As desconfianças de Dona Encrenca





Tenta consolar a amiga que está aos prantos por causa da traição do namorado.
- Mulher, e ele mentiu quando disse isso. Mentiu quando disse aquilo. Eu sem saber de nada, todo mundo mangando da minha cara. É como dizem, corno é o último a saber.
"Meu Deus!" - pensa Dona Encrenca - "Ele também pode estar me traindo".
E logo articula."Ontem eu disse que queria ir na casa da mãe dele e ele disse que me levaria. Mas hoje já me veio com outra história, disse que queria ir ao shopping... se ele não quiser me levar pra casa da mãe dele é porque..." e veio a luz: "A outra mora na mesma rua!!!!!"
Passou o dia nessa consumição. Ia rodar a baiana se ele não a levasse na casa dele naquela noite.
Como ele tinha dito, foram ao shopping. Ela, atenta a todos os movimentos. Ele, super conhecido, falava com todo mundo, e geralmente, mulheres.
- É ela, né?
- Quê?
- Nada.
Mais uma conhecida.
- É essa?
- Do que você está falando?
- É essa a outra? É ela que mora na sua rua? É com ela que você está ficando? - e já ia descarregar. Mas ele, já se acostumando com as crises de ciúmes de Dona Encrenca, super compreensivo e bem-humorado, apenas ri, abraçando-a e repetindo em meio a mil beijinhos:
"Você é única, meu amor. Não há mais ninguém"
Lindo, não? Profundo. Ela se derrete. Mas, no fundo, no fundo, duvida.

Falei e Disse.

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