Vocês não querem saber? Senta que o post é gigante!

Quando cheguei no último degrau, já vi luzes acesas, a porta aberta e vozes. Gelei. Mas precisava ser corajosa e verificar o que se passava. Impostei a minha voz para aparentar autoridade e soberania e, num ímpeto, pulei para frente com os dois pés (como faz o Chapolim Colorado) gritando: "Que invasão é essa?". Com essa ação pude ver: dois baianos que não conhecia. Um sentado do lado esquerdo da porta e outro, uma mulher, sentada na frente do computador. O outro, que era conhecido, estava deitado no sofá com os pés apoiados no encosto. Com essa ação, só obtive uma reação: me olharam com total indiferença. Levantaram os olhos rapidamente das revistas que liam, me olharam de soslaio e voltaram a sua atividade. Fiquei com cara de pateta na porta, quando vi saindo de dentro dos quartos, filhotes de baiano. Corriam pra me abraçar. A baiana-mãe vinha da cozinha como uma espalhafatosa: "Chegou, nêga!!!!"
 

E assim começou o meu final de semana inesperado. Terminou no domingo, infelizmente, quando todos me libertaram, deixando uma devastação no meu apartamento e um vazio enorme. Tava tão bom!
Ah, foi uma festa. Literalmente. Minha prima Zeni, o marido Alex, e o filhos Bruno e Thiago e o casal de amigos (R) Helen e Júnior (que adorei conhecer) vieram de Salvador pra festinha de Pedrinho, filho do primo Sergival, artista daqui da terra, apresentador e personagem folclórico. Sabe como é baiano, não pode bater uma lata (nesse caso uma zabumba) que vem correndo.
Menino! Tanto baiano reunido que era um tal de "Ó paí! Ó, paí! Essa dhisgrama! Pico-lhe a zorra, v'u?" Se a gente precisasse de um sergipano pra fazer chá, não encontraria nenhum.

Apois! A festinha (festança!) era no sábado de noite. Eu tinha minha senha porque o anfitrião tinha me dado, mas e o restante? E o meu irmão que tinha acabado de chegar do Rio? Ligamos pra o dono da festa e ele avisou que não tinha mais nenhuma senha, mas que a gente fosse assim mesmo, bastava pedir pra chamá-lo quando chegasse na portaria.
Tsk, tsk, acho que ele pensou que eram apenas duas pessoinhas... lá vai nós. Levei Fábio, obviamente. Não ia deixá-lo solto num sábado à noite, e também, caso a gente precisasse de um sergipano pra fazer chá...
Felipe levou Vi e o amigo Danilo que tinha chegado de PA, também baianos. Zeni levou os (novos) baianos e fomos, mais de 10 pessoas, todos sem senha.
Chegando na portaria, avisei ao segurança: Ninguém tem senha!. Ele olhou pra multidão e riu, mas já tinha sido avisado e Sergival já estava na porta recebendo os convidados, então tudo deu certo.
Resumindo: vocês verão as fotos. A festa foi um sucesso! Como Pedrinho nasceu no dia de São Pedro, a festa foi completamente junina. Comidas típicas, bandeirolas, trio pé-de-serra, quadrilha e forró. A quadrilha foi a parte mais divertida, todo mundo entrou na roda. Tinha gente que não sabia pra onde ia, mas foi assim mesmo. Olha a chuva! Passeio dos namorados! Vamos quebrar o caranguejo! "Adeus, adeus, meu senhor e minha senhora!" - e eu ri até doer a barriga.

E só sei que foi assim. Lavei a jega e a alma esse final de semana. Agora é só esperar a próxima pra juntar mais baianos festeiros. Pode ser festinha de criança, casamento, formatura, batizado de boneca... bateu uma lata, tamo lá!

Falei e Disse.

Ei, galera! Comentem Tops de Linha, pela mãe do guarda (tô apelando mermo!)

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