sábado, 20 de agosto de 2011

Mulheres na Construção Civil

"É nóis"! 

Às vezes penso que talvez eu tivesse sido uma boa advogada ou uma ótima juíza, se tivesse feito Direito. Ou uma escritora best-seller, se tivesse feito Letras, ou até mesmo uma jornalista de destaque, já que adoro contar histórias, mas escolhi a engenharia e engenheira sou há 10 anos.

Costumo dizer que vivo uma relação não correspondida com a Engenharia, eu a amo, mas a recíproca não me parece ser verdadeira. rs! Talvez eu esteja sendo injusta, porque mesmo com alguns perrengues, alguns problemas de saúde e vários "gritos" no trabalho, eu consegui alcançar muitos objetivos trabalhando nessa área.

Algumas pessoas se admiram, acham muito "chique" a profissão de engenheiro. Eu acho graça porque, particularmente, não vejo glamour nenhum. É uma profissão sofrida, onde muitas vezes o piso salarial estipulado não é obedecido pelas empresas e onde se trabalha muito, de domingo a domingo, na maioria das vezes, onde tudo é muito corrido, os prazos precisam ser cumpridos, o Planejamento, Custo, Orçamento obedecidos e controlados. Não é nada fácil, mas o mais difícil para mim como engenheira num ambiente predominantemente masculino, é esquecer um pouco meu lado doce e mostrar pulso firme, agir mais com o intelecto do que com o coração.

Vivi, recentemente, um período estressante e marcado por uma crise de identidade profissional (ser ou não ser, eis a questão), mas hoje posso dizer com propriedade: sou engenheira civil e tenho muito orgulho da minha profissão. 

E, numa versão Trecho reformulada, sigo cantando Cidadão de Zé Ramalho: "Tá vendo aquele gasoduto, moço, ajudei a enterrar"... Eu posso morrer sem nunca ter plantado uma árvore, mas posso dizer que colaborei para o progresso do Brasil e vou poder contar isso para os meus filhos. 

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