"Não tinha aparência nem formosura; olhamo-Lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dEle não fizemos caso". (Isaías 53:2 e 3)

Com demasiada freqüência julgamos as pessoas por sua aparência.
Mozart estava noivo de um moça que se sentiu infeliz com sua escolha e rompeu o noivado. Mais tarde, quando o mundo começou a reconhecer o seu gênio musical, ela comentou: "Eu nada sabia da grandeza do seu gênio. Via só um homem pequeno".
(Meditações Diárias - Boas Novas para Você)

Estava eu revoltada, escrevendo mais uma da série "Não me faça te pegar nojo", quando abri esse livro e li o texto acima. Verdade mais verdadeira não existe, a vinda de Jesus até a terra foi mais que perfeita. Em tudo Ele foi tentado e provado. Não há nenhuma aflição humana que ele não tenha sofrido, logo Ele conhece todos os nossos sentimentos de experiência própria. Até a dor da paixão não correspondida Ele sentiu, não pelo sexo oposto, claro, mas pela humanidade inteira, a qual Ele amou com toda a sua alma e no entanto O rejeitou.
Ele veio a terra da forma mais humilde que existe. Não era bonito, não fisicamente, digamos que Ele não era um Brad Pitt ou um Tom Cruise, "não havia nenhuma beleza que nos agradasse", não era rico, não tinha carro do ano, nem roupa de marca. O que as pessoas veriam Nele? Um homem bonzinho (ninguém gosta de pessoas boazinhas), que de vez em quando estava proferindo palavras de fogo, duras ao ouvido, deixando todo mundo sem graça, com a carinha mexendo. Ao mesmo tempo era um homem de poder, fazia milagres, falava palavras bonitas, amava os que não eram amados por serem considerados demasiadamente pecadores.
Se Ele voltasse hoje, penso que seria a mesma coisa. Se Ele viesse hoje como um homem humilde, não com grande poder e glória nas nuvens dos céus, seria novamente crucificado. Não só pelo mundo, mas também pela igreja. Vejo que depois de tanto sacrifício pouca coisa ou nada mudou. É uma pena! "Jesus chorou" e deve ainda chorar por isso.


E aí vai: Não me faça te pegar nojo!


Por que o povo só sabe julgar pela aparência.

Cheguei num salão de beleza e não fui bem tratada. Fizeram um "trabalho seboso", como diz meu pai, e eu reclamei, claro.
No outro dia fiquei sabendo: não me atenderam bem porque eu não parecia ter dinheiro. Porque entrei lá vestida de saia jeans e blusa, e de "a pés", ou seja, não estava motorizada de forma nenhuma.
Como eu soube? Uma das cabelereiras, comentou com outra cliente, que é minha colega de trabalho, que me contou (Aracaju é pequena, gente, e o povo esquece disso!). Ela disse que quando eu reclamei, elas se retiraram porque não se aguentavam de tanto rir.
Vocês devem imaginar a minha revolta. Mais revoltada fiquei quando ouvi minha colega dizer: "da próxima vez vá mais arrumadinha, mostre que você é uma engenheira!".
Ah, você acha que eu vou? Vou. Vou com meu vestido longo de R$300,00, minha bolsa de R$200,00 e meu sapato de R$100,00. Ainda vou escrever uma faixa pra colocar na minha testa: Sou Engenheira Civil, tenho um título, me chame de Doutora e me tratem bem, porque tenho dinheiro o suficiente pra pagar o trabalho de vocês. A faixa é grande? Minha testa também. Assim como a minha revolta.
Sinceramente! Até quando as pessoas vão rotular outras pelas aparências? Até quando vão tratar uns aos outros por apelidos como "negrinho", "gordinho","baixinho", "aleijadinho", "mudinho", "ceguinho"? Até quando vão pensar que pra tratar alguém com educação e bons modos é preciso que essa pessoa tenha uma boa casa e um bom carro? Se pra isso eu preciso ostentar o que tenho, prefiro ser maltratada.

Ah, fiquei tão enojada dessa vez que preciso sair pra vomitar.

Falei e...

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