sábado, 31 de julho de 2004


"Se o sonho acabou, não sei meu amor
Nem quero saber
Só sei que ontem à noite
Sorrindo acordada
Sonhei com você"

Sweet Dreams

Sonhei. Dormindo mesmo. O sonho não era bom, mas não quis acordar. É que ele estava lá, mesmo distante como é na realidade, mas só a presença (mesmo ausente) me bastava.

(E vocês, pessoas, têm que parar de achar que tudo que escrevo aqui é sobre mim!)

Post "Meu Querido Diário": A tarde de ontem com Fábio.

Almoço no shopping. Eu, desastrada, derramei o meu copo de refrigerante. Roubei um pouco do de Fábio. Mil beijinhos e carinhos sem ter fim.
Mais tarde ele me levou ao salão de beleza da amiga. Hoje de noite é o casamento de uma amiga dele e ele vai ser padrinho. Se meu namorado vai estar lindo e gostoso todo de terno, também devo estar linda e gostosa, então fui dar um trato na cafuba. Ele ficou lá, me esperando o tempo todo. Mil beijinhos, entre uma hidratação e outra. Mil carinhos sem ter fim, entre um secador e outro.
Depois, casa de sogrinha. Bolo de chocolate e suco. Os sobrinhos dele grudados em mim. Lethycia pedindo pra eu dormir lá com ela, Camila amarrava meu cabelo, e Fábio dizia: "Agora você arranjou!"
Pra terminar, casa de titia Salete, tia de Fábio, mãe de minha amiga Jamille. Lá me sinto em casa.

Fim do dia na igreja ensaiando com minhas amigas.
Dia 15 de agosto teremos Audição Musical com o Trio Lúmen, Quarteto Vivace e Grupo Feminino, às 19 horas na Igreja Adventista do Sétimo Dia Movimento de Reforma.
Todos já estão convidados, e o endereço é Rua Monte Castelo, 407 - 18 do Forte.
Quero a presença de todos os meus amigos, ok? Vão lá me ouvir cantar.

Falei e Disse.

sexta-feira, 30 de julho de 2004

Hoje é o niver de Fábio.

O que posso dizer? De repente me faltaram palavras.
É que lembrei que antes dele me sentia extremamente sozinha. Os dias eram vazios e cheios de melancolia. Drama? É mesmo. Mas não gostei de ter passado o Natal e Ano Novo sozinha. Muito menos o dia do meu aniversário. Tá ok, eu estava com a louca das minhas primas, mas até elas estavam sozinhas.
Eu era só, mesmo quando estava acompanhada, aí ele chegou e fez tudo ficar diferente.

Quando o vi pela primeira vez, em setembro do ano passado, perguntei se ele precisava de uma engenheira. Ele riu e disse que sim, que de certa forma precisava de reparos na sua estrutura. Eu também ri e trocamos telefones, mas não quis sair com ele, achava que fosse muito novo pra mim.
Em junho desse ano, não sei por quê, não sei como, lembrei dele e o procurei, mas nunca o encontrava. Com a ajudinha de uma amiga, ele voltou a ligar pra mim. Na mesma semana perguntei quando a gente poderia se ver e ele foi à minha casa.
No dia seguinte, ele me chamou pra sair com um monte de amigos. Levei minha prima comigo, mas parecia que só existia nós dois. Quase 12 horas juntos, abraçados, conversando, rindo. Apresentou-me a todos os seus amigos. Não largou da minha mão um minuto. Fiquei apaixonada pelos seus olhos, pelo modo de tratar as pessoas, pela alegria contagiante.
Depois me ligou algumas vezes, combinamos de sair de novo. Aí veio aquela agonia que dá dentro da gente que não tem explicação... e se ele só quiser ficar comigo? Se quiser ficar só de vez em quando?
Ah, não. Nunca gostei de ficar. Sempre me apego e sempre tenho que ouvir: "a gente está só ficando", eu não ia ficar esperando por isso, queria ouvir logo e ter o direito de escolher se ficava ou ia embora.
Perguntei. Praticamente pedi em namoro. Ele riu, disse sim, e a gente não se desgrudou mais.

Hoje ele fica um ano mais velho, a diferença de idade continua, mas isso não vem ao caso.
E o que tenho pra dizer não escreverei aqui. Deixo pra falar no ouvido dele, bem baixinho, mais tarde quando ele vier me pegar pra almoçarmos juntos.

Feliz Aniversário, lindo!!!!

Falei e Disse.

As desconfianças de Dona Encrenca





Tenta consolar a amiga que está aos prantos por causa da traição do namorado.
- Mulher, e ele mentiu quando disse isso. Mentiu quando disse aquilo. Eu sem saber de nada, todo mundo mangando da minha cara. É como dizem, corno é o último a saber.
"Meu Deus!" - pensa Dona Encrenca - "Ele também pode estar me traindo".
E logo articula."Ontem eu disse que queria ir na casa da mãe dele e ele disse que me levaria. Mas hoje já me veio com outra história, disse que queria ir ao shopping... se ele não quiser me levar pra casa da mãe dele é porque..." e veio a luz: "A outra mora na mesma rua!!!!!"
Passou o dia nessa consumição. Ia rodar a baiana se ele não a levasse na casa dele naquela noite.
Como ele tinha dito, foram ao shopping. Ela, atenta a todos os movimentos. Ele, super conhecido, falava com todo mundo, e geralmente, mulheres.
- É ela, né?
- Quê?
- Nada.
Mais uma conhecida.
- É essa?
- Do que você está falando?
- É essa a outra? É ela que mora na sua rua? É com ela que você está ficando? - e já ia descarregar. Mas ele, já se acostumando com as crises de ciúmes de Dona Encrenca, super compreensivo e bem-humorado, apenas ri, abraçando-a e repetindo em meio a mil beijinhos:
"Você é única, meu amor. Não há mais ninguém"
Lindo, não? Profundo. Ela se derrete. Mas, no fundo, no fundo, duvida.

Falei e Disse.

quarta-feira, 28 de julho de 2004

Ela está de volta! A Domadora de Cabelos




Episódio Anterior: Domadora é pega em flagrante pelo noivo, debaixo da mesa, tentando se desvencilhar dos grampos que prendiam seus cabelos ao redor da cabeça.

Episódio de Hoje: Dona Chuva - a arquiinimiga da Domadora de Cabelos.

A vítima: A amiga de uma amiga.
O vilão: Dona Chuva
A super-cocaína (Tsc, cocaína, não... heroína): A domadora de cabelos com sua infalível arma Joãozinho Nero.

Mês de junho. Festas. Forró. Chuva. Combinação imperfeita com cabelos de verão super domados.
A amiga de uma amiga está numa festa, dançando forró a noite toda com o noivo. De repente começa uma chuva fininha que logo pára, mas em seguida logo vem uma estranha sensação, uma sensação de que seus cabelos começaram a levantar vôo. Pergunta ao namorado:
"Amor, como está meu cabelo?"
E recebe como resposta: "Está lindo. Perfeito."
Mas a sensação permanece. Sente um efeito parecido com o cuscuz ao leite. Algo que incha, que se eleva, que parece flutuar acima dela.
"Meu bem... meu cabelo... como está?" - ainda pergunta, sem parar de dançar.
"Já disse, minha querida. Está bom!'
E continuam dançando até o dia amanhecer.
Fim da festa. Ela ainda tenta domar momentaneamente os cabelos rebeldes segurando-os com as mãos, mas ao chegar em casa, soltando-os em frente do espelho, vê o grau da situação: Cabelos nas alturas. Fuá. Maçaroca. Pareciam ter vida própria e ela quase percebeu um certo movimento como madeixas da Medusa.
O que lhe restava fazer? Agora, quem poderia socorrê-la???
Ela - a Domadora de Cabelos - com seus grampos e cremes super-poderosos. Além disso... chorar.
Chorar e lavar os cabelos, mesmo morrendo de sono, mesmo cansada. Chorar de raiva por saber que muitas pessoas lhe viram naquela situação periclitante. Domar os cabelos fazendo uma touca, nero, joãozinho, como queiram chamar, e ir dormir, depois deles estarem menos molhados.

(Está história é real. Aconteceu com uma amiga de uma amiga. Mas não posso revelar e verdadeira identidade)

Lembrei de outra amiga, que também não revelarei o nome. Uma amiga que confessou que quase faz pipi de tanto rir ao ler o primeiro episódio da Domadora de Cabelos. Isso tudo porque ela nunca doma os cabelos, mas no dia que leu o meu post, estava de mãos dadas com a Domadora. Tinha feito uma touca no cabelo. Que coincidência!

(...)

Parecem que passaram ferormônio em mim. Segunda-feira foi O DIA. Nunca fui tão assediada. Sem comentários.

(...)

A quem interessar possa. Fabinho está bem, lindo e gostoso como sempre (aquele homem tem umas pernas!) e só tirei a foto daí do lado que era pra não gastar.
Ontem fui pra casinha de minha sogra pela primeira vez. Fui logo recebida pelos sobrinhos de Fábio com beijos e abraços. A prima dele, minha amiga Jamille, também estava lá e meu deu um super abraço. Minha cunhada doida, Sheilla, fez a maior festa, e bati o maior papo com minha outra cunhada Adriana que é surda e muda. Minha sogra também é uma pessoa maravilhosa. Como é bom receber o carinho de todos.

(...)

Sweet Memories

Aeroporto de algum lugar. Duas pessoas num carro conversando:
-Eu tenho maior dificuldade com o espanhol... mas adoro inglês.
-Você fala fluentemente?
-Sim. Quer dizer... falava... não sei agora...
-Eu falo espanhol fluentemente, sabia?
-Sei...
-Como sabe?
-É que eu já te ouvi falando...
-Ouviu? Onde?
-...

"Os meus olhos sentem falta dos seus
O meu corpo sente a falta do seu
A minha alma sente a sua falta

Mas nada vai fazer com que eu desista
Nada é pra sempre
Eu sei que sou capaz
A vida não é isso, ela é muito mais
Só tenho que dormir de novo
Prá sonhar de novo"


(Capital Inicial - Seus olhos)

domingo, 25 de julho de 2004



"O amor é um sentimento tão delicado que às vezes a gente se satisfaz apenas com a ilusão de que ele existe".
(By Dieguinho)

Não sei quem é Dieguinho, só sei que ele falou isso e minha prima achou que fosse um consolo. Eu achei triste. Mas é verdade. Muitas vezes me conformei com migalhas de amor. Ficava como um cachorrinho, abanando o rabo, olhando pra cima, pra mesa do dono que comia em abundância, enquanto eu morria de fome e de vontade. De vez em quando era enxotada, mas voltava com as orelhas baixas, fazendo "huuuimm, huuuimm!" e com os olhos marejados de lágrimas (ou encharcados delas), até a próxima patada que fosse definitiva.

Sempre ficava na esperança de que a pessoa gostasse de mim de alguma forma, que fosse ficar comigo de alguma maneira, na ilusão de que me amasse, apesar de toda rejeição.
E olha que dói. Rejeição é quase como uma dor física. Dói na alma. Tudo perde a cor, perde o brilho, nada vale a pena. E não é drama. Só sabe como é ruim quem sente.
Já senti muito isso. Hoje não mais. Mas ainda choro quando ouço alguém me conta que foi rejeitada, que foi trocada. Choro junto. Parece doer em mim.
O bom é que tudo passa. Mas ainda sinto um arrepio na espinha quando lembro.

Também já rejeitei. Até hoje me sinto culpada por isso. Eu não queria, não foi de propósito. O peso da consciência foi por que fui cruel, apesar de não ter sido insensível. Mas já paguei por isso, na mesma moeda. Todo mundo paga. A lei da ação e reação.
Isso é meu consolo.

Falei e Disse.


E continuo com a sessão de fotos do Niver de Pedrinho, no Vejafoto.
Próxima sessão será sobre o passeio na Atalaia Nova, mas aí ainda estou pensando se publico "certas fotos".

sexta-feira, 23 de julho de 2004



Vixe, aqui tá um vazio.
Só ouço o meu pensamento.
O que será que está acontecendo?
Onde estão meus amigos?
Por que ninguém mais entra aqui nem me diz coisa alguma?
Zero comentário.
Visitantes esporádicos.
Estou me achando como no filme Os Outros. Será que morri e não sei?
Esse silêncio...

ESTOU SÓ!!!!!

estou só, estou só, estou só, estou só... (responde o eco)

quinta-feira, 22 de julho de 2004


"O tempo seca a saudade,
seca as lembranças e as lágrimas.
Deixa algum retrato, apenas,
vagando seco e vazio
como estas conchas das praias".


(Canção do Amor Perfeito - Cecília Meireles)

O que posso falar hoje?
Completa falta de inspiração.
Não sei se conto a história do gato...
O gato que me perseguiu na rua até minha casa e eu acabei convidando-o a entrar, dei leitinho e fui dormir. Acordei com o bichano dando massagens nas minhas costas. Depois se aninhou e dormiu, junto comigo, grungando o tempo todo.
Agora, entendam a minha cabeça: pegar um gatinho na rua, tá certo que ele era fofo e lindo, mas deixá-lo ficar na minha cama e ainda dormir em cima de mim, foi demais. Acho que comi cocô. Cada idéia que tenho.

Sim, mas não ia falar disso... sei lá do que ia falar.
Ia falar desse sentimento estranho que percorre todas as concavidades da minha alma. Ando pela cidade e parece que estou me despedindo de cada coisa. Percebo coisas diferentes, cores diferentes, lugares por onde passei tantas vezes e agora parecem ter outra luz e tento guardar na minha memória. Eu sinto mesmo que estou indo embora daqui. Será que vou morrer? Ou será mesmo que comi cocô?

Em busca de inspiração, entrei num blog que tenho aí, que não serve pra nada a não ser pra guardar coisinhas, e acabei encontrando esse comentário da minha prima. Leiam.

"Engraçado, pra não dizer frustante!
Estava essa noite pensando "k" com meus botões e você a de me dar razão à conclusão que cheguei: Quando Deus disse que a mulher iria sofrer de paixões pelo homem (Gn 3:16), Ele realmente não estava brincando! Quer ver só uma coisa?
Na nossa infância, com Rayate, Rambo, Van Damme, Super-Man... vivíamos suspirando feito umas bobonas. Cansei de inventar estorinhas com o Change Kriffon, com ele me arrancando daquelas bengalonas do Guiodae: "Andréa meu amor, estou indo". Eita, que a gente sofreu um bocado! Até aquele gurizinho do filme O Campeão arrancou algumas lagriminhas da gente! ("Acorda, campeão. Vamos pra casa").
Aí o tempo passou, chegamos à adolescência! Mudaram os personagens, a cena se fez real, mas o roteiro continua o mesmo. São C., E., N., R., D., Ewertons, Jeans, Isaías, Marcelos... Enfim (?), continuamos NÓIS NA FITA!
Tô meio deprê hoje, Acho que deu pra perceber, né? Chêro!"

Dreca | 06-07-2004 17:28:59


Nossa, essa mulher aí tem história de corações partidos pra mais de 7 blogs. E pra cada história uma trilha sonora, venderia até CDs. Vou acabar contando aqui algumas coisas, assim, como se fosse inventado, mas todo mundo sabe que é de verdade.
Ah, o amor! O que é isso???? Essa dor que dói no peito e etc, etc, etc...

Tô vazia mesmo hoje...
Mas do que era que eu queria falar?
Ah, já sei. É que são 14:30 da tarde, ainda não almocei, não tomei café-da-manhã e tenho que ir pra aula de piano às três. Como eu precisava vir de tarde pra terminar um trabalho, resolvi ficar pra não ter que voltar.
Moral da história (?) - tentei imprimir 20 orçamentos e a porcaria da impressora é tão lenta que já tem uma hora que está só fazendo isso e não terminou. Ainda me inventa de puxar duas folhas só pra tornar as coisas mais complicadas.
Era isso que eu queria contar pra vocês hoje!!!!

Hum...

Acho mesmo que comi cocô.

terça-feira, 20 de julho de 2004

Cheiro da Terra

 (Chico Queiroga e Antonio Rogério)

Lá vem o dia despertando a natureza
Vou seguindo a correnteza na incerteza de chegar
Dia após dia noite e dia sem cessar
Tanta dor tanta agonia eu aqui não vou não ficar
Eu quero o cheiro das manhãs da minha terra
Ver o sol nascer na serra e o vento norte a soprar
Eu quero mesmo é ficar bem juntinho dela(e)
Na praia de Atalaia (Nova) mirando as ondas do mar

Mirando as ondas do mar
Mirando as ondas do mar

Post: Meu querido diário
- Meu final de semana na praia -

Como tinha dito, esse final de semana eu fui pra Atalaia Nova. Fiquei quase dois dias numa casa de praia, com mais 12 pessoas, num lugarzinho pitoresco onde só moram pescadores. Pra chegar lá é preciso pegar um barco e só nessa travessia de meia hora já valeu a pena.
Fábio me disse que a gente veria golfinhos no rio e eu duvidei. E não é que tem mesmo? Não sei de qual espécie, sei que os vi pulando perto do barco. Não sei exatamente se eram golfinhos, acho que eram botos, mas qual a diferença? Eu como bióloga, sou ótima engenheira.

Sábado à noite, eu, Kedma e uma amiga de Fábio chamada Juliana ficamos brincando na chuva. Feito três crianças. Pulando e dançando, puxando o povo mais sério pra roda. Os outros amigos de Fábio não quiseram se enturmar. Ficou parecendo que eles eram os donos da casa e nós algums intrusos. Chamo de nós: Eu, Kedma, Gabriel, Alysson e Juliana. Fábio e a irmã eram café-com-leite, mas mesmo assim não conseguiram unir os dois grupos. Ah, não gosto quando essas coisas acontecem.
Mesmo assim, a gente tomou conta! Fizemos nossa festa!

No domingo de manhã, acordei com o som das ondas.
Brinquei de ser fresca no café-da-manhã só pedindo coisas que eu sabia que não tinha (com a ajuda de Kedma, claro, companheira de perturbação) e Fábio acabou saindo pra comprar outro tipo de comida pra mim. Mas juro que eu não pedi!
Depois a gente foi pra praia. Na ida, sol. Na volta, chuva. Tomamos banho de mar. Mar e chuva. Fábio teve que voltar correndo porque estava com a sobrinha e ela estava gripada, não podia ficar na chuva. Oh, tão lindo com seus cuidados paternais. Fiquei com Kedma e Juliana tomando banho de roupa, com as sandálias e os óculos na mão. Três doidas!

Mas, porém, contudo, entretanto, eu não podia deixar de ficar um pouco melancólica, nem naquele momento. Tá certo, a tristeza tava bem longe. Longe mesmo. Não estava nem do outro lado do rio. Não do rio Sergipe.
A gente ria de tudo, até do cavalo que coçava as costas sossegadamente no orelhão que a gente queria usar. A gente riu de Alysson, primo de Fábio, fingindo que era turista e tirando fotos dos guris que brincavam na rua. Os meninos faziam poses, ele fingia que batia a foto e agradecia com a maior cara de gringo. A gente ria até brigando por besteira. Ria brincando de vôlei com uma bola imaginária numa rede real: "Oh, o bloqueio! Bloqueio! Bloqueio!!" - e todo mundo pulava.
Quanta besteira! Quantos beijos! Quantos carinhos sem ter fim.
Mas eu não podia deixar de ser melancólica. Ah, eu não.

Aracaju vista da praia de Atalaia Nova


Quando começou a chover, quando entrei no mar de águas mornas, quando olhei pra o farol do outro lado, em Aracaju, quando voltava no barco, olhando as luzes, os prédios iluminados, vendo o quanto a cidade que eu moro é bonita... lembrei do tempo que eu detestava esse lugar. Lembrei da primeira vez que estive ali naquela praia com alguém de quem não gostava e com o coração tão apertaaado!
Lembrei de um tempo não muito distante em que me sentia tão sozinha que queria ir embora pra qualquer outro lugar só pra não sentir mais aquela dor. Eu queria ir embora pra Pasárgada. Queria ir embora pra algum país distante.

Hoje Pasárgada é aqui. E eu não me sinto mais sozinha. Mas o coração tá apertado...
Ninguém sabe... só eu sei de uma coisa: o final da festa é o melhor dela.
Tenho medo disso.

P.S.: Vi o link em Tatipiv e fui lá ver qual a profissão ideal pra mim digitando meu nome.
Para Erika deu Pupeteer que eu com meus parcos conhecimentos de inglês, deduzo que seja alguém que bole com aqueles marionetes.
Pra Rúbia deu Super Model - Chique, hein? Eu já sabia da minha semelhança com a Gisele!
Agora pra combinar, digitando Fábio, me disseram que ele deveria ser um Movie Star - uma estrela de cinema. Que ele tem uma cara linda, isso eu sei. Agora se tem vocação pra ator...

Ah, o link está aqui.
E veja fotos aqui.

segunda-feira, 19 de julho de 2004

Hoje eu quero ser piegas, posso?




1 mês. Bodas de quê? Bodas??? A gente nem casou ainda. Ainda não.
Mas hoje eu ganhei pela primeira vez na minha vida um buquê de rosas.
Ontem eu estava lembrada do "nosso aniversário". Ele falou disso inúmeras vezes. Ontem o dia foi especial. Cara, esse post tá parecendo coisas de "Meu Querido Diário", mas é que fiquei boba mesmo. Eu fico meio boba quando estou com ele. Eu fico dengosa, eu faço manha de propósito... e ele sabe disso... não leva a sério... humpf!
Mas eu recebi um buquê de rosas e meu irmão comentou: "De todos os namorados que você teve, parece que esse é o que te trata melhor". E eu estava reclamando. Reclamando porque já tinha ligado pra ele 3 vezes e ele não estava em casa. "Ele me disse que ia pra casa e depois vinha pra cá!"
Nem as ligações pra o celular ele atendia. "Ah, ele tá com onda!" - falei pra Vi no telefone. Mulher desconfiada é o fim! Eu sou. Sou mesmo. Detesto tomar bolo. Detesto ficar esperando.
Mas fiquei sem graça, calei minha boca quando vi um cara entregando o buquê de rosas e um cartão. "É pra mim, mesmo?" - mulher incrédula também é o fim.
Lembrei da primeira vez que ele veio aqui na minha casa. A gente nem tinha ficado, nem tava namorando coisíssima nenhuma. Eu abri a porta e ele disse: "Nossa, como você está linda!" - assim. Só isso. Não disse boa noite, não disse oi. Abri a porta e ouvi isso. Fiquei encantada.
No dia seguinte a gente começou a namorar. Mas eu não sabia disso. Nem ele. Era 19 de junho de 2004.
Há um mês atrás... do túúúnel do tempo!

sábado, 17 de julho de 2004

Leiam Tops de Linha.
Tô lá com o último post da semana: "Tá ruim pra todo mundo".
Tem até quebra-pau nos comentários. O negócio tá ficando bom.
Vou sumir esse final de semana. Mas me procurem, sabendo que estarei em alguma ilha do Atlântico, mas não estarei perdida. E não será uma ilha deserta. Que pena.


Beijos a todos!

sexta-feira, 16 de julho de 2004

Conversa de bobalegres


Queria saber...
Por que meu cabelo em vez de crescer, encolhe?

(...)

Ele nem queria ir. Tinha passado a tarde na rua resolvendo as coisas da casa de praia pra o fim de semana, tinha limpado vômito da sobrinha no carro, era seu dia de folga e nem pôde descansar, mas eu choraminguei: "ah, vc não quer me ver!" - e ele foi.
Encontro de corais de Sergipe. Eu gosto... mas e ele?
Parecia concentrado, sério. Será que ele vai ficar entediado? - pensei.
Enquanto o coral se apresentava, me mostrou uma mulher que disse ele parecer uma sertaneja, uma raladora de milho, daí começou a chamá-la de Emília. Achou a pianista com cara da Nicete Bruno, e quando o coral saiu, bateu palmas e se despediu do Sítio do Pica Pau Amarelo.
Dessa vez a apresentadora anunciou: "Coral da COHIDRO" - então ele disse: "Trabalham com água, devem vir vestidos de azul".
E lá estavam. Azul turquesa. Blusas esvoaçantes. Risadas contidas.
"Coral do IBAMA!" - e dessa vez Jamille disse: "aposto que todos estão de verde".
Sim, verde musgo. Calça e blusa. Risadas.
Quatro crianças completaram o coral. Quando entraram na penúltima música, ele disse: "Aposto que vão imitar algum bicho" - e eu completei: "Sabia que quem trabalha no IBAMA ganha um dinheirão pra pegar urubu no aeroporto? - Mais risadas.
E quando anunciaram o coral do DER, eu logo deduzi: "Todos vêm vestidos de estrada. Roupa preta com duas faixas no meio".
Mas eles vieram vestidos de placas de sinalização. Risadas incontroláveis.
Psiu, psiu! Silêncio!

P.S.: Tem álbum de fotos novo. www.vejafoto.com.br/soberana. Uma foto por dia. Espiem e comentem. Começa hoje a sessão das fotos do aniversário de Pedrinho.

quinta-feira, 15 de julho de 2004

Dias frios



Eu agora tenho torcicolo todo dia. Não pulei mais de blog em blog em busca de inspiração. Não como antes.
Eu deixo a minha casa ficar sem luz. Eu continuo sem lugar pra guardar as minhas bagunças. Eu deixo o quarto bagunçado.
A minha internet é uma porcaria, as páginas demoram a abrir. Alguém ainda usa conexão discada? Eu, sim.
Ainda fico doída da academia. Ontem eu machuquei minha mão nos alteres. Doeu, mas todo mundo achou besteira. Ficou roxa, mas ninguém deu a mínima.
Tô com dor de cabeça. E Nel me enjôa. Ela quer que eu sinta seu perfume de amêndoas doce, que me faz vomitar. Ela não me deixa escrever esse post...

Não tenho mais inspiração pra escrever. Quero só viver. Quero rir.
Não fico mais triste. Nunca mais chorei. Mas acho que sinto saudade.
Eu dou risada quando ele explica pra os amigos onde me conheceu. Diz que foi na estrada de Paulo Afonso pra Aracaju. Diz que eu estava no meio da estrada e ele parou. Diz que eu estava vendendo mangas e ele parou pra comprar. Aí me levou junto. E ri, imaginando. Eu também, imaginando. Rimos juntos de tudo.
Ele passa trote pra mãe e ela cai.
Ele escolhe a melhor casa de praia porque a namorada dele não fica em qualquer muquifo e me imagina passando o final de semana numa casa com galinheiro na frente. E ri. Eu rio da risada dele.
Ele tem senso de humor. Ele é mais novo do que eu. Eu digo que ele é um menino e ele diz "sou um homem".
Ele é lindo, sim, ele é...

Agora...
Por que cargas d´água ainda continuo pensando em você?
E chego quase a sentir saudade da melancolia que me trazias...

"quando
te conheci

me deste
não um dia
igual ao outro

Livrei-me
do tédio
do corpo

o vento
não teve
pena de mim
e carregou
minha alma

....

mas hoje
te liguei
e você
esfriou
a voz
ao te dizer
- oi -

pesou
meu ser
que voltou
rachado
ao chão

aos passos
circulares
frios
dos dias

teu vento
agora esfria
congela" 

quarta-feira, 14 de julho de 2004




"Só uma palavra me devora
Aquela que o meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que eu não sofri"


(Jura Secreta - Sueli Costa & Abel Silva)

terça-feira, 13 de julho de 2004



"...E quando vejo o mar, existe algo que diz:
- A vida continua e se entregar é uma bobagem.

Já que você não está aqui,
O que posso fazer é cuidar de mim.
Quero ser feliz ao menos.
Lembra que o plano era ficarmos bem?

- Olha só o que achei: cavalos-marinhos...

Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora..."

(Vento no Litoral - Legião Urbana)

Nada como um dia atrás do outro... ai, ai!

Dizem, e é verdade, quem é vivo sempre aparece.
Domingo, minha amiga Liliu das Itabunas resolveu dar o ar de sua graça. Deu, no bom sentido, e ficamos quase 2 horas falando ao telefone. Com ela é sempre risada. Boas risadas! Conta as baixarias que apronta (baixarias no bom sentido, que ela é mulher "derecha") e a gente ri tanto que dá dor nas costelas.
Ontem, foi a vez do meu amigo de olhos verdes Rom também mandar dizer que está vivo e continua aquela perfeição. Conversamos por um bom tempo e gostei de ouvi-lo reclamando que só ele ligava (hahaha! Sempre era eu que reclamava).
Agora me deu saudade de outros sumidos... humpf!

Eitcha, que é bom pra mais da conta receber telefonemas inesperados! E dos amigos queridos, nem se fala!

A série Do Arco da Velha continua. Vá ver na Lata do Siri, oukêi?

segunda-feira, 12 de julho de 2004

Mudou de nome. Sempre achei mesmo o título pobrinho, então Kedma resolveu mudar o Dose Dupla pra Siri na Lata &Cia, achei a cara dela! A "Cia" sou eu, mas como ela disse que eu nunca apareço, a bichinha fica só mesmo...

Tem gente que acha que a gente é doida. É verdade, de vez em quando dou uma de louca. Acho bonito ver as pessoas pensando que estou falando sério, quando na verdade eu estou brincando pra ver a reação delas. Maldade? Que nada!
Fabinho, tadinho, fica maluco! Às vezes eu digo umas maluquices e ele fica injuriado. Mas tô com medo, ele já está quase tendo certeza... ops! Quero dizer... ele já está quase acreditando que sou doida mesmo. Mas ele acha bonito. Acha bonito e gosta... dá risada disso.

Mas, o que eu quero contar é que se eu e Kedma somos doidas, temos a quem puxar. Está no sangue, está nos genes.
Vou contar hoje a história de minha tia-bisavó Leonídia - nome bonito! Mas ela era conhecida com Tia Goló - nome mais bonito ainda...
mas não vou contar aqui, vou contar lá... na Lata do Siri. Confiram!

E sexta-feira de noite? Fui pra o ensaio na igreja e quando lá cheguei os portões estavam trancados e minhas amigas dentro da igreja... quando gritei, elas saíram correndo e rindo da minha cara! Coisa de doido? Coisa pra ser contada no Amigos de Jesus, pra vocês verem como a gente é dedicada ao louvor.

E quem manda ficar parindo blogs? Agora fica aí sem poder criar!
Aproveitem e vão no Tops de Linha, só pra completar a trilogia.

Falei e Disse.

sábado, 10 de julho de 2004

Conquistei.


"Namorado é a mais difícil das conquistas"

Nem lembrava mais como era bom andar de mãos dadas e saber que a outra pessoa quer estar comigo e faz questão disso.
Agora não tenho mais inveja de outros casais. Hahahá!
Agora fico deslumbrada quando o ouço dizendo: "minha namorada" e penso: "É comigo! É comigo!"
Agora posso ligar pra alguém todos os dias pra dizer: "Boa noite. Bom dia. Boa tarde".
Tenho cunhadas e sogra. Tenho sobrinhos.
Posso falar "meu amor, meu bem" e vê-lo sorrir de volta.
Posso dizer que ele é lindo, que é gato (e ele realmente é) e ouvi-lo me elogiar sempre.
Ele nota meu cabelo diferente, ele nota a minha roupa... ele diz que sou linda.
É bom saber que ele me valoriza. Ele enche a minha bola, alimenta a minha auto-estima.

Cara, é bom demais!
Ele faz com que eu me sinta menos só. Ele mandou a melancolia e a solidão embora.
Mesmo que de vez em quando alguém leia aqui e me veja saudosa de tudo que eu ainda não vi, saibam:
Estou feliz!!!!!

E dia 30 desse mês é aniversário dele? Helpem-me! O que compro????

"...quando você diz o que ninguém diz
quando você quer o que ninguém quis
quando você ousa lousa pra que eu possa ser giz
quando você arde alardeia sua teia cheia de ardis
quando você faz a minha carne triste quase feliz

você me faz parecer menos só
menos sozinho

você me faz parecer menos pó
menos pozinho..."


(Skap - Zeca Baleiro)

sexta-feira, 9 de julho de 2004

Entrem no blog Amigos de Jesus, e conheçam o Quarteto Luz da nossa igreja em São Paulo.
Pra quem já conhece, aproveite a música. 



Cavalos Cantando
 

Eu os conheci em Belo Horizonte. Pra falar a verdade, de início surgiu uma inimizade, pra depois a gente fazer as pazes como numa boa irmandade.

quinta-feira, 8 de julho de 2004

Mesmo Sozinho

(Titãs)

Uh... Baby!
Porque você foi pra tão longe?
Não precisava tanto
Bastava só não telefonar

Uh..., Baby, baby!
O que aconteceu?
O ar não foi suficiente?
Você não viu, você sumiu
Mudou de lugar

No mais, estou vivendo normalmente
Não vou ficar pensando
Se tivesse sido o contrário

Estou feliz
Mesmo sozinho
Esse silêncio é paz
Nesse momento cai
Uma forte chuva
Quem vai ficar chorando?

Uh... baby!
Sabe do que eu sinto saudades?
Do seu sorriso de manhã
E do quarto tão desarrumado


Uh... baby!
Saiba que gosto muito de você
Espero que esteja feliz
E bem acompanhada(o)

Normal, estou vivendo, simplesmente
Não vou ficar pensando
Se tivesse sido o contrário
Estou feliz...

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Tocava essa música.
Ele me trouxe pudim. Adoro pudim.
Tocava essa música, mas não era nele que pensava.
Ele é tão prolixo... cansa-me ouvi-lo falando.
Não gosto da voz dele. Não gosto do sotaque dele. Não gosto da toalhinha que ele passa constantemente no rosto pra enxugar o suor.
Olho pra ele e penso: jamais ficaria com ele. Jamais gostaria dele, mesmo ele me entendendo em tudo, mesmo ele nunca se irritando com as minhas irritações, mesmo ele pagando a conta, mesmo ele fazendo tudo o que eu quero.
Mesmo ele trazendo pudins.

Tocava essa música.
E ele ligou, mas não era nele que eu pensava.
Ele é tão alegre. Sempre... às vezes cansa-me vê-lo rir de tudo. Queria que fosse bem sério às vezes. Queria que fosse mais inteligente. Mais determinado.
Não gosto da voz dele. Não gosto do sotaque dele. Não gosto do jeito que ele mastiga... mastiga as palavras... mastiga um chiclete imaginário.
Olho pra ele e penso: acho que jamais me casarei com ele. Jamais me apaixonarei, mesmo ele me dando tanto carinho, mesmo ele me enchendo de beijinhos, mesmo ele me dando tanto valor, me apresentando pra todos os amigos, me levando pra passear, fazendo questão da minha companhia, mesmo ele me dando tudo o que quis.

Tocava essa música.
Ele nem lembrou de mim, mas era nele que eu pensava.
Ele nunca me deu pudins, nunca pagou a minha conta, nunca me apresentou pra seus amigos como sua, não me deu tanto valor.
Mal olhava pra mim, mal falava comigo...
Mas adoro a voz dele, adoro o seu sotaque. Tão inteligente. Tão claro, tão determinado.
Um dia olhei pra ele e pensei: com ele viveria pra sempre. Viajaria pelo mundo todo. Estaria apaixonada. Faria questão do seu sorriso e detestaria quando ele ficasse muito sério. Amaria...

Como são estranhas as coisas do coração.

Falei e Disse.

quarta-feira, 7 de julho de 2004



"Não queria, não queria mesmo...
ter você só por um momento
e ter a vida inteira pra me arrepender".

Não se engane. Nada muda, e se muda, é pra pior.
O erro que você comete hoje, não se arrependa, com certeza vai cometer amanhã e depois de amanhã.
Quem você ama, ah, essa pessoa vai te magoar um dia, mesmo sem querer, mesmo querendo.
Não sonhe, porque você precisará acordar. Isso é certo.
A vida é assim. Não se muda a escrita de Alá.
Ande sozinha. Não se apegue a ninguém, todo mundo vai embora um dia. Todo mundo morre. E se não morre, some. E se sumir e voltar a aparecer, já não te interessa mais.
Sorria, mas não se iluda, amanhã você vai chorar.
Não tenha ilusões. É só miragem. Só uma miragem.

terça-feira, 6 de julho de 2004

Vocês não querem saber? Senta que o post é gigante!

Quando cheguei no último degrau, já vi luzes acesas, a porta aberta e vozes. Gelei. Mas precisava ser corajosa e verificar o que se passava. Impostei a minha voz para aparentar autoridade e soberania e, num ímpeto, pulei para frente com os dois pés (como faz o Chapolim Colorado) gritando: "Que invasão é essa?". Com essa ação pude ver: dois baianos que não conhecia. Um sentado do lado esquerdo da porta e outro, uma mulher, sentada na frente do computador. O outro, que era conhecido, estava deitado no sofá com os pés apoiados no encosto. Com essa ação, só obtive uma reação: me olharam com total indiferença. Levantaram os olhos rapidamente das revistas que liam, me olharam de soslaio e voltaram a sua atividade. Fiquei com cara de pateta na porta, quando vi saindo de dentro dos quartos, filhotes de baiano. Corriam pra me abraçar. A baiana-mãe vinha da cozinha como uma espalhafatosa: "Chegou, nêga!!!!"
 

E assim começou o meu final de semana inesperado. Terminou no domingo, infelizmente, quando todos me libertaram, deixando uma devastação no meu apartamento e um vazio enorme. Tava tão bom!
Ah, foi uma festa. Literalmente. Minha prima Zeni, o marido Alex, e o filhos Bruno e Thiago e o casal de amigos (R) Helen e Júnior (que adorei conhecer) vieram de Salvador pra festinha de Pedrinho, filho do primo Sergival, artista daqui da terra, apresentador e personagem folclórico. Sabe como é baiano, não pode bater uma lata (nesse caso uma zabumba) que vem correndo.
Menino! Tanto baiano reunido que era um tal de "Ó paí! Ó, paí! Essa dhisgrama! Pico-lhe a zorra, v'u?" Se a gente precisasse de um sergipano pra fazer chá, não encontraria nenhum.

Apois! A festinha (festança!) era no sábado de noite. Eu tinha minha senha porque o anfitrião tinha me dado, mas e o restante? E o meu irmão que tinha acabado de chegar do Rio? Ligamos pra o dono da festa e ele avisou que não tinha mais nenhuma senha, mas que a gente fosse assim mesmo, bastava pedir pra chamá-lo quando chegasse na portaria.
Tsk, tsk, acho que ele pensou que eram apenas duas pessoinhas... lá vai nós. Levei Fábio, obviamente. Não ia deixá-lo solto num sábado à noite, e também, caso a gente precisasse de um sergipano pra fazer chá...
Felipe levou Vi e o amigo Danilo que tinha chegado de PA, também baianos. Zeni levou os (novos) baianos e fomos, mais de 10 pessoas, todos sem senha.
Chegando na portaria, avisei ao segurança: Ninguém tem senha!. Ele olhou pra multidão e riu, mas já tinha sido avisado e Sergival já estava na porta recebendo os convidados, então tudo deu certo.
Resumindo: vocês verão as fotos. A festa foi um sucesso! Como Pedrinho nasceu no dia de São Pedro, a festa foi completamente junina. Comidas típicas, bandeirolas, trio pé-de-serra, quadrilha e forró. A quadrilha foi a parte mais divertida, todo mundo entrou na roda. Tinha gente que não sabia pra onde ia, mas foi assim mesmo. Olha a chuva! Passeio dos namorados! Vamos quebrar o caranguejo! "Adeus, adeus, meu senhor e minha senhora!" - e eu ri até doer a barriga.

E só sei que foi assim. Lavei a jega e a alma esse final de semana. Agora é só esperar a próxima pra juntar mais baianos festeiros. Pode ser festinha de criança, casamento, formatura, batizado de boneca... bateu uma lata, tamo lá!

Falei e Disse.

Ei, galera! Comentem Tops de Linha, pela mãe do guarda (tô apelando mermo!)

domingo, 4 de julho de 2004


"Penso quando você partiu assim sem olhar pra trás
Como um navio que vai ao longe e já nem se lembra do cais..."

No momento estou com minha casa invadida por sem-tetos, sem-rango, descamisados e pior, baianos.
Estou sendo mantida em cativeiro, logo impossibilitada de escrever no blog.
Maiores informações, quando a polícia conseguir negociar ou mesmo arrancá-los daqui usando para isso os meios de violência cabíveis.
Se conseguir sair com vida, garanto dar entrevista a todos os canais de comunicação. E aguardem fotos de todos os momentos, porque eu só penso em uma coisa: Essa história vai dar um post massa!

E sabe o que é o pior disso tudo?
EU GOSTHO!!!!!

Falei e Disse.

sexta-feira, 2 de julho de 2004

Não era o que parecia ser


"Tenha calma, não se vá, meu pop star, tenha fé
Te prometo vir a ser do jeito que você quer
Um amor de mulher..."

(Djavan)

Folheando uma revista de notícias, viu um rapaz de quem gostou. O ano era 1998, e ele ainda era um garoto. Já era famoso, mas ela não sabia disso. Apenas viu. Apontou e disse: "Ainda vou lhe encontrar". Sabe-se lá porque falou isso. Falou e esqueceu. Fechou a revista. Guardou.

5 anos se passaram, quase metade de 2003. Por causa de um namoro frustrado, entrou em depressão profunda. Precisou se tratar. Saiu por aí viajando meio sem destino, meio vazia, meio sozinha. Acabou chegando num lugar de veraneio, mas era tempo de frio e sentiu-se mais fria ainda.
Até que no meio de tanta gente desconhecida, consegue ver alguém que não lhe era tão estranho. Ah, eu já o vi em algum lugar. Apresente-me, pediu a um amigo, que foi logo despejando: "Pra quê? Pra você ser mais uma figurinha do seu álbum?"
Nossa! Será que ele era assim tão promíscuo e leviano como todos as celebridades parecem ser? Quis responder: "Se eu for a figurinha que falta no seu álbum, pra mim não importa!" Quis dizer, mas se calou. Contentou-se em olhar a distância, em perseguir, em admirar platonicamente.
Tirava fotos com câmera objetiva. Parecia uma detetive. Olhava-o jogando. Decorava as suas roupas, seu modo de andar. Assim, à distância. Calada. Quieta. Fazia aquilo mais por diversão, que por obsessão.
Nome. Qual o nome? Fulano. Fulano??? De onde? De Tal Lugar. Nossa!!!! Seria coincidência?
Voltando pra casa, procurou pela revista há muito guardada. Leu a legenda: Fulano de Tal Lugar. Tudo batia. Tudo coincidia. É ele! É ele! Seria o destino?

Mais alguns meses se passaram. Resolveu fazer mais uma viagem. Pra sua surpresa, o encontrou por lá. O mesmo andar altivo. A mesma cara de quem procura novas figurinhas. Dessa vez pode ouvir sua voz. Falava numa língua estrangeira. Falava na sua língua natal. Cantava, entre muita gente. Era muito conhecido. Continuava famoso.
Novamente uma detetive. Perseguia. Filmava. Tentou se aproximar. Um contato. Apenas uma palavra. Ali! - foi a resposta que ela obteve pra informação inútil que pediu. Mas não pode ver seus olhos porque ele não a olhou. Sua beleza, se é que havia alguma nela, não o atraía. Contentou-se com tão pouco e voltou pra casa.

Mais alguns meses e não se sabe quando, não se sabe como, eles passaram a se comunicar todos os dias.
É certo que ela tinha procurado, quem procura, acha. Achou. Mas não se sabe quando, não se sabe como, ele passou a lhe falar da sua vida. Ele lhe contava seus problemas. Contava sobre o seu dia-a-dia. Falava sobre o mar, sobre o ar, sobre a terra. Falava sobre a fama. Ligava de manhã, de magrugada, no meio da tarde. Horas e horas de conversação. Ele em Tal Lugar, ela Aqui. E foi assim por 4 meses.
Fotos e fotos foram trocadas. Palavras e frases catalogadas. Tudo devidamente registrado, devidamente guardado. Até que veio a vontade de mais. Ele queria vir pra Aqui. Ela queria ir pra Tal Lugar. Eram amigos. Não havia pretensões. Foi tudo muito esclarecido, mas mesmo assim havia o desejo.
Tudo foi sendo preparado para o dia em que eles se veriam pessoalmente. O dia em que eles poderiam conversar olhando um pra o outro. Sem maiores interesses. Sem pretensões. Eram amigos.
Alguém tentou alertar. Isso é um sonho, menina! Nada disso existe! Mas ela acreditava demais na voz que ouvia todos os dias. Ela acreditava nas palavras digitadas.
Não poderia mais viver apenas com o garoto da revista, com a fotos, com os filmes, com a visão distante. Pagaria pra ter certeza de que ele existia. Estava cansada de ser apenas uma detetive e viver sempre buscando. Tinha que ir. Tinha que ver. E foi.

Sofreu com seu medo de voar. Sofreu com seu medo de tremer. Sofreu com sua vontade de logo chegar.
Depois desse dia, não se teve mais notícias dela. A última vez em que foi vista, estava sentada no banco do aeroporto de Tal Lugar. Esperava por Fulano, que nunca apareceu.
Não se sabe por quê, mas talvez ela não fosse tão bonita para atraí-lo. Talvez ela não fosse a última figurinha do seu álbum. Talvez fosse uma obsessão. Talvez não fossem amigos. Talvez existissem pretensões.Talvez fosse mesmo um sonho.

quinta-feira, 1 de julho de 2004


"Estou aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais..."

(Vinte e Nove - Legião Urbana)

Passei a noite com febre. Dormia, acordava, dormia, acordava. Deitei no sofá. Coloquei meias. Frio glacial. Coloquei mais um casaco. Tirei o short. Tirei as meias. Tudo quente. Tudo frio. Corpo doendo. Cabeça doendo. Garganta doendo. Dia de repouso.

(...)

Gosto da minha casa quando tudo está vazio e silencioso pela tarde. Só o barulho da geladeira. Eu, enrolada num lençol, assisto Sessão da Tarde num volume bem baixo. Lembro da minha outra casa. Antes era de piso vermelho, agora é branquinho. Tudo tão calmo. Tão limpo. Também o barulho da geladeira. Pipoca com Sessão da Tarde. Um filme besta qualquer que me fazia chorar. Assistia TV e lia um livro. Minha mania de fazer duas coisas ao mesmo tempo. Lia um livro atrás do outro, de férias na casa de mamãe. Lia até de madrugada e dormia até meio-dia. Tempo bom. Volta, tempo...

(...)

Meu namorado é lindo. Tenho que dizer.
Minhas primas achavam ele lindo, agora não acham mais. Graças. Que bom que é assim. Iris fala: "Pra mim ele era mais bonito..." e eu digo: Pra mim ele continua lindo.
O melhor disso: posso falar e falar, sei que ele não é convencido. Dou beijos e repito: Como é gato meu namorado! E ele ri, um riso brejeiro, um riso simples.
Manda torpedo dizendo que me ama, me assusto e penso: já? Mas ele chega rindo de mim: "Você acreditou?"
Safado, cachorro, bandido, trem...
Digo: Onde é que eu fui estacionar meu porsche? (sou chique, bem. Não amarro jeguinho...) - e ele ri mais ainda.
E suas irmãs são loucas. Quando ligo, logo gritam: "Minha cunhadaa!!!!" Seus sobrinhos me dão beijos... me ganharam... logo eu que sou tão família!

(...)