Não acredito que passei dois dias longe do computador, longe do blogger, longe do Tivejo... acho que estou doente. Ou desiludida demais pra sentir prazer nesse meu mundinho virtual e fantasioso.
Na verdade acho que estava ocupada. Mas agora não lembro mais o que andei fazendo esses dias. Quer dizer, até lembro... ah, deixa pra lá.

E a chuva continua...

Sexta-feira foi a despedida de Marcus.
Meu amigo vai embora e eu não sei o que vai ser de mim sem ele. Exagero? Não, dessa vez não tem desconto não. É que são alguns anos de convivência diária e a gente acaba se acostumando com tudo, até com as chatices.
A ficha, ou melhor, a unidade não tinha caído ainda até a quinta de manhã. Nay não sabia ainda que ele ia sair do emprego logo, quando contei, encheu os olhos de lágrimas.
Ele diz que sou machona que não choro. Hum! Não sabe que quando cheguei em casa fiquei lembrando dos momentos bons e choreeei!
Passou um filminho na minha cabeça, um flash-back. Fiquei na dúvida na hora de escolher a trilha sonora porque meu amigo só gosta de rock, mas pensei que poderia ser feita uma versão clássica da música "Chegou a hora de recomeçar" ou "Dias atrás" (músicas que eu e Nay ouvíamos até enjoar).
Apesar do coração partido, a despedida no trabalho foi alegre. Destaque pra sandália de Nay que se quebrou no meio do caminho, e ela ainda faz pose pra registrar o momento.

Tiramos milhares de fotos e comemos mooooito!
Ainda acho que meu amigo vai acabar ficando. Ainda tenho essa esperança. Qualquer coisa eu vou atrás dele daqui há 6 meses, como sempre. E a gente não cansa de dizer isso, porque sempre foi assim.
Fiz faculdade e me formei com Marcus. No meio pra o fim do curso ele começou a estagiar numa construtora e depois de 6 meses eu acabei indo pra lá também.
Depois ele começou a estagiar na DESO e depois de 6 meses, quem estava lá? Eu mesma, e ele foi a primeira pessoa que encontrei e que sempre me ajudou em tudo. Acabamos sendo contratados na mesma empresa..
Sem ele não tenho mais como saber o que rola nos bastidores do trabalho.
Também não terei mais ninguém me empurrando, girando a minha cadeira no meio da sala pra me fazer acordar, puxando a pele do meu braço ou me riscando. Mas até isso vai fazer falta. A quem vou perguntar agora a largura da vala (eu sempre esquecia!) ou qual a porcentagem de rocha que devo considerar na escavação? A quem? Oh, céus!
Sentirei saudade das nossas tardes no cinema também. Até o "ãh!" característico de quando ele se espanta, vai fazer falta.
Mas não tem nada não. Qualquer dia desse eu apareço pelo Ceará batendo na porta dele com minha trouxinha nas costas.
Por enquanto só tenho que me acostumar com o vazio que ele vai deixar. Amanhã de manhã... quando chegar no trabalho e ele não estiver... a ausência... dói.

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