O filho do homem

 (Vinícius de Moraes)

O mundo parou
A estrela morreu
No fundo da treva
O infante nasceu.

Nasceu num estábulo
Pequeno e singelo
Com boi e charrua
Com foice e martelo
Ao lado do infante
O homem e a mulher
Uma tal Maria
Um José qualquer.

A noite o fez negro
Fogo o avermelhou
A aurora nascente
Todo o amarelou.

O dia o fez branco
Branco como a luz
À falta de um nome
Chamou-se Jesus.

Jesus pequenino
Filho natural
Ergue-te, menino
É triste o Natal.



Depois das 11:30 da noite, até que o Natal não foi de todo ruim.
Kedmma e Iris passaram aqui em casa e a gente resolveu seqüestrar Jamille, onde quer que ela estivesse, para que nos juntássemos a Gislene, e então, as cinco abandonadas chorariam as mágoas até altas horas.
Só que, não sei se infelizmente, nossos planos foram por água abaixo e rimos a noite inteira até o dia amanhecer.


Encontramos Jamille na casa da tia e então aproveitamos para filar a ceia de Natal da família da amiga.
Atentei para um presépio com reis magos, vaquinhas e manjedora de gesso, tudo muito colorido, no canto da sala. De certa forma achei-o interessante.
De lá fomos à casa de Gislene. Tudo muito pop, muito people, ceiamos novamente junto com a família dela e em menos de 5 minutos, até Jamille, que nunca tinha visto a tia de Gis mais gorda, já estava íntima. Daí em diante foi só diversão!
O ponto alto dessa festa de Natal foi quando o vizinho de Gis, deficiente físico que tinha uma perna mecânica, pra lá de bêbado, puxou Jamille pra dançar forró. Não se contentou, puxou Kedmma quando estava rolando um pagode.
Eu não me controlava de tanto rir. Só quem não dançou foi eu e Iris, mas ele não gostou da gente ter negado e levantando a perna defeituosa quase encostou no rosto de Iris, em sinal de revolta.
Depois de muitas risadas e muita conversa, a gente decidiu que estava na hora de chorar um poquinho, e tentamos com a ajuda de Alanis Morisette, mas aí o dia nasceu e a gente acabou esquecendo.

E assim foi a minha noite de Natal.
O meu dia foi sonolento... é até bom porque vou dormir mais cedo.
Mas o melhor de tudo foi o telefonema dele ;-), me surpreendeu!

Comentando os comments

Zeni, claro que aquele Natal marcou, mas não tanto quanto imagina, porque você nos conhece e sabe o quanto somos bobas-alegres e até hoje eu e Kedmma rimos disso. Foi uma gafe... e costumamos rir de gafes, seja lá com quem for.
Mas isso não significa que gostamos menos de você, muito pelo contrário, eu te amo mesmo e por isso não consigo ter raiva nenhuma e nem existe motivo pra ter. Te amo, nêga!

Beijinhos!

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