Trabalho infantil é crime, mas em certos casos...

Pinguinho de Ouro é super agitada. É preciso que a vigiem o tempo todo.
Se está dentro de casa, derruba as panelas, abre tudo, pega em tudo.
Se os batons, cremes, óleos, esmaltes, xampus, até cola, derem mole, ela assassina todos eles numa só batida. Faz uma chacina e ainda deixa os vestígios sem nem pestanejar. Se pega em flagrante, encara com os olhos azuis enormes e prepara a sua cara mais inocente.
Se está fora de casa, come terra, pedras, folhas e até lagartas inocentes (um dia a mãe a encontrou com uma lagarta na boca, se contorcendo, pobrezinha, desesperada).
A menina é terrível!
Na época a mãe estava trabalhando e tinha que deixá-la com a vó. No entanto a vó também trabalhava e com tantas ocupações na Clínica, vizinha a sua casa, não tinha como fiscalizar a menina o tempo todo. O que fazer?
Um dia cheguei lá e o tio de Pinguinho de Ouro me contou que pra mantê-la sempre ocupada, estavam sempre pedindo pra ela pegar alguma coisa. Panelas, baldes, panos, tudo o que eles precisassem. Pinguinho de Ouro era uma verdadeira "Surpervisora de Enfermagem" (vi isso em Os Mello no Mundo), ou algo desse tipo e mais... sempre prestativa, sempre sorrindo, incansável. Ia pra cima e pra baixo, pra um lado e para o outro, sem reclamar, carregando coisas que suponho serem maiores do que ela, durante toda a manhã. E assim conseguiam controlá-la e mantê-la pelo menos dentro do seu campo de visão.
E a tarde? - perguntei. E ele me disse com uma cara séria: "Não, ela só trabalha meio-expediente".

Pelo menos à tarde ela dormia, exausta, o sono restaurador.

Uma história arrepiante (leia com um tom de voz de mistério)

Estava eu na casa da minha amiga Jamille colocando as fofocas em dia, quando ouvimos um miado desesperado.
Um miado que fazia-nos arrepiar, um miado que pareciam vir de um felino que sofria desesperadamente.
A frequência dos miados começou a aumentar e, como loucas amantes de gatinhos indefesos, saímos à procura do dono daquele "mio" que chegava a doer todo o músculo do nosso coração (?).
Procuramos pela casa inteira e não conseguíamos encontrá-lo. Meu Deus, o que teria acontecido a ele? Onde ele estava? Por que esse miado de angústia, de dor, de desespero????
Imagens começaram a atormentar a minha mente, cenas terríveis, enquanto os miados tornavam-se mais intensos. Procuramos em todos os lugares, em cada cantinho, em cada brecha, mas em vão.
Enfim alguém teve uma idéia! O único lugar que não tínhamos procurado ainda era a geladeira.
Qual não foi a nossa surpresa quando abrimos a porta e encontramos o pobrezinho. Orelhas em pé, cobertas de gelo, os olhos arregalados, a voz rouca... tremendo. Que diabos ele foi fazer lá dentro????

Falei e disse.
Por enquanto é só.

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