Antes de descer do ônibus ele me viu. Eu olhei pra ele e o achei mais bonito do que sempre. A camisa azul destacava o seu peito. A calça apertada marcava suas pernas. Seu olhos castanhos, sua pele clara, seu cabelos lisos. Realmente tô apaixonada. Aí já sabe... ciúmes na área.


O ciúmes de Dona Encrenca.

Sábado à noite, casamento da amiga dele. Ninguém negaria que ele era o mais bem arrumado dos padrinhos. Tava tão lindo que parecia ter sido maquiado, retocado, melhorado. Terno cinza. Perfeito.
Dona Encrenca resignada, sentou-se com a amiga pra esperar toda aquela cerimônia se desenrolar, quando a amiga comenta:
- Olha ali, a ex dele.
Dona Encrenca olha e é impossível não notar a beleza da garota. Alta, cabelos escuros e lisos na altura dos ombros presos num coque em que deixava cair alguns mechas, braços longos e brancos, rostinho afilado. Sentiu raiva. Raiva da brancura, do liso dos cabelos, da postura nobre.
Controla-se... até o momento em que o vê conversando com ela na saída da igreja depois de cumprimentar os noivos.
Ela olha pra ele, ele a vê. Recua um passo para trás. Movimento suspeito. Despede-se da ex e vai ao encontro da atual.
- O que é que ela queria?
- Pediu pra ir buscar a mãe dela em sua casa e levá-la para o local da recepção.
- E é? Já vi que você ainda tem muita intimidade. Vá, mas eu tô indo embora pra minha casa.
- Qué isso? - tenta segurar a sua mão, mas ela a retira com violência.
- Deixe-me.
Discussão baixinho no pé do ouvido pra não chamar atenção. A ex arranja outra pessoa pra buscar a mãe, mas senta na mesa em frente a deles na festa. D. Encrenca se recolhe a um catinho e fica o tempo todo calada, braços cruzados, pensativa. Ele tenta fazê-la entender que não tem mais nada com ela, que a mãe dela é uma ótima pessoa por isso o pedido e blá-blá-blá. Você é única, você é única, repete. Ela novamente duvida, e odeia de forma mortal os braços longos e alvos dela.

Hoje é o niver da minha amiga Nay

Feliz Aniversário, Amarela!

Sinto saudades das festinhas que ela organizava no trabalho. Sempre trazia um monte de comida e nunca esquecia os meus pãezinhos de queijo. Hoje em dia as festas se resumem a uma torta pequena e refrigerante.
Também sinto saudades das nossas tardes no cinema: Eu, ela e Marcus, muitas risadas e brincadeira bobas.
Só não sinto saudades das nossas brigas. Sempre gostei da Amarela, mas mesmo assim brigamos feio e ficamos um tempão se estranhando. Parecia coisa de gurias de colégio. Normal.

Beijos, Nay!!!!

Pra relembrar: Fotos dos meu coleguinhas de trabalho (Nel, Eu, Marcus e Nay) e uma foto louca que Marcus deu uns retoques especiais (Doidjonas!).
E veja as fotos da Atalaia Nova.
www.vejafoto.com.br/soberana

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