Tem remédio pra paixão?



(...)
"E quase o ano inteiro os dias foram noites
Noites para mim
Meu sorriso se foi
Minha canção também
E eu jurei por Deus não morrer por amor
E continuar a viver

Como eu sou um girassol, você é meu sol

Eu tento me erguer às próprias custas
E caio sempre nos seus braços
Um pobre diabo é o que sou
Um girassol sem sol
Um navio sem direção
Apenas a lembrança do seu sermão

Morro de amor e vivo por aí
Nenhum santo tem pena de mim
Sou agora um frágil cristal
Um pobre diabo que não sabe esquecer
Que não sabe esquecer

Como eu sou um girassol, você é meu sol"


(Girassol - Ira)

Sábado. Noite chegando. Ele liga pra dizer que não podia me ver porque ia levar a amiga e um primo da amiga pra o shopping. "É que ela está com a habilitação vencida, pediu pra eu levá-la então".
Como sempre, tentei me controlar, mas não consegui. Por que eu não poderia ir também? Ouvi a amiga dizer: "Chame ela também". E acabei indo junto.
Pra começar, não tinha primo de amiga nenhuma, era a outra amiga, uma ex-ficante. Normal, eu já conheço a menina, ela também tem namorado, por que a mentira? Não entendi nada. Mais uma vez tentei ficar calada, mas não consegui. Que diabos! Por que sou tão explosiva?
Fui o passeio todo com o coraçãozinho apertado. No final ele me deixou na igreja e foi pra casa das amigas conversar. Sentei no banco com um monte de amigos e me senti terrivelmente só. Solidão acompanhada - o pior.
E dizem que sou paranóica, que preciso me tratar, que preciso consultar um psicólogo, que preciso de Diazepan.

Tem remédio pra paixão?

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