Quando uma mulher não ama um homem

Às vezes penso que existe uma proporção inversa entre o quanto você gosta de uma pessoa e o quanto essa pessoa te dá atenção. Deve haver uma explicação matemática pra isso, uma fórmula mesmo que empírica: gostar = 1/atenção.
Eu sei que não acontece só comigo, mas acho que comigo é sempre com maior freqüência, que neste caso também é o inverso do período, fisicamente falando, que é o tempo para se completar um ciclo. No nosso caso, pode ser o ciclo da vida, ou não. Contrariando a fórmula, quanto maior a freqüência da ocorrência desse fato, maior será o tempo para que eu consiga atingir todas as etapas do meu ciclo de vida, que no meu caso, é namorar, noivar, casar, ter filhos, netos e se der, bisnetos. Se der, porque acho que vou ser uma velha muito chata. Ou não.
Tá, vou falar uma linguagem menos matemática, e partir diretamente para o ilógico, surreal e por quê não dizer, anormal. Porque pra mim, o certo seria gostar de quem gosta de mim, ou fazer com que goste de mim aquele de quem eu gosto, namorar sem stress, noivar numa festinha familiar, e casar num mega evento. Assim. Facilmente. Com alguém que seja semelhante a mim.
Mas, não. Vai a física novamente e diz que opostos se atraem. Já me atraí por tantos opostos sem que desse certo que acabei criando um campo ao meu redor, repelindo todo e qualquer elemento que não seja da mesma natureza e composição que a minha. Uma reação minha com qualquer um deles teria um resultado bombástico.
Mas não sei o que acontece... alguma brecha na camada de "ozônio", talvez, e lá estão aqueles raios cancerígenos ao meu redor tentando um contato maior. Querem me destruir! E é aí que entra a minha teoria onde tento provar matematicamente: por mais que eu tente repeli-los, por mais que eu seja clara nos meus objetivos (que se resume a não corresponder), por mais que eu diga não, mais eles me perseguem e me desejam, incansavelmente. São como bactérias que se tornam mais resistentes com o uso de antibióticos. E antes que eu fale mais besteiras, deixa eu contar logo a minha história:

Ele me liga de 10 em 10 minutos. Quer dizer, ligar mesmo pra falar de 30 em 30 minutos. No intervalo dessa meia hora ele dá toques no meu celular. E quando liga nem tem mais o que falar: "E aí? Conte-me uma história" - é só o que me diz, depois, claro de perguntar onde estou e como estou.
Ontem extrapolou. Deu toques no meu celular de 5 em 5 minutos. À noite me ligou dizendo que queria me ver. Eu nem tinha chegado em casa e disse: "Ta, quando eu chegar, eu ligo". Mas ele não esperou. Ligou dizendo que estava por perto e que ia passar pra me ver. Eu, mais uma vez, com toda paciência do mundo: "Tá, quando chegar, basta dar um toque que eu sei que é você". Jacaré deu um toque. Ele deu mil. Ligou 3 vezes pro meu celular e duas a cobrar para o meu telefone fixo. Quando atendi, disse: "Estou aqui embaixo".
Dã! Meu amigo, eu disse UM TOQUE. UM É DIFERENTE DE MIL, APESAR DO ZERO SER UM NÚMERO NULO, EM MIL TEM 2*, O QUE O TORNA COMPLETAMENTE DIFERENTE DE 1. EU DISSE UM TOQUE. MAS ACHO QUE VOCÊ NÃO ENTENDEU PÓRQUE NÃO TINHA UM DESENHO, NÉ?
Quando eu desço (ou eu sou muito boazinha ou muito burra), ele me fala: "Como você é bronqueira!" e completa "vou te sequestrar!"
Como assim, Bial? Seqüestrar?????!!!!!
"É, é que vou viajar amanhã e depois de amanhã, então não vou poder lhe ver".
Ufa!
"Então, hoje eu quero ficar com você o tempo que puder".
Aí, inteligente como sou, soltei: "Ah, que pena! Não vai dar. É que hoje a Maria Clara vai dar um surra na Laura e eu não posso perder. Fica pra próxima, ta?"
E ele ainda tenta: "Mas, amanhã? Você promete me ver?"
Detalhe: eu não namoro esse cara, nunca namorei e nem pretendo. Mas ele não desiste.

Falei e Disse.
Raciocinando: quem eu quero que me ligue, não me liga, né? A vida é injusta.

*Sorry! Claro que 1000 tem 3 zeros. Como disse, foi um lápis... lápis, não... lapso. Na hora da raiva nem contei.

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