"Hoje vai ter uma festa, bolo e guaraná, muitos doces pra vocêê...
É o seu aniversário..."

Parabéns, prima. Te amo!!!!

Estou ligada desde as 6 da manhã, o dia foi super movimentado e agora estou moída, cansada, mal alimentada, com sono, com cólica, sozinha e triste. Sofrendo terrivelmente de PCA.
Quer dizer, triste, eu não estou não. Estou tão cansada que nem dá pra ficar triste.
Sozinha... bem, sozinha estou, mas é melhor do que mal acompanhada.
Bom, o que eu quero dizer é que apesar de não ter mais nenhuma bateria, eu tinha que escrever hoje no blog só pra dar os parabéns a minha priminha.
É engraçado agora que ela está longe parece que ficamos mais próximas.

Lembrei de quando éramos crianças pequenas lá em Barbacena, quer dizer,em Petrolândia, lá no interior brabo de Pernambuco, onde meus avós moram, e eu, Drica e Kedmma fizemos um pacto de que seríamos sempre amigas.
Para isso não precisamos cuspir na mão, nem cortar para unir o sangue, apenas cheiramos o pé da outra, selando a nossa amizade para sempre.
A cafuçu, ou melhor, Iriscleide, séria como sempre foi, achou aquilo um absurdo e não quis cheirar o nosso pé (não sei por quê! Pior seria se fosse um pacto de pegar no cocô da outra).
Mas Iriscleide sempre foi assim. Nunca gostou muito das nossas gaiatices.
Eu e Kedmma, na casa de tia Marinalva, gostávamos de pendurar o cesto de papel higiênico num prego que tinha na parede, e do vaso sanitário ficávamos jogando bolinhas de papel, brincando de basketball.
Quando acabava o "jogo", a gente deixava a lixeira pendurada para que outras pessoas também pudessem treinar um pouco, mas Iris não gostava e sempre reclamava (não sei por quê!).

Massa era quando se reuniam todos os primos, sempre na época de férias.

O meninos adoravam a cidade, mesmo pequena, quente e sem muito atrativos, porque lá era bom de "caçar". Jailson, Felipe, Mano e em menor escala, Marcelo, eram os bam-bam-bans!
Nos gostávamos porque sempre tinha alguém pra perturbar, quase sempre nossos primos e suas namoradas de apenas uma noite (não chegava a ser nem namoro de verâo, no outro dia eles trocavam de garota entre si).
Eles conheciam as garotas na praça "principal", a do chafariz e as levavam pra praça da igreja, também conhecida como a pracinha azul.

Nós, as meninas, como não tinha homem na cidade (até que tinha, mas essa é outra história), nos incubíamos de vigiar e manter a moral e a decência predominando naquele lugar. O que fazíamos?
Passávamos pela praça, bem pertinho dos meninos, 2, 4, 6, 8, 10 vezes, sempre em bando e todas as vezes gritávamos: "VOU DIZER A VOVÓ!!!!" e corríamos, claro, quem queria apanhar?
Na verdade estávamos todas com ciúmes. Pelo menos eu estava.
Quando não havia outras garotas além da gente, era mais divertido.

Kedmma, moleca como só ela sabe ser, uma vez descobriu uma calcinha ENORME de tia Marinalva, uma caçolona, vestiu e saiu desfilando pela casa para os meninos.
A calcinha ficou praticamente uma calça comprida nela (eu tô contando a história, dêem os descontos que quiserem, eu aumento, mas não invento).
E era sempre assim.
Mas não pensem que não brigávamos... claro que sim. Mas até isso era divertido (enquanto ninguém se irritava "na vera" e batia no outro!)
Uma vez Iris e Jailson estavam meio estranhos um com o outro e alguém teve a idéia de se vingar durante a noite, quando ele estivesse dormindo (covardia? Que nada!).

O que fizemos?
Pegamos uma corda e amarramos o pé dele no sofá. Foi uma pena ele ter acordado e percebido. Teria sido tão engraçado vê-lo caindo ou saber que ele tinha caído da rede ao acordar no outro dia.

Chato era quando a macharada se reunia pra se vingar. A gente não fazia nada com eles (acredite!) e certa vez eles deram um banho de creme dental em mim e em Kedmma no meio da rua, depois da gente ter corrido 5 quadras tentando fugir.
A gente não fez nada!!! Não sei por que eles fizeram isso com a gente!

Crescemos, deixamos de ser crianças (será?), adolescentes (será?)... e deixamos de ir todos anos para a casa de vovó em Petrolândia.
Nos encontramos o ano passado, em janeiro, mais ou menos nessa época (por isso o meu saudosismo todo!) porque era o casamento da Cafuçu, e foi como sempre... mas essa eu conto depois.

E as férias de 1992... ano das Bodas de Ouro dos meus avós.

Ai,ai... essas sim foram inesquecíveis.
Mas essa também é uma outra história.

Boa noite, amigos!!!!

P.S: Amore... ;-(
Onde está você? Sinto sua falta...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MINHA ROSA É ÚNICA NO MUNDO

Eu sou do Trecho

O Buraco do Seu Priquito