Depois dos chistes baianos, temos agora para o linguajar sergipano. Lembro quando cheguei aqui e achei super interessante o "homi do doce" gritando na rua: "Sarôio, Macasado, Beiju Molhado"... até hoje não sei a diferença de um para outro. Achei mais engraçado ainda ouvir alguém dizendo: "Repare que armada" ou chamar o colega para "jogar di bola". Sergipano adora falar que o outro é enxamista, chepêro ou chimão. Fala tudo no feminino: A Acarajé, A Canal, A Guaraná, A Mota. Já ouvi alguém dizer: "ele passou aqui amuntado na mota".
- Sergipano não acha ruim, acha PAIA.
- Sergipano não falta aula, 'GAZEIA'.
- Sergipano não fica com raiva, fica 'BARRIADO'.
- Sergipana loira é GALEGA.
- Sergipano não faz compra, FAZ MERCADINHO.
- Sergipano não fica sem dinheiro, fica QUEBRADO.
- Sergipano não joga fora, SACODE NO MATO.
- Sergipano não pede comida, XEPA.
- Sergipano não come pão de sal, come PÃO JACÓ.
- Sergipano não faz nada a força, faz NA TORA.
- Sergipano quando vicia, TÁ ENCEGUEIRADO.
- Sergipano não tira onda, MANGA dos outros.
- Sergipano quando cumprimenta o outro diz: ÓI ELE!!! ÓI ELA!!!!
- Sergipano simplifica a concordância, pluralizando o "que": QUES CASAS BONITAS!!! QUES FILHA DA MÃE!!!
- Sergipano termina a frase com NÉ.
- Sergipano quando se surpreende com outro, diz: Ô FI DA GOTA SERENA! EITCHA CABRUNCO, achou ruim? Pois AQUETE O FACHO, 'BICHIGUENTO'.
E viva a diversidade!!!
kkkkkkkkk... Essa eu gostei! Faltou só o "fi da pé".
ResponderExcluirFoi mesmo! kkkkkkkkkkkkkk!!!
ResponderExcluirE o tal do "queixo duro", com toda aquela entonação especial? huahuahuahua!!!
ResponderExcluirPra você perceber a diversidade do nosso vocabulário, observe:
ResponderExcluira) Espie mermo = olha só
b) Zuna no mato, minino = jogue fora
c) Autei o volume = aumente
E tem muito mais... quando lembrar, postarei.
Adoro esses regionalismos, mas a gente sofre demais ao ir de um lugar para outro (por não entender nada e por os outros MANGAREM dos seus regionalismo). Já sofri muito nesses meus trajetos. No primeiro semestre que estava aqui, meus alunos não entendiam quase nada do que eu falava e as aulas quase viraram uma 'introdução ao vocabulário nordestino'. Imagine QUES COMÉDIAS.
ResponderExcluirHá algumas semanas conheci o caso extremo disso: um peruano que fala um português beeem básico e mora com dois sergipanos, um baiano e um pernambucano. Ele não consegue entender metade do que os meninos falam, justamente por conta dos regionalismos - e os meninos abusam das gírias para confundir a cabeça do pobre gringuinho.
Viva a diversidade.. mas não vamos abusar NÉ.
"Autei o volume" é o most! E eu falava Ques Comédia (sem o s no final) e nem percebia!!! kkkkkkkkkkkkk!!!
ResponderExcluirMandem mais sergipanices que vou atualizando no post.
Hahahaha, acho ótimo. Mangar também é muito pernambucano, na tora, gaziar aula e aquietar o facho idem. E mercadinho amiga, era daqui na geração da minha avó, hoje em dia ninguém usa mais, mas ouvi DEMAIS minha avó dizendo que ia ao mercadinho.
ResponderExcluirBeijos, adoreiii.
Aqui ainda se usa mt "mercadinho". Pode ser o hiper-ultra-mega-über supermercado, mas para o sergipano não passa de um mercadinho. Pior em Fortaleza que chamam de MERCANTIL!
ResponderExcluirEi... e já ouviu denominarem queijo assado (aquele vendido na praia) de "picolé quente" e a famosa pititica baiana aqui em Sergipe é "pilombeta". E qual é o pão que vc come? Pão jacó? cacetinho? pão de sal? E não é tudo o mesmo pão? Rsrs...
ResponderExcluirVale lembrar que ontem no Hospital São Lucas o recepcionista nos informou que para eu, Íris e mainha chegarmos até o elevador era necessário "atravessar a parede". Isso soou algo meio fantasmagórico. Booooo...
ResponderExcluirE aquela parede que vc atravessou dá para o necrotério, sabia? huahuahuahua!!!
ResponderExcluirkkkkkk, me acabando de rir. Alguns desses regionalismos são de Pernambuco e Paraíba também. E em Alagoas tem uns bem interessantes. Lembro muito quando ia sempre em Maceió. Jogar algo no lixo, por exemplo,lá é sacudir fora.
ResponderExcluirRi demais com o comentário de Carol e Dani. Então Carol sofreu pra ser entendida em Minas, e Dani pensando como atravessar a parede. kkkkk. É bom demais.
Ah, D. Isa lembrou bem: Maceió é ooooutro universo lingüístico. Só lá você pode ser macetoso ou azogato, estar tiziu, ficar bobônico, sofrer bilôra, fazer munganga, aprontar catrenvagem, dar um escuta-reagge, comprar granganho, chupar frau e achar peba.
ResponderExcluirE nem Maceió, nem em Aracaju, nem em BH eu sei como pedir pão, Dani. Peço sempre 'daquele ali ó'. hahahha.
http://guilhermemaynard.blogspot.com/2009/08/dicionario-sergipanes.html
ResponderExcluirNesse endereço é possível conferir muitos outros regionalismos (e por que não dizer, também, neologismos nordestinos?).
Adorei, Carol.É bem assim mesmo. Meu marido é alagoano, de Maceió. Às vezes ele ainda solta essas pérolas. uahuahuh
ResponderExcluirUso muito o NESTANTE (Daqui a pouco). Nos acostumamos com essas frases que nem percebemos.
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