o motorzinho delas. Ele as ama. Ele passou a conhecer esses bichinhos e hoje sabe o quanto eles são especiais. 

Então, querida, querido, que não suporta gatos, só te digo uma coisa, EU NÃO SUPORTO GENTE COMO VOCÊ. E desejo que na próxima encarnação você venha como um gato, se você acredita em vida após a morte. Como eu não acredito, só espero que você tope com um gato de rua bem bravo e encha essa sua cara branca com belas listras vermelhas. Só desejo isso. Assim você terá um motivo real pra não só não suportar, mas odiar. E a recíproca será verdadeira. Passar bem. 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Das paixões

Começo o dia desanimada e termino maravilhada. 
A certeza das paixões que tenho na vida: minhas filhas felinas - Mia, Pérola, Pietra, Lilie (e as próximas gatinhas que virão) e a fotografia, que me dá belas imagens e um sensação de realização maravilhosa. 
A certeza  do amor, azulzinho como eu sempre quis, um amor que cuida, se preocupa, ampara... um amor que sorri com os dentes mais brancos que já vi... o amor do meu marido. Eterno, disso eu tenho certeza, porque esse amor, mesmo que distante, mesmo que ausente, sempre existirá. 
E junto com isso tudo, a minha cama macia, fofinha, certeza do conforto que Deus me deu. É no pouco que vejo o quanto Deus é bom comigo. Feliz por todas essas graças, Senhor. Obrigada, obrigada, obrigada.  

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Se Puder Sem Medo


Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
Pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás da porta
Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava


Oswaldo Montenegro

sábado, 16 de agosto de 2014

Mais sonhos

De repente é tanta coisa boa acontecendo, a alegria se instalando, a vida se mostrando, os sonhos se realizando, imagens belas, cores, luzes, sorrisos... Dá medo, dá medo de ser somente devaneio, ilusão passageira e eu acordo no meio do nada, do pó, do cinza, com cabelos de poeira, pés pesados de areia, olheiras de cansaço, olhos de desânimo. De bom só dinheiro no banco, planos e a vontade de comprar mais sonhos, mais sonhos, mais sonhos...

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

"E como eu não sou mulher de correr da dor, deixo ela entrar aos pouquinhos, esbugalhar meus sentidos, enfraquecer meu orgulho"...

Tati Bernardi

terça-feira, 17 de junho de 2014

:D

É assim todo dia de manhã. Eles ficam na porta batendo, literalmente, e não sossegam enquanto não pulam todos na minha cama. A-mo!


segunda-feira, 16 de junho de 2014

Debulhar de Emoções

Bota na mesa o café
Bule e corações
Tô precisando da fé
Mais que da razão
Sei que o amor é assim
Vai tomar conta de mim
Aonde eu estiver

(Terra de Curumin - Saulo)

domingo, 1 de junho de 2014

III Forró da Fotogangue

Foi bom demais! E a gente consegue fazer uma festa dentro de outra festa. \0/
Aguardando as fotos das fotógrafas oficiais.


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Liberdade


Com essa foto não preciso dizer mais nada. Fátima Nascimento conseguiu captar o meu silêncio, coisa que em mim é tão rara. Olho e reolho, foto mais linda, pra dizer o quanto eu sou LIVRE! "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". 

domingo, 25 de maio de 2014

Os livros de John Green

Acabei A Culpa é das Estrelas praticamente desidratada. Comprei no mesmo dia o Cidades de Papel. Baixei todos pra ler no kindle. Viciei.

lelivros.us

terça-feira, 20 de maio de 2014

Harmatia

Todos nessa história têm uma harmatia sólida como uma rocha: a dela, estar tão doente; a sua, estar tão bem. Se ela estivesse melhor ou o senhor, mais doente, então as estrelas não estariam tão terrivelmente cruzadas, mas é da natureza das estrelas se cruzar, e nunca Shakespeare esteve tão equivocado como quando fez Cássio declarar: "A culpa, meu caro Bruto, não é de nossas estrelas/ Mas de nós mesmos." Fácil falar quando se é um nobre romano (ou Shakespeare!), mas não há qualquer escassez de culpa em meio às nossas estrelas. 

(John Green - A Culpa é das Estrelas, página 106)

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Hazel

(...) o corpo desliga quando a dor fica insuportável demais, que a consciência é temporária e que tudo vai passar. Mas, como sempre, não desmaiei. Fui deixada na areia com as ondas batendo em mim, sem poder me afogar. 

(John Green -  A Culpa é das Estrelas, página 100)

sábado, 17 de maio de 2014

Coisas não lidáveis

- Ela disse que não conseguiria lidar com isso - o Isaac falou. - Estou prestes a perder a visão e ela não consegue lidar com isso.

Eu fiquei pensando no verbo lidar, e em todas as coisas não lidáveis com que se tem de lidar. 

- Sinto muito. - falei.
(...)
- Isso é inaceitável - ele me disse. - Isso é totalmente inaceitável. 
- Bem, para ser honesta - falei -, quer dizer, ela não deve mesmo conseguir lidar com isso. Você também não, mas ela não precisa. E você, sim. 

(John Green - A Culpa é das Estrelas, página 60)

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Strike!


Eu e Maroca no pedal da tarde. 20 anos sem subir numa bike e num é que ninguém esquece como andar de bicicleta! O medo foi só fazer um strike na galera que tava correndo ou andando pelo parque. De resto, foi uma maravilha, pernas tremendo do esforço, mas não paro nunca mais. 

terça-feira, 13 de maio de 2014

Gatinhos de rua


Esse é o último gatinho de rua que pego. Não vou mais fazer isso. Primeiro eu não tenho espaço adequado para cuidar deles, segundo não tenho dinheiro suficiente pra gastar com veterinário, remédio, castração, e depois entregar pra uma pessoa que não tenho certeza se vai cuidar direito. Eu cuido como cuidaria de um bebê. Dou comida, banho, limpo cocô, dou remédio, levo pra médico, compro brinquedo, tenho o maior amor. Os gatinhos chegam aqui em casa machucados, doentinhos, couro e osso e saem gordinho, sadio e com pêlo macio. Aí, aparece uma pessoa que o adota e devolve sem motivo nenhum ou então é alguém que vai deixar o bichinho ir pra rua e, mais cedo ou mais tarde, morrer atropelado ou envenenado. 

Sábado fui entregar a Ratinha e vi que a adotante deixa o outro gato dela ir pra rua. O gatinho macho, que parecia ser da mesma idade da Ratinha, estava com a orelhinha toda machucada do cachorro, que também é dela, morder. Só não trouxe a Ratinha de volta porque não tenho como ficar com ela no apartamento até aparecer outra pessoa. Não tenho espaço adequado, não tenho onde colocar tantas caixas de areia, não há um lugar onde eles possam brincar tranquilos, não tenho ninguém aqui que possa me ajudar a cuidar deles. 

Um dia quando eu tiver uma casa com um espaço maior onde eles possam ficar esperando adoção sem ir pra rua, sem correr perigo, quando eu tiver um emprego fixo sem ter que viver pensando em demissão e  em como me virar nos meses de desemprego, aí eu volto a cuidar dos filhotinhos de rua. Enquanto isso, vou cuidar com muito carinho das minhas quatro filhotas e fechar os ouvidos pros miados dos outros bichinhos. 

Triste. 


segunda-feira, 12 de maio de 2014

A Ratinha


Tinha uma réstia de luz que vinha da janela. Ela deitou naquele risco de sol, brincou, rolou e depois parou observando a claridade. Enquanto isso eu a observava. Nem sabia ela que daqui a pouco eu ia ter que levá-la pra sua segunda adotante, torcendo que dessa vez ela fosse bem cuidada e não fosse devolvida. Queria poder ficar com você, minha Ratinha, mas só posso pedir a Deus para olhar pelas suas 7 vidinhas. Que você seja muito amada.



sábado, 10 de maio de 2014

Gnocchi nosso de cada mês

Dessa vez rolou Cecília Meireles, dólar, euro e cartão de crédito internacional ilimitado. rs! E que nossos pedidos sejam realizados. Já completamos 1 ano com esse nosso encontro mensal. Essas meninas são um presente especial, em particular, que a fotografia me deu. Em setembro vai rolar fotos especiais pra ela dos nossos poetas portugueses preferidos diretamente de Portugal. Pedidos feitos, missão dada que será cumprida. Feliz demais com esse ciclo de amizade.



sexta-feira, 9 de maio de 2014

Amores

Mia - meu primeiro amor.


Pérola - minha coelhinha. 
Pietra - Sorte! 
Lilie - como não amar?



quinta-feira, 8 de maio de 2014

. A arte de ser feliz .

Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Ás vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim. Cecília Meireles

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Discurso

E aqui estou, cantando.

Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
deixa seu ritmo por onde passa.

Venho de longe e vou para longe:
mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho
e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes
andaram.

Também procurei no céu a indicação de uma trajetória,
mas houve sempre muitas nuvens.
E suicidaram-se os operários de Babel.

Pois aqui estou, cantando.

Se eu nem sei onde estou,
como posso esperar que algum ouvido me escute?

Ah! Se eu nem sei quem sou,
como posso esperar que venha alguém gostar de mim?

terça-feira, 6 de maio de 2014

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Epigrama n. 2

És precária e veloz, Felicidade.
Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo,
e, para te medir, se inventaram as horas.

Felicidade, és coisa estranha e dolorosa:
Fizeste para sempre a vida ficar triste:
Porque um dia se vê que as horas todas passam,
e um tempo despovoado e profundo, persiste

domingo, 4 de maio de 2014

A Última Cantiga

Tu, que foste a minha paixão,
virás a mim, pelo meu gosto,
e de muito além do meu rosto
meus olhos te percorrerão.

(...)
Ainda que sendo tarde e em vão,
perguntarei por que motivo
tudo quanto eu quis de mais vivo
tinha por cima escrito: «N ã o».
E ondas seguidas de saudade,
sempre na tua direção,
caminharão, caminharão,
sem nenhuma finalidade.

sábado, 3 de maio de 2014

Pus o meu sonho num navio

Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Canção

Nunca eu tivera querido
Dizer palavra tão louca
Bateu-me um vento na boca
E depois no teu ouvido
Levou somente a palavra
Deixou ficar o sentido

O sentido está guardado
No rosto com que te miro
Nesse perdido suspiro
Que te segue alucinado
No meu sorriso suspenso
Como um beijo malogrado

Nunca ninguém viu ninguém
Que o amor pusesse tão triste
Esta tristeza não viste
E eu sei que ela se vê bem
Só se aquele mesmo vento
Fechou teus olhos também

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Murmúrio

Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.

Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.

Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo - esperança!
- Vê que nem sequer sonho - amor!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Criança

Cabecinha boa de menino mudo
que não teve nada, 
que não pediu nada, 
 pelo medo de perder tudo.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Aceitação

"É MAIS fácil pousar o ouvido nas nuvens e sentir passar as estrêlas do que prendê-lo à terra e alcançar o rumor dos teus passos. É mais fácil, também, debruçar os olhos no oceano e assistir, lá no fundo, ao nascimento mudo das formas, que desejar que apareças, criando com teu simples gesto o sinal de uma eterna esperança. Não me interessam mais nem as estrêlas, nem as formas do mar, nem tu. Desenrolei de dentro do tempo a minha canção: não tenho inveja às cigarras: também vou morrer de cantar".

(Aceitação - Cecília Meireles)

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Bodas de Papel do meu irmão


Passou rápido. Parece que foi ontem que estávamos celebrando o casamento do meu irmão. Até hoje parece um sonho, nós na Grécia, um lugar tão longe que é pouco provável que eu volte lá novamente. Passou-se 1 ano, mas as imagens estão mais vívidas na minhas memória do que nas fotos. Ilha de Santorini, lugar azul e branco de tão lindo, inigualável, indescritível. Atenas, um mergulho na história, na arquitetura, nas artes. Agradeço eternamente ao meu irmão e a minha cunhada, só a família mesmo pra nos fazer viajar pra dentro de um sonho real. Parabéns pelas Bodas de Papel. Amo vocês. 


sábado, 12 de abril de 2014

Desmobilização

Ih, acabou tudo!


Ficou só o lugar vazio do meu container

Levaram tudo embora. Ficaram apenas uns poucos mortais. 




Último adeus a essa obra. Até a próxima.

terça-feira, 8 de abril de 2014

A Encantadora de Bebês

A mãe de Anna Julya me procurou pra que fizesse o acampamento mês a mês de sua filha. Como não era minha especialidade, indiquei algumas colegas e ela acabou escolhendo Raquel Carvalhal. Ontem foi o primeiro dia do acompanhamento e fiquei fascinada com a criatividade da colega, com a quantidade de acessórios e cenários que ela consegue montar e claro com a própria Anna Julya.

Raquel tem uma facilidade para atrair a atenção do bebê de tal forma que Julya acompanhava com o olhar tudo que ela fazia, olhando para a câmera. Coisa linda de se ver! Se não era minha especialidade fazer newborn e fotografar bebês, agora passará a ser. Raquel Carvalhal, a encantadora de bebês, me inspirou a isso. 

A minha foto preferida.

Com a fotógrafa Raquel Carvalhal

Olhos lindos!

A hora em que ela cansou e não teve jeito, choro na certa. rs!


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Sendo analítica...

- Tem gente que é tão mentirosa, mas tão mentirosa, que eu fico pensando: Meu Deus, será que ele não percebe que ninguém tá acreditando? #paraquetafeio

- Tem gente que me faz o mal achando que vou sofrer e nem percebe que me fez um grande, um imenso, um "huge" favor. #abencoadaeusou

- Tem gente que é tão negativa, mas tão negativa, que nem precisa falar muito comigo pra sugar minhas energias. Misericórdia, como sou vulnerável. Tá repreendido. 

- Sem paciência hoje pra gente problemática. 

Pra terminar... 

Putz, vi que a fila andou pra uma galera. Já analisei e já cheguei ao resultado: não consegue ficar só e sempre troca 6 por meia dúzia pra tapar um vazio que nada preenche. São praticamente as mesmas características das ex comparando com a atual do momento. Mais uma que é o maior amor dos últimos 2 meses. A eterna busca pelo olhar que um dia recebeu. Nunca vai achar. "Nunca verão"...  

domingo, 6 de abril de 2014

Família, bem maior.

Tirei o dia quase todo só para eles. Meus pais, meus tios, minhas primas, os filhos das minhas primas - meus sobrinhos - amor duplicado e eternizado. Todos juntos e misturados em 3 casas, uma ao lado da outra, porque morar longe é sentir muito saudade. O tempo passou que nem vi. É assim quando se está muito feliz. 

sábado, 5 de abril de 2014

Chá de Fraldas

Tão pequena com uma barriga tão grande. 6 meses só, mas meu sobrinho já cresce sapeca e gordinho. Os médicos diziam que ela não passaria dos 7 anos de idade porque a caixa torácica era muito pequena para o coração. Olha ela aí, com mais de 7, bem mais que 7, e com todos os órgãos, o coração e um bebê dentro dela, só não se cabe de tanta felicidade. Feliz junto com ela. Titia babona fotografa e vai fotografar muito detalhe desse bebê amada, curtindo junto como se fosse dela também. Mas ele é meu! Sim, Heitor é meu também. :)

terça-feira, 1 de abril de 2014

Paula Fernandes - Não Fui Eu


Ei, escuta, para de agir feito criança
Escuta, sinto em te dizer, mas foi você quem procurou
Quem partiu um coração, não fui eu

Ei, escuta, tudo nesse vida tem seu preço
Escuta, se chegou a hora de colher o que plantou
Você mesmo quem regou, não fui eu
Não fui eu

Eu sei o que dirá
Vai me culpar
Por um erro seu
Se alguém me perguntar
Irei dizer que não fui eu
Não fui eu
Não fui eu quem desistiu dos nossos sonhos
Não fui eu quem destruiu nossa esperança
Não fui eu quem fez meus olhos mergulhados por mentiras
Vai dizer que era isso que eu queria
Eu sei o que dirá
Vai me culpar
Por um erro seu

Eu sei o que dirá
Vai me culpar
Por um erro seu
Se alguém me perguntar
Irei dizer que não fui eu

Eu sei o que dirá
Vai me culpar
Por um erro seu
Se alguém me perguntar
Irei dizer que não fui eu
Não fui eu

quarta-feira, 19 de março de 2014

Já tem muito tempo que estou por aqui... tá na hora de ir embora, tá na hora de morfar.

terça-feira, 18 de março de 2014

Se soubesse como gosto das suas cheganças,você chegaria correndo todos os dias.
(Leite Derramado - Chico Buarque)

segunda-feira, 17 de março de 2014

"Se com a idade a gente dá para repetir casos antigos, palavra por palavra, não é por cansaço de alma, é por esmero. É para si próprio que um velho repete sempre a mesma história, como se assim tirasse cópias dela, para a hipótese de a história se extraviar.

(Leite Derramado - Chico Buarque)

domingo, 16 de março de 2014

Um lugar deve existir
Uma espécie de bazar
Onde os sonhos extraviados
Vão parar Entre escadas que fogem dos pés
E relógios que rodam pra trás
Se eu pudesse encontrar meu amor
Não voltava
Jamais.

(Chico Buarque)

"O ciúme é então a espécie mais introvertida das invejas, e mordendo-se todo, põe nos outros a culpa da sua feiura". (Leite Derramado - Chico Buarque)


"Não sei se existe um destino, se alguém o fia, enrola, corta. Nos dedos de alguma fiandeira, provavelmente a linha da vida de Matilde seria de fibra melhor que a minha, e mais extensa. (...) Sei que a minha se alongou além do suportável, como linha que se esgarça. Sem Matilde, eu andava por aí chorando alto. (...) Era como se a cada passo eu me rasgasse um pouco, porque minha pele tinha ficado presa naquele mulher".

(Leite Derramado - Chico Buarque)

sexta-feira, 14 de março de 2014

Outro Alguém

Não dá mais pra mim
Pra eu poder viver aqui
Sem ter a ti
Não dava pra prever
Que eu não ia mais te ter
Não dava pra saber
Que ia me deixar
Me trocar por

Outro alguém...
Outro alguém...

Olho para trás
A ver a alegria que
Você não foi capaz
De me causar
Penso neste tempo
Que passei sem perceber
Que não queria mais
E hoje estás com outro alguém

Outro alguém...

(Los Hermanos)

quinta-feira, 13 de março de 2014

Sonho

Lembrei agora que sonhei com você. Foi um sonho bom, mas lembrar que enganar era um esporte seu, que se divertir com a credulidade de todas era o seu prazer, torna-o ruim. Docemente ruim.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Mudar é sempre bom

Sai o template 2013 e entra o modelo 2014.  Minha paixão por fotografia permanece, por gatos também, por viagens muito mais. Título modificado para Soberana Rubia, mas sempre Soberana. E vamos para o décimo primeiro ano do blog. Viva!



Modelos anteriores: 





quarta-feira, 5 de março de 2014

Fotografar é minha terapia

Quarta-feira de cinzas, eu já entediada de tanto feriado (sou workaholic), minha prima Kedmma me liga pedindo pra que eu registrasse seu quinto mês de gestação.

Então, do nada, surgiu esse ensaio fotográfico no meu condomínio mesmo, aproveitando a piscina, um caramanchão e um canteiro de flores. Pouca opção de lugar, a luz não tava boa porque no final da tarde os prédios vizinhos encobrem o sol, mas não é que as fotos ficaram lindas?

Minha foto preferida
A mamãe de Heitor arrasou
Felicidade
Sorriso de felicidade genuína. Porque não existe amor maior que de uma mãe.
Adorei esse ensaio e domingo tem mais, apesar de que já estou planejando o de 6 meses, rá! rsrsrs!!! 

terça-feira, 4 de março de 2014

- Vem cá, por que você não acredita no que eu lhe digo? Enquanto você continuar fazendo isso com todas as pessoas que gostam de você, nunca vai ser feliz com mulher nenhuma.

- Tá me jogando praga? Você além de Madre Tereza de Calcutá é bruxa também?


Ele tinha o mesmo padrão de término para todos os relacionamentos que começava. Não conseguia ficar sozinho. Não conseguia ser honesto. Trocava uma mulher por outra quando queria se livrar da anterior. Não dava satisfação, simplesmente se afastava. Era sempre assim. Quando questionado, negava, com uma voz tão doce que fazia mal mesmo ela não sendo diabética: "Não, amor, é impressão sua. Não está acontecendo nada. Deixe de ser neurótica. Está tudo bem". Enquanto isso enchia a próxima vítima de atenção. Encontravam-se todos os dias, iam aos melhores motéis da cidade, planejavam as melhores viagens. Mostrava-se ciumento e apaixonado. Com ela não tinha sido diferente.

Agora que sabia disso era alívio que sentia. Não, não estava louca. Ele estava se afastando dela, ignorando-a. Talvez com isso a fizesse sumir. Desaparecer. E enquanto ele a largava aos poucos, ela sofria aos montes. Sabia agora que nada fora sua culpa, mas nem por isso doía menos. Ele tinha roubado sua solidão e agora devolvia rabiscada, , suja de suas mãos, cheia de orelhas de burro como as páginas de um livro marcadas à caneta fluorescente. Burro. Burra. 

segunda-feira, 3 de março de 2014

Diálogos

Ele questiona: Até quando vamos ficar assim? Será que também vamos ficar nessa situação por 29, 30 anos?
Silêncio.

 (...)

- Posso perguntar uma coisa?
- Pergunte.
- Ela é bonitona? Tem corpão?
Ele riu.
- Não acho não...
- Como ela é? Loira ou morena?
- Loira, claro, tinha que ser outra loira, não é?
- ...

(...)

Alguém comenta: "E depois de 17 anos separados, num é que agora eles voltaram e estão juntos de novo"!
Ele baixou o olhar e pensou alto:
Abre aspas - Será que vai acontecer isso comigo também? - Fecha aspas.

(...)

Ela: Amor... ainda posso te chamar de amor?
Ele: Melhor não...
Ela: Mas você acha que um dia a gente vai ficar junto de novo?
Silêncio. Depois de um tempo responde:
Ele: Não costumo pensar muito nisso não.
Ela:  ...

domingo, 2 de março de 2014

Romantismo

Em alguma vida passada eu devo ter sido um poeta romântico e com certeza morri de tifo, pneumonia ou tuberculose, deprimida num quarto insalubre de Londres. 

sábado, 1 de março de 2014

Era amor e essa é uma dor de que ainda me lembro

Mariá sentiu vontade de lhe escrever. Talvez mandar uma carta de amor. Ridícula. Mas era o único meio, uma carta ao modo tradicional, pelos correios, só para dizer que ele não precisava ter lhe bloqueado em todos os meios de comunicação modernos que existiam.  

Já tinham se passado três meses e ele continuava em silêncio. Quem muito se ausenta uma hora deixar de fazer falta? Ela acreditava e até pensava que tinha superado, esquecido. Mas hoje se dava conta que a decepção é como a morte, impossível de ser superada, com o agravante da agonia de ter que conviver, obrigatoriamente, com um fantasma que aparece nas horas mais improváveis. 

A imagem dos dois dentro do carro era o que assombrava a sua mente agora. Quando pensava que estava tudo bem, vinha tudo de novo. Dava para ouvir os caquinhos remendados com esparadrapo barato se soltando e caindo no piso do seu carro. E doía. A dor irradiava pelo braço esquerdo e ela fantasiava que talvez fosse algum problema na coluna cervical, mas o olhar no espelho dizia que não. O rosto de quem sofria, o sorriso murcho de quem sempre chorava, olheiras negras. Tomava um analgésico na ilusão que a dor do coração fosse passar. Deitava de bruços. Agonizava. Sofria.

Ninguém nunca lhe fez sentir tão especial e amada para logo depois lhe tratar como lixo. Ele tinha lhe tratado como a mulher mais desejada do mundo. Fechava os olhos e via claramente o quarto temático estilo casa rústica de fazenda. Tinha dois níveis. No primeiro uma cama grande com espelho na cabeceira e no teto. Uma mesa de vidro ao lado, pronta para um jantar ou café-da-manhã, com taças de vários tamanhos, pratos, talheres. No segundo um banheiro, uma banheira, duas pias, mais espelhos. Luzes coloridas. Som ambiente. Uma tv LCD grande com clips românticos e alguns canais de putaria. Deixou no canal dos clips porque a música era bonita. Pulou na cama como uma colegial. Testou todas as luzes, ligando e desligando várias vezes. Apertou todos os botões e tirou a roupa num pulo. De menina sapeca virou uma mulher sensual. Deitou na cama se apoiando nos cotovelos e cruzou as pernas. Olhar de devassa. Ele a olhou por completo todo vestido em pé, ao pé da cama, e elogiou sua lingerie vermelha com corações brancos. Adorava vermelho. Descruzou suas pernas com carinho. Tirou sua calcinha. Fez sexo oral nela como quem beija. 

Pela manhã seu olhar ardia. Fizeram o desejejum depois de um bom dia carnal. Conversaram muito sobre tudo. Sobre família. Sobre valores. Ele lhe lançou um olhar terno e disse: "Nem acredito que estou com você aqui. Como eu podia imaginar que isso um dia ia acontecer". E ela sorriu. Era disso que ela lembrava tanto hoje. O olhar que parecia tão sincero. O tom de voz grave. O bom papo. Lembrava que não tinha conseguido dormir direito, passara parte da madrugada em claro só porque não sabia dormir acompanhada. Não esquecia de nada, pior, lembrava com riquezas de detalhes, com requintes de crueldade, e chorava. As lágrimas já formando sucos na pele parda sem viço. 


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O acaso zombava dela.

Mariá tinha decorado a placa do carro, assim quando visse na rua saberia que ele estaria por perto. Por meses olhou a placa de todos os carros pretos que passavam, mas nenhum nunca foi o dele. Desta vez estava distraída, mas as letras e os números pularam na sua frente. Quando se deu conta estava exatamente ao lado. Tentou manter a calma e a dignidade, buzinou três vezes para chamar sua atenção e talvez trocar algum cumprimento amigável. Buzinou, mas ele não ouviu. Foi aí que ela notou a outra no banco do passageiro: branca, cabelos longos, prestava atenção ao que ele contava, alguma história sobre assaltos, polícia, bandido, Mariah percebeu pela forma como ele gesticulava animado. 

O acaso zombava dela. O tráfego não colaborava. Foram alguns minutos observando enquanto era ignorada. Chegou a conclusão que ele fizera uma boa troca. Continuou observando e viu quando ela passou a mão pelos cabelos louro escuro de forma sensual. Viu quando trocaram beijinhos e afagos. Viu quando ele fez um carinho no ombro dela. Viu os olhares apaixonados. Viu os sorrisos de felicidade. A fila andou. Os carros da fila em que ele estava começaram a andar. Por um segundo achou que ele fosse notá-la. Achou que ele tinha lançado um olhar para a esquerda, para o seu lado, mas foi só impressão. Ele olhara para o nada. Ele a deixara para trás. Seguiu acompanhando à distância por alguns minutos até ele dobrar a esquina e sumir. 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Abandono

"Por mais que lhe dissessem que a amavam, não havia nenhum reconhecimento de que a prova disso fosse o abandono." (A Menina que Roubava Livros)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Gastamos horas nos atualizando, ao mesmo tempo em que geramos muito pouca notícia sobre nós mesmos. O que você tem feito? A população do planeta está em plena atividade, todos trabalhando, planejando, comemorando, matando, sobrevivendo, um mundo no gerúndio, sem interrupções, e a gente consumindo tudo isso, soterrados por tanta notícia, por tanto apelo, por tanta exigência de opinar, concordar, discordar. Você poderia estar ouvindo uma música agora, olhando pró céu. Você poderia estar regando suas plantas, poderia estar observando o barulho da chuva, poderia estar preparando um chá ou lendo um belo poema em vez desses meus lamentos. Não, não me abandone, mas deixo aqui uma perguntinha: você tem recebido notícias de si mesmo? 

 Martha Medeiros

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Tire-o da cabeça

Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar. Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. Permitir-se recordar, chorar, ter saudade. Um dia a ferida cicatriza e você, de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la. Com fórceps é que a criatura não sai. 

(Martha Medeiros)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Ensaio de Aniversário - por Fátima Nascimento

O primeiro foi um sucesso tão grande que resolvemos repetir esse domingo. Mais que só fotos, diversão total. Parabéns, Fátima Nascimento (http://fatimafotoarte.blogspot.com), missão dada é missão cumprida e você arrasou nas minhas fotos. A-mei e até 2015! 




domingo, 9 de fevereiro de 2014

Descarte.



Pensei que fosse amor. Depois lembrei que é só você quem sabe descartar bem.
Descarte. Desencane. É tudo desperdício de energia. E de amor. 

"Pensei que era verdade o que era sedução (...)
Quem é que consegue esquecer um olhar? (...)

Deixa eu te abraçar

Deixa eu te beijar
Eu te quero

Deixa eu te sentir

Deixa eu me iludir
Eu te espero

Seja sedução

Seja uma ilusão
Eu me engano

Seja o que quiser

Como você é
eu te amo".

Não sinto saudade dele, sinto saudade de quem eu achei que ele fosse...

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Bad trip

Curtindo a bad trip dos corticóides.
Sem sangramento, mass com depressão e ansiedade.
Cansada já disso tudo.